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Autor Tópico: Não foi essa a educação que dei à minha filha  (Lida 2681 vezes)
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Pedra Filosofal
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O Sonho Comanda a Vida


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« em: Março 29, 2008, 09:47:20 »

Esta frase foi dita por uma mãe surpreendida com a atitude que a filha teve numa sala de aula.
Infelizmente hoje em dia muitos são os pais que desconhecem as atitudes dos filhos (para não dizer que não conhecem mesmo os filhos que tem).
Muitas das atitudes que os filhos têm reflectem a educação, ou a falta dela, que os pais lhes dão em casa. Não serão todas, é certo. Os pais não podem ser culpabilizados por tudo, mas em muita coisa têm culpa.
Gostava de partilhar convosco algumas situações a que já assisti e que me parecem passíveis de deseducar as crianças. Mais uma vez, trata-se da minha opinião pessoal, e posso, obviamente, estar errada.
Uma criança de 5 anos, no hipermercado, andava atrás dos pais: "quero isto, quero aquilo, quero aqueloutro". E a tudo os pais acediam em dar-lhe. Chocolates, brinquedos, gomas, bebidas... A razão – "se não lhe damos, depois ele faz uma birra". E eu pergunto. Que adulto vai ser esta criança a quem lhe foram feitas todas as vontades em criança? Quando crescer esta criança vai estar habituada a ter tudo o que quer. E nós, adultos, já aprendemos que, na vida, nem sempre temos tudo o que queremos, e temos que tomar opções.
No autocarro, um miúdo com cerca de 6 anos, gritou, chamou nomes e bateu à mãe porque ela não o deixou ir em pé. A mãe... riu-se e disse, para quem estava à volta – "não tenho mão nele". Não tem mão numa criança de 6 anos? Então... e quando crescer? Será que esta mãe acha que o miúdo vai aprender sozinho a respeitar os mais velhos?
Uma miúda de 14 anos queixou-se ao pai que a professora não a deixou atender o telemóvel no decorrer da aula. E o pai, em vez de dizer que, enquanto decorre uma aula não deve atender o telemóvel (nem sequer deixar que toque, por respeito aos professores e aos colegas), mandou um recado à professora a avisar que, da próxima vez, lhe batia se a filha não pudesse atender o telefone.
Um amigo meu é professor. A semana passada levou um estalo dum pai, porque o filho tinha chegado a casa triste porque a nota no teste não tinha sido a que estava à espera. Palavras para quê? Que tal recomendar ao filho que se aplique mais em vez de bater ao professor? E ainda por cima à frente do filho.
E todos estes pais acham que estão a dar a melhor educação aos seus filhos. E depois não percebem quando os filhos faltam ao respeito aos mais velhos – porque não foi esta a educação que lhe dei.
Não me considero perfeita, nem sequer uma mãe perfeita. Amo os meus filhos mais do que tudo na vida. Fiz, faço e farei tudo por eles. Se calhar já falhei, estou a falhar ou irei falhar no futuro como mãe e como educadora. Mas não me passa pela cabeça dar tudo o que eles querem. Não quero que lhes falte nada. E incluo, no que não lhes deve faltar, o respeito pelos professores, o respeito pelos outros, a contenção nas compras, assumir as suas responsabilidades e a resolução de conflitos.
Nunca é cedo demais para as crianças aprenderem estes princípios. Ao invés, quanto mais tarde começam a aprender, mais difícil é a aprendizagem. E cabe aos pais, acima de tudo aos pais, ensinar os seus filhos. Não podemos imputar esta responsabilidade aos professores, aos outros. Somos nós, pais, que temos de o fazer. Senão teremos tanta ou mais culpa que os filhos nas atitudes que eles tomam.
Deixo-vos uma última questão. Para quando a preocupação de saberemos e prepararmos os nossos, a viver em sociedade?
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"O Sonho Comanda a Vida" :-)
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Marília
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« Responder #1 em: Março 29, 2008, 13:21:59 »

os pais que mal educam podem não caducar por serem assasinados pelos monstros que criam.
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Marília L. Paixão
anamarques
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« Responder #2 em: Março 29, 2008, 17:07:34 »

Concordo com a Marília. Esses são os pais que serão abandonados nos lares pelos seus próprios filhos. Serão os que levarão tareia de quem andaram a vida a criar. Porque educar filhos é dificil. Desde muito cedo que é preciso "ter mão neles". E aturar birras é obrigatório. Quer queiramos quer não. Está na natureza do ser humano tentar controlar os outros. Exercer autoridade é o dever dos pais, para além dos outros todos. O problema é que a maioria das pessoas está-se nas tintas.
A tal mãe que diz que não foi essa a educação que deu à filha provavelmente nem sequer a educou de todo. Devia sofrer as consequências da sua omissão. Tal como a "querida menina" pelos seus actos execráveis.
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Goreti Dias
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« Responder #3 em: Abril 08, 2008, 21:41:36 »

Infelizmente, cada vez esse problema é mais actual. Depois queixem-se que a literacia é o que é! E queixem-se da criminalidade em ascenção!
Um abraço
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Goretidias

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Luis F
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Nas asas do sonho, escrevo...


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« Responder #4 em: Abril 11, 2008, 15:29:02 »

A comunicação social alimenta e alimenta a situação até expremer toda a noticia. Depois como predador achará um novo nicho e estes acontecimentos serão esquecidos no tempo.

Não se resolve o problema, vende-se apenas a negatividade das noticias, numa sociedade consumista.

Quantas e quantas vezes passou a noticia do telemovel na sala de aulas? Novo foco aqui e ali... e lá vamos nós levar com a mesma noticia na abertura de um noticiário de um canal qualquer.

A questão é que nada se resolve mas muito se fala.

A minha opinião é sempre a mesma, eduquem os país para eles poderem educar os filhos.

Saudações
Luis
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anamarques
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« Responder #5 em: Abril 11, 2008, 17:08:32 »

Também concordo que não é falar que se resolvem estas questões. Mas educar os pais o que é que significa? A meu ver nada. Pessoas adultas com filhos adolescentes sem qualquer tipo de formação cívica vão ser educados por quem?
Nestes casos, de violência de alunos nas escolas, só com medidas punitivas severas é que se pode estimular,despertar, acicatar, incentivar os pais a educarem os filhos. Muitas vezes os pais demitem-se pura e simplesmente do seu papel de educadores. Se esta menina fosse obrigada a sair do ensino publico e a sua mãezinha fosse compelida a pagar a sua educação no privado daqui para a frente, talvez muitos progenitores distraidos pensassem duas vezes na prioridade que dão ao tempo que gastam a educar os filhos.
E os impostos que são canalizados para a educação seriam mais bem empregues sendo dirigidos a alunos que realmente vão para a escola para aprender.
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Obrigado, Administração, por avisar!
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Olá! Boas leituras e boas escritas!
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