AUTO-ANÁLISE

[Vóny Ferreira]

Se vires o mar nos meus olhos

Açoitar as rochas brutalmente

Barafustar num ruidoso murmúrio

Não te assustes...

Talvez seja o grasnido

de uma gaivota

Ferida cruelmente no cais

Por um marinheiro bêbado

Cansado de fugir aos temporais.

Se vires uma papoila nas minhas faces

Desabrochar numa cadência firme

Florescer num rubor momentâneo…

Não te assustes...

Talvez seja a minha desinibição

A ruir como um castelo de areia

Aos pés de uma criança atónita

Com a onda que a assustou.

Talvez seja o que realmente sou…

Um pouco de sonho e medo

Um pouco de ansiedade e choro

Um pouco de planície verdejante

Que o Outono da vida modificou…!

VÓNY FERREIRA
PS-  Ouça a declamação da autora no seguinte linK: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=68227

[Ana Coelho]

Eu vi aqui um bom poema de introspecção num flutuar suave.

Bjs

[Goreti Dias]

Na desinibição das palavras soltas, faz-se o retrato psicológico de um sujeito poético passeando entre o sonho e a realidade. Muito bom!

[Sandra Fonseca]

Ah, Vóny!
Que maravilha esse teu poema!
Bj.

[Karla Bardanza]

Lindo Deusa!

[Laura Gil]

Amiga, ADOREI!!! Este poema está maravilhoso!

Beijos

[Vóny Ferreira]

Ana, Goreti, Sandra, Karla e Laura.
Sinto-me honrada com a vossa apreciação e
com a vossa generosa disponibilidade em a exprimir.
Bjs para vós!
Vóny Ferreira

[Carla Costeira]

Adorei!!! simplesmente BELO!!!

Beijinhos

[amandu]

A cidade é uma confusão doida. Mas devemos pensar na criança que reaje e já não a vemos. Como na palavra escrita e por pouco mais não defenida e em ambas o mundo que cresce. Não na vida mas na glória de sermos.
Um abraço Vony e por sua amizade.

[Jorge Luiz Alves]

Com certeza, se topar com tamanha beleza poética, não me assusto: sei que é Ivone!

Abraço do Jorge.

[Vóny Ferreira]

Carla, Domingos, amandu e Jorge Luis.
Muito me honra as vossas leituras e
as vossas palavras.
Abraços para todos e obrigada!
Vóny Ferreira