jorge vieira
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Jorge Vieira
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« em: Março 06, 2009, 13:47:51 » |
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A INFELICIDADE DE UM SORRISO Ergo-me, cansado de estar deitado, à minha volta uma névoa existe; No interior de mim mesmo, o amor resiste às incitações tenebrosas do meu fado.
Tento obscurecer a chama que em mim arde, a voz que ouço falar... mas que desconheço; Cai na poesia do poema uma tarde, uma ilusão disforme de que padeço.
Nascem formas diferentes de escrever, de falar, de sentir, de chorar, de sorrir; Cresce-me a ânsia sublime de perder a voz e o amor que não soube florir.
A névoa desaparece do meu olhar, O Sol cai em segredo, mui docemente; Olho para o céu... vejo uma ave voar e meio absorto... choro de contente. Jorge Vieira, do Livro " A Força das Palavras ".
HINO Ã VIDA
Toquem harpas, guitarras, violinos, flautas, violoncelos, violões; Sejam da vida os mais belos hinos e da forma de amar, nossas paixões.
Do clarinete, sons livres façam sair, atravessem o nosso coração!... ... e que o trompete mágico faça florir, as cores raiadas da ilusão!...
... E do piano, dolente de ternura saiam notas plenas de alegria, sedentas das manhãs de neve pura, A nossa eterna Sinfonia.
Até do bombo agreste façam vibrar, as pancadas furiosas da revolta; E com as bocas abertas façam cantar, Os poemas que andam à solta.
Jorge Vieira , do Livro " No Caminho do Silêncio ".
TEMPO DO TEMPO
É tempo de termos o tempo, agarrado à nossa vida; Porque às vezes a destempo. não ganhamos a corrida.
Na marcha que o tempo tem, é tempo de saber parar; porque com pressas não há ninguém, que nos posssa acompanhar.
O tempo sem tempo é incerto, nas horas que o tempo tem; E é entre o longe e o perto que chegamos a alguém.
É tempo de não termos tempo, nesta viagem sem rumo, Onde o nosso pensamento. se perde no ar como o fumo.
E assim com o tempo contado, terei que terminar o poema; Num ritmo bem apressado em que o TEMPO foi o tema.
Jorge Vieira , do Livro " No Caminho do Silêncio ".
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