Morte que mataste...

[gdec2001]

 

"morte que mataste lira..."
(do folclore açoreano  )

Podes ter morrido Lira
mas não a tua paixão

Se eu morresse como Lira
com um punhal enterrado
no meio da minha mão,
morria morto, é verdade
mas salvava o coração.

E o meu coração salvado
dos ferros que te mataram
Lira
apertado em tua mão
nasceria como um cravo
na noite de S. João,
Lira.

E esse cravo nascido
E esse cravo beijado
por teus lábios encarnados
da cor do sangue vertido
Lira,
seria eu renascido
seria eu revivido
vivo, vivo,
Lira.

E se eu renascesse Lira
no meio da tua mão
e meu eu fosse esse cravo
tingido do sangue rubro
que tu tens no coração,
como se diria Lira
que é morta a tua paixão?

Geraldes de Carvalho

[Maria Gabriela de Sá]

É uma adaptação?


Gosto muito da canção cantada por Adriano Correia de OLiveira

[gdec2001]

Como, minha cara?
Antes de ser cantada pelo A. Correia de Oliveira, e bem, já fora cantada por muitos outros, e outras -há até um coro que a canta maravilhosamente- visto que é uma canção popular .
Creio que não adaptei coisa alguma . Apenas me inspirei na canção popular . Na verdade apenas no nome ...creio eu.
Obrigado pela leitura mas não me chegou a dizer se gostou do meu poema ou não.
seu
geraldes

[helenacosta]

 A sua escrita é excelente, assim como o poema, aqui expresso. Cada vez, que leio seus poemas, faço uma pausa para meditação.

[gdec2001]

Uma pausa ? Quem a merecerá ?
Belíssima apreciação . Obrigado, amiga.
geraldes

[Goreti Dias]

Uma boa utilização! Fabuloso!

[gdec2001]

Obrigado, minha amiga.
geraldes

[Maria del Mar]

Nem sempre um lindo mote dá um lindo poema.Mas aqui deu

[gdec2001]

Maria del Mar devia ser o nome de todas as mulheres : Del mar 1, 2,... 2biliões...  .
Obrigado amiga do lindo nome.
geraldes

[Dionísio Dinis]

Admirável a forma de transformar a palavra em instrumento de amor cantante. Os meus bravos aplausos.

[gdec2001]

Alegra- me que este poema seja bastante apreciado porque deu-me muito gozo...compô-lo.
Obrigado amiga(o)s.
geraldes