O amor é uma coisa fantástica!

O amor é uma coisa fantástica!

O amor é uma coisa fantástica, a vida é fabulosa quando se sabe desfrutar dela com os seus altos e baixos.
Nós os seres que hipocritamente nos achamos perfeitos, somos tudo menos que arte incompleta.
A perfeição está na permanente luta pela felicidade, pois quem se diz dentro da dita suprema ou é mentiroso compulsivo, ou um simples otário, pois quem vive em tais condições, sem qualquer tipo de esforço acaba por cortar os pulsos de tanto tédio.
A verdade é que sem luta, não há o sentir-se empolgado, satisfação pelos objectivos alcançados.
Mesmo quando uma porta se nos fecha, aparecem outras oito janelas e o curioso é que somos livres de abrir uma delas e entrar com confiança dando oportunidade a quem nos observa de longe.
No amor, quantas vezes errámos, debruçados, cegos por personagens vampíricas que nos sugam as forças, o discernimento, o bom senso e nos crava punhais na razão, levando-nos a ter atitudes e praticar actos inconcebíveis, os quais mais tarde até duvidamos que fomos nós mesmos que os praticámos.
Enquanto nos desesperamos e nos sentimos perdidos, com a auto-estima na sarjeta, o verdadeiro amor tem destas coisas, aparece do nada, não nos julga, ajuda-nos a levantar a cabeça, segura-nos na mão, bebe as nossas lágrimas e dá aquele colo que há tanto tempo não sentimos desde crianças e o qual sabia tão bem.
É o aninhar nesses braços que nos protegem do mal, que nos dá aquele calor soberbo em plena tempestade emocional.
Quando finalmente abrimos os olhos, o amor sublime, estava ali, escondido observando os nossos altos e baixos, esperando por uma oportunidade para nos amparar, segurar e entrar na nossa vida subtilmente, sem pressas, sem invasão de tempo, lugar, físico ou emocional.
Não adianta chorar pelo tempo perdido, por atitudes, por ilusões ou palavras falsas que nos adoçavam os ouvidos e mascaravam a nossa alma, é passado, não o podemos mudar e por muito que seja um cliché , há que viver o momento presente, dar o verdadeiro valor a quem com inteligência e muita paciência soube esperar pela nossa abertura ao mais puro sentimento.
Não adianta procurar vinganças mesquinhas, denegrir o outro pelas costas e mostrar simpatia ou um sorriso rasgado na sua presença, tudo isso é passageiro pois todos os actos que se praticam têm uma lei do retorno, tudo o que se possa fazer a nós voltará, pois nas forças maiores, não há vinganças, mas castigam pelas mansas.
No final perante a mais pura das naturezas o nascer da felicidade instala-se na base mais profunda do nosso ser e por lá ficará enquanto nos mantivermos limpos, junto daquele anjo que nos tirou da escuridão e veio colorir a vida com amor mas sobretudo com um enorme respeito e admiração.
Ainda que neguemos, a beleza, a real maravilha deste amor está nas pequenas coisas, nas palavras ditas em silêncio e não nas que se dizem da boca para fora, sem sentimento mas com outros objectivos mais obscuros ou perversos.
Está nos pequenos gestos, uma simples carícia no rosto, um abraço apertado, ou simplesmente o olhar nos olhos do outro sem pestanejar, observando e derretendo na ternura que neles exalam.
Está no momento em que fechamos a porta exterior e deixamos parar o tempo dentro das nossas quatro paredes, alheios ao que se passa lá fora, mergulhados numa intimidade secreta, intensa e divinal.
Seja em que altura for, na idade da inocência, na maturidade ou mesmo na velhice, o amor é realmente uma coisa fantástica!

Alexa Wolf