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Autor Tópico: Gastão Cruz( A roupa envolve-nos )  (Lida 2922 vezes)
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Dionísio Dinis
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« em: Janeiro 12, 2009, 18:43:49 »

A roupa envolve-nos

A roupa envolve-nos
a paragem do mar cresce contigo
a língua e o sentido tudo anda
tão ocupado tão cansado e destruído
que a roupa em
torno morre como um foco de ruído

O movimento cerca esta mudez
o mar desidratado é o abismo
onde revives
Viste os vales instáveis do mar
mas para que é perguntar senão que se fez de ti
O fogo sob as vozes que não ouves
A língua vive ainda?

Inscrevo na memória tumefacta
mais uma imagem
Esses corpos nascem
O que posso dizer para cobri-los?
Ouves? Está comigo
a mortalidade da tua vida

Como falar contigo? Mas o som
produzido era tanto
que as cordas se formavam com a sua saída
retomavam a forma destruída
enquanto
tudo o que te dizia dividia
um som tempestuoso

Na ocasião da queda
desses algum
olha as áreas correspondentes no mar
volta transforma-se
é um sinal de
contradição
e sob a chuva contínua de relâmpagos revive

Porém o som inibe-te prossegues
sem segurança o canto a turva cítara
vence-te não o canto repetido
Essas cordas do peito já distensas

submetem-se ao silêncio poderias
escolhê-las porém sempre repetes
os nomes desses corpos a mudez
intimida-te assim a poesia

nasce com o rumor dos próprios corpos
com o bater dos nomes entre os ombros
tão dóceis mar de músculos

mudos
o coração do corpo
repetindo os nomes turvos

Como é possível termos esquecido a linguagem?
Comparámos os corpos Se os descrevo
agora que deixámos de falar
esqueço a igualdade e nela cessa
a possibilidade de falar

É um erro a cidade alguma vez a
cantaste?
Mas já não é possível a verdade é que
definitivamente nela morres
Por isso escolherás o teu estilo
de novo por palavras errarás

Na praia exterminada não pudemos
cantar a liberdade
sobre o teu corpo correm turvas asas
de entre as pedras
levantas a cabeça enquanto cais

Depois a roupa gera e espalha a escuridão
cada corpo isolado se transforma
sob as asas que
o cobrem

Desencontramo-nos
a terra recomeça a deter-te
preciso de dizer
esse teu nome
Mas não ouças a minha fala transformada



Gastão Cruz
poesia 1961-1981
com três desenhos de Manuel Baotista
o oiro do dia

http://poesiaseprosas.no.sapo.pt/gastao_cruz/poetas_gastaocruz_aroupa01.htm
« Última modificação: Janeiro 23, 2009, 22:45:44 por Dionísio Dinis » Registado

Pensar amar-te, é ter o acto na palavra e o coração no corpo inteiro.
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Goreti Dias
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« Responder #1 em: Janeiro 13, 2009, 18:26:34 »

Um bom exemplo de boa poesia!
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Goretidias

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Dionísio Dinis
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« Responder #2 em: Janeiro 18, 2009, 18:35:59 »

Gastão Cruz Grande Prémio Poesia APE 2004

 Poeta com Mister e Oficina

     

Gastão Cruz foi distinguido com o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores. Ao fim de 43 anos de ofício e trabalho árduo  na sua oficina de poeta, viu finalmente reconhecido um trabalho de grande rigor e exigência.

Publicou a primeira vez nos "Cadernos de Poesia 61" um movimento de jovens poetas - Gastão Cruz, Maria Teresa Horta, Fiama Hasse Pais Brandão, Casimiro de Brito - que no início dos anos 60 do século passado, queria mostrar a sua arte. Depois cada um seguiu o seu caminho. O primeiro livro foi editado pela "Livraria Nacional", uma editora da Covilhã, dirigida por Ernesto Melo e Castro, ele também nome maior da poesia portuguesa contemporânea. Em 1963, publicou "A Doença" na colecção "Poetas de Hoje" da editora Portugália, que foi responsável pela revelação de alguns dos mais importantes poetas portugueses dos nossos dias.

Gastão Cruz é poeta, ensaísta, cronista, tradutor e encenador. Dedicou muito do seu tempo à direcção do Teatro da Graça, desde a  fundação até à sua extinção, em 1995. Ainda estudante de Germânicas, na Faculdade de Letras de Lisboa, já dava aulas no Colégio Moderno, onde por influência de Maria Barroso, organizou recitais de poesia. Desde então tem pisado muitos palcos para divulgar a arte poética. "Segui a carreira de professor porque ninguém consegue viver do seu ofício de poeta. Mesmo como escritor é muito difícil", disse Gastão Cruz.
Depois de longos anos dedicados ao Ensino, o poeta reformou-se recentemente. A Escola Secundária de Odivelas foi o seu último posto de professor. Mas nos últimos cinco anos esteva requisitado, para divulgar a Literatura Portuguesa nas escolas de todo o país. Pelo meio, ficaram seis anos (entre 1980 e 1986) no King's College de Londres, como leitor de Português.

O poeta foi distinguido com o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores pela sua obra "Rua de Portugal" que, segundo Gastão Cruz, "são referências à minha juventude, os lugares do passado vistos com os olhos do presente". O título do livro premiado tem o nome da rua onde nasceu o poeta, em Faro, há 63 anos.
Para Gatão Cruz, o panorama editorial da poesia portuguesa contemporânea é positivo: "comparativamente a países como a França, Inglaterra ou Alemanha, que têm uma cultura mais consolidada, as tiragens dos nossos poetas  são proporcionalmente superiores. Os poetas portugueses têm mais possibilidades de editar do que os poetas franceses, ingleses ou alemães. Há várias editoras em Portugal que estão a publicar poetas muito jovens. Neste aspecto, somos um país de poetas". O reverso da medalha dá que pensar: "isto suporta um certo equívoco, porque a exigência de qualidade não é tão grande como devia ser. Mas da quantidade acaba por surgir a qualidade".
Vazio Poético  Existe poesia em quantidade mas, por outro lado, em comparação com o movimento poético dos anos 60/70, há um vazio de qualidade: "desapareceram ou deixaram de publicar, poetas tão importantes como Ramos Rosa, Sofia de Mello Breyner, Eugénio de Andrade, Cesariny, Herberto Helder, Fiama Hasse Pais Brandão, que está muito doente, José Gomes Ferreira, Luiza Neto Jorge, Jorge de Sena, Rui Belo, Alexandre O'Neil. O lugar que estes poetas deixaram vazio, alguns porque há muito não publicam nada de novo, não foi substituído por poetas do mesmo nível. Pode ser que alguns dos novos ainda venham a afirmar-se..."

E não é preciso recuar 30 anos para encontrar um panorama poético mais rico. Basta retroceder a meados dos anos 80, para encontrarmos mais riqueza poética do que nos dias que correm. Gastão Cruz, por isso, está pessimista, até porque, "certos autores conhecidos enveredaram pela banalização do discurso poético e isso não leva muito longe. Eles assumem-se, provocatoriamente, poetas sem qualidade. Essa atitude corresponde a um equívoco que se reflecte no facilitismo de escrita, publicação excessiva, abundância que não é sinónimo de exigência nem de rigor na escrita. Mas claro que há alguns poetas importantes a produzir e a publicar". E entre os poetas com oficina, Gastão Cruz aponta o nome de Manuel Gusmão, "um poeta de grande qualidade que sendo da minha geração, só começou a publicar na última década".

Esta tendência dos "poetas sem qualidades" é uma imitação do "homem sem qualidades", uma doutrina alemã que tem a tendência de transformar a poesia em algo insignificante. Segundo Gastão Cruz, "esses poetas tentam imitar a corrente espanhola 'poesia da experiência' que pretende demonstrar que se pode fazer poesia sobre o fait divers ou coisas aparentemente banais. Isso já foi feito há muito tempo por Carlos Drumond de Andrade ou Rui Belo, mas eles atribuíam ao poema um significado que lhe dava uma densidade maior".

Gastão Cruz resgata do vazio reinante, entre outros,  "o poeta Daniel Faria, que morreu muito jovem, com 28 anos, mas é muito representativo da poesia contemporânea, Luís Quintais ou José Tolentino de Mendonça, poetas de hoje,  com uma qualidade evidente".
Resistência  A banalização do discurso poético tem a ver com um certo comodismo que brotou do regime democrático? Gastão Cruz afirma que "durante a ditadura, a poesia, fosse de combate ou não, era um lugar de resistência, de qualidade humana que se traduzia numa qualidade estética. A poesia funcionava como um antídoto a um clima geral de mediocridade. A ditadura, felizmente, desapareceu e perdeu-se um pouco esse sentido não apenas na poesia  mas na escrita em geral."

A poesia era um contra poder, hoje há quem a veja mais como uma mercadoria. Pelo menos Gastão Cruz diz que no meio editorial "há uma desvalorização dos domínios artísticos e uma tendência para valorizar o que tem mais consumo e mais tiragens". É por isso que só há best sellers na ficção. Mas entre os anos 50 e 70 do século passado, houve poetas com grande popularidade que nunca abdicaram de uma linguagem poética rigorosa e exigente. Tinham imensa qualidade e eram muito conhecidos. Os que estão vivos, têm mais de 80 anos.

Eugénio de Andrade, Jorge de Sena, José Gomes Ferreira, Ramos Rosa, Alexandre O'Neil e muitos outros, são figuras da poesia portuguesa que no seu tempo conquistaram grande notoriedade pública. Gastão Cruz diz que nas actuais circunstâncias, é impossível repetir esse ambiente: "claro que há alguns poetas que têm notoriedade, mas por razões políticas ou por frequentarem a televisão".

Gastão Cruz dá exemplos: "A Natália Correia teve muita notoriedade mas porque aparecia na televisão e fez uma carreira política. Ela conquistou um lugar na poesia portuguesa mas é evidente que a sua linguagem poética envelheceu. O José Carlos Ary dos Santos também foi muito mediático, mas é óbvio que não está ao nível dos nossos grandes poetas que pertencem à geração que hoje está na casa dos 80 anos".
E os que nunca saíram da sua oficina de poetas, têm muita qualidade mas pouca notoriedade. Gastão Cruz inclui neste lote, nomes como António Franco Alexandre, Armando Silva Carvalho ou  Fiama Hasse Pais Brandão. E concluiu: "a poesia, portanto, hoje perdeu a projecção social que tinha".
Repercussão  Há mais leitores de romances do que de poesia. Porquê? Gastão Cruz diz que "a poesia tem a fama de ser uma linguagem difícil. As pessoas gostam mais de se deixar embalar em histórias do que ler uma reflexão lírica sobre temas, emoções ou sentimentos. Mas há escritores de ficção, com imensa projecção, que não são nada fáceis de ler. Saramago ou Lobo Antunes, são muito difíceis. Gostava de saber o que as pessoas fazem com os livros que compram destes dois autores". Gastão Cruz conclui que "é tudo uma questão de marketing, os editores estão mais interessados em fabricar best sellers à volta de romances do que de poesia".
O poeta acaba de editar um novo livro, "Repercussão" (Assírio & Alvim), que, segundo Gastão Cruz, "vem na linha do Rua Portugal, mas tem mais temas para além da revisitação a lugares e tempos antigos. Incluo nesse livro uma homenagem à poesia e aos poetas que me são mais próximos, como Eugénio de Andrade, Rui Belo, Fernando Pessoa, Carlos de Oliveira, Ramos Rosa. São poemas sobre o trabalho oficinal da poesia"


Sá de Miranda tem um lugar de destaque entre os homenageados. O grande mestre do soneto, que revolucionou a poesia portuguesa, então construída na forma da "doce medida velha", como lhe chamava Camões, tem hoje a sua obra depositada na vala comum do esquecimento. Dele ainda há notícia porque uma ou outra rua, sem engarrafamentos de trânsito, tem o seu nome e é patrono de um velho liceu em Braga e a um teatro em Viana do Castelo. Sá de Miranda, que lambia os seus poemas como a loba lambe os seus filhotes para os pôr mais bonitos, é um dos "poetas próximos" de Gastão Cruz: "traduzi do castelhano uma cantiga e quatro sonetos de Sá de Miranda, um poeta que admiro, desde sempre, e que estão na parte final da obra". O livro "Repercussão" representa sobretudo, segundo o autor, "uma meditação sobre os grandes temas de sempre, amor, morte, ausência, perda, a proximidade do nosso fim e dos que nos acompanharam e desapareceram, afinal uma meditação sobre o sentido da vida".


O Artista sem Rede

Gastão Cruz nasceu em Faro, no ano de 1941.Até há pouco tempo foi professor do ensino secundário, tendo-se reformado este ano. Homem da Literatura, dedicou boa parte da sua arte e do seu talento, até à sua extinção, em 1995, ao Teatro da Graça, onde assinou algumas encenações e traduziu peças teatrais. Começou a publicar os primeiros poemas em 1958 e em 1961 abriu, definitivamente, a sua oficina de poeta, onde trabalhou sempre sem a rede do marketing.

A sua primeira influência foi Sá de Miranda. Ao mestre da "medida nova" foi beber o grande rigor e a exigência do discurso poético. Gastão Cruz reconhece que é um poeta pouco popular e que não conquistou a notoriedade pública de outros grandes nomes da poesia seus contemporâneos. Mas o trabalho na oficina deixou-lhe pouco tempo para tratar da imagem.

O júri do Pen Clube distinguiu o seu livro "O Pianista", em 1985, reconhecendo assim a sua incessante procura da perfeição poética. Tinham passado 25 anos de trabalho árduo no campo das letras. Em 2000, foi galardoado com o Prémio D. Dinis (Fundação de Mateus, Vila Real) pela sua obra "Crateras". Mesmo quem não queria ver, teve de reparar na obra poética de Gastão Cruz. Este ano, 43 anos de trabalho na sua oficina de poeta foram reconhecidos pela Associação Portuguesa de Escritores, que lhe atribuiu o Grande Prémio de Poesia. Foi o reconhecimento definitivo de um dos mais importantes poetas contemporâneos.

E agora, que se reformou do Ensino e deu a última aula na Escola Secundária de Odivelas, vai também fechar a oficina onde laboriosamente compõe os seus poemas?
"A oficina continua aberta, até já tenho novos poemas e alguns que não couberam no livro Repercussão. Uma coisa é certa, vou arrancar para algo que seja diferente, vou mudar de registo, renovar". Gastão Cruz, mesmo sem a rede do marketing, é um poeta com ofício e oficina.


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Bom dia. Para todos um FigasAbraço
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Sejam bem vindos às escritas!
Agosto 14, 2023, 16:52:48
Boa tarde!
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Bom Ano! Obrigada pela companhia!
Dezembro 30, 2022, 19:42:00
Entrei para desejar um novo ano carregado de inflação de coisas boas para todos
Novembro 10, 2022, 20:31:07
Partilhar é bom! Partilhem leituras, comentários e amizades. Faz bem à alma.
Novembro 10, 2022, 20:30:23
E, se não for pedir muito, deixem um incentivo aos autores!
Novembro 10, 2022, 20:29:22
Boas leituras!
Novembro 10, 2022, 20:29:08
Boa noite!
Setembro 05, 2022, 13:39:27
Brevemente, novidades por aqui!
Setembro 05, 2022, 13:38:48
Boa tarde
Outubro 14, 2021, 00:43:39
Obrigado, Administração, por avisar!
Setembro 14, 2021, 10:50:24
Bom dia. O site vai migrar para outra plataforma no dia 23 deste mês de setembro. Aconselha-se as pessoas a fazerem cópias de algum material que não tenham guardado em meios pessoais. Não está previsto perder-se nada, mas poderá acontecer. Obrigada.

Maio 10, 2021, 20:44:46
Boa noite feliz para todos
Maio 07, 2021, 15:30:47
Olá! Boas leituras e boas escritas!
Abril 12, 2021, 19:05:45
Boa noite a todos.
Abril 04, 2021, 17:43:19
Bom domingo para todos.
Março 29, 2021, 18:06:30
Boa semana para todos.
Março 27, 2021, 16:58:55
Boa tarde a todos.
Março 25, 2021, 20:24:17
Boia noite para todos.
Março 22, 2021, 20:50:10
Boa noite feliz para todos.
Março 17, 2021, 15:04:15
Boa tarde a todos.
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Olá para todos!
Março 13, 2021, 17:52:36
Olá para todos!
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Boa feliz noite para todos.
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Bom fim de semana para todos
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Março 03, 2021, 19:28:19
Boa noite para todos.
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Boa noite feliz para todos.
Fevereiro 28, 2021, 17:12:44
Bom domingo para todos.
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