EscritArtes
Abril 23, 2024, 11:39:16 *
Olá, Visitante. Por favor Entre ou Registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
Notícias: Regulamento do site
http://www.escritartes.com/forum/index.php/topic,9145.0.html
 
  Início   Fórum   Ajuda Entrar Registe-se   *
Páginas: [1]   Ir para o fundo
  Imprimir  
Autor Tópico: CARTAS DE MALQUERER (Até nunca mais)  (Lida 1439 vezes)
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
António Casado
Contribuinte Junior
**
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 65
Convidados: 0


« em: Novembro 27, 2013, 16:19:59 »

António Casado__________14 Abril 2009





CARTAS DE MALQUERER
(Até nunca mais)



Já nada me admira! A chuva cai porque o céu está infestado de nuvens escuras e matreiras! O sol brilha porque as retinas captam as emissões de luz como um espelho e é sábado! As flores despontam porque a raiz prende-se à terra e dela se banqueteia! O mar ocupa um espaço maior que a terra e mostra a mesma insensibilidade glaciar que sempre o caracterizou! Tu terminaste a relação com o mesmo à-vontade com que nela exististe!
Há muito que o ansiavas. Li-o nos olhos baços traídos pelos gestos de afecto e carinho que as tuas mãos excitadas faziam. Convenci-me de que chegara o fim e como um condenado se apresta para a execução demonstrei a mesma sórdida alegria que um pai exibe no funeral do filho. Enlutei a alma de cardos, vesti-me de urtigas e como bom samaritano ainda estendi a mão trémula e insegura para te apoiar. Precisavas dum motivo. Dei-to! Foi fácil encontrá-lo no alforge da tua imensa estupidez. Quando as tuas mãos abertas me apertaram contra ti não sentiste os cacos do meu coração rasgado lançar um grito aflito e uma lágrima escorregar pelo rosto como a insígnia de uma angústia incontrolável? Voltei-me e frente a frente senti Judas beijar-me antes de a forca ter proclamado o desfecho da traição!
Foste claro como é claro que a noite é escura quando me disseste que as coisas ficariam assim. Que coisas?! Que haveria que ficasse como disseste? Se já limpara o gume do punhal para ceifar a nova lágrima caída na antecipação do vazio que me aguardava num poço de máculas com que outra arma me feriria? Se te referias à combustão dos gases que projectavam lavas de paixão sobre nós e um rasto de canteiros e projectos se sucedia como consequência da felicidade diz-me como suspender a actividade do vulcão!? Que quantidade de água será suficiente para sarar a ferida causada pelo teu olhar profundo mas indiferente? Esforcei-me por entender todos os motivos vãos que me estropiavam a mente como o grito desesperado das almas condenadas lançado num infernal fosso sem misericórdia.
Concordo que tentes o acto desesperado de apoiares a outra relação traída pelo meu direito de te amar como o peixe suspenso na cana do pescador reclama esgrimindo no ar o direito ao sal. Claro que entendo amor! Habituado que foste às solas dos sapatos que te vergam de ultrajes e apontam caminhos sem nexo como se a tua vida fosse um labirinto e a única saída asas de cera na rota do sol tornou-se imperceptível o braço estendido que valorizava a essência dum interior repleto de raios de estrelas e que animava o âmago de ti mesmo como um dínamo. Oh! Como compreendo.
À beira do mar do sofrimento espero como um eremita o maremoto que inundará de saudade a cidade desta estúpida dependência de te ter a meu lado e numa caridosa oração lançada ao abismo imploro à angústia o naufrágio do aperto que me corta a respiração numa ilha esquecida dos mapas. Como piloto da nau do silêncio procuro um cais abandonado numa estranha terra deserta para aí acampar sobre o teu nome numa tenda de passado. Sim… Saudades de ti! Saudades sem dor. A vida ensinou-me que é impossível sofrer pelo que já sofri e que não existem intervalos na mágoa. Por isso quando perguntaste o que sentia pela cratera onde as tuas rudes palavras me projectavam respondi que um sismo não era uma flor. Um traz consigo a fúria da devastação e do pavor; o outro transporta um sorriso de fascinação e é o prenúncio do calor. Quando te sorri quis acreditar que as estruturas da minha devoção por ti estavam firmes e que a coragem embandeirada no bico de uma cegonha como troféu era força suficiente para te dizer vai… Fico bem! A comédia que encenámos foi tão comovente que ambos acreditámos no bem-estar provocado pela despedida e até rimos de tudo o que não era para rir com a mesma alegria com que um faminto gargalha quando ouve numa tv de montra que os países ricos destroem o alimento que o mata de escassez! Vai. Eu fico bem…
Há dois dias que oiço o som da tua voz… O telemóvel que dorme comigo à cabeceira confidencia-me que não ligaste. Ainda bem. Enquanto escalava os Alpes aguçados de frio disse que nunca o faria. Vendo bem para que quero ouvir o trinar da tua voz? Ah já me lembro… Disse que te amava! Não interessa… O amor é uma ave de arribação que nidifica nos desatentos e inebria os incrédulos. Não tem expressão… é uma ave! Estou bem. Talvez desfile nas festas populares quando os casais assumirem o calor das fogueiras como seu e fizerem promessas de sentimentos que apenas uma Arruanda de bondade poderá sublimar nas intenções do povo que a habita. Com eles dançarei sobre todas as fogueiras acesas na escadaria de pedra da alegria e festejarei à minha maneira esta forma de estar só ciente da tua partida consciente de que nunca mais voltarás e de me recusar a esperar por ti. Porque voltarias? A fruta com o passar do tempo perde qualidade e sabor. Os beijos que exultavam a sensualidade na minha pele e como um perfeito bisturi ma abriam à paixão transformar-se-iam na meticulosa teia de uma viúva negra onde não passarias do breve macho que amaria pela última vez a insensível fêmea. Não! Não preciso dos teus beijos. Além disso qualquer um beija mais e melhor que tu. Se o rouxinol da tua voz esgrimia serenatas aos meus ouvidos ávidos de ti quantos não se assemelham a belos cines? Quem precisa ouvir a tua voz…?!
Há dois dias que sinto o vibrar manso e quente do teu corpo junto ao meu… Leio no rascunho das longas noites insones quando os braços nos envolviam num sereno aperto de desejos elevado aos píncaros do tesão e mostravam a corola vermelha do pólen depois de abertas as pétalas ao espanto e um manso rio escorria pelas ferventes veias até desaguar na foz da entrega a jovialidade de todos os sentimentos descritos num tratado de psicologia para além da química que nos unia e hoje nos repele. Adorei! Conclusão fatal dos apontamentos retidos no consciente. Na fusão molecular dos nossos sentidos um mesmo céu riscava de vida as pestanas cerradas depois de terem guardado o infinito numa caixinha de íris e ensejos. Dentro do teu peito bátegas de ansiedade vibravam como cristais em movimento por mim e múltiplos segredos lançava-os aos quatro ventos na esperança de ouvir o eco repercutido numa rosa-dos-ventos feita à medida do querer. Agora que me encontro mergulhado na piscina de um iceberg num sistema solar de distâncias e dores concluo com alguma decência que todos os corpos primam pela mesma temperatura pois é o garante e o sustentáculo da vida. Como não és diferente de nenhum outro ser e partilhas a mesma afinidade fisiológica com todos os mortais sou levado a crer pelos rituais anatómicos do homem em evolução que deverá ser fácil encontrar quem substitua o pólo glaciar do tempo que nos separa por uma batida cardíaca excitante e profícua. Irei experimentar. Mais do que isso é ser fruído pela expectativa da viagem astral dentro dos limites ilimitados do desejo e ao invés de procurar na lágrima de ti o calor que aos poucos esfria é ter a graça de ser possuído pela urgência de uma energia em ebulição que me arrebata a carne e enlouqueça a mente. Não poderei usufruir das tuas mãos ásperas no veludo da minha pele quando conquistavam e dominavam mas a química do tacto é apenas sugestão mental por isso basta imaginar um jardim para acreditar que todas as flores têm o mesmo aroma difundido pela universalidade dos diferentes odores. Outras mãos farão mais e melhor. O corpo…? Tantos existem como teu! Todos têm leito caudal e foz. O mesmo sal os doseia o mesmo fogo os sustenta. São apenas diferentes…
Há dois dias que inalo o teu perfume… Aprendi nos constantes banhos de multidão que cada um tem o seu odor. Deduzi que seria difícil encontrar alguém com o teu. O mediano pêndulo das necessidades quando um álibi de sombras inscreve na experiência da vida novos valores esclarece a facilidade com que nos habituamos a novos odores. Somos animais de hábitos! Talvez a graça resida nessa qualidade natural. Repara amor um novo aroma equivale sempre a novo ser. Depois de analisar a foto que guardava dentro da carteira da paixão um irascível medo de te confundir embrulhou de pruridos a língua que afagava os teus lábios e aspirava a tua pele. É impossível! Não confundirei. O teu bálsamo flagelador extinguir-se-á como um incendeio quando não tem por onde queimar e a combustão é interrompida pela hostilidade da água. Descobrirei noutro ser o romance que desvendei no nosso paraíso recolhidos sobre a macieira do Éden quando tu representavas o papel de Adão e eu a Eva que estendia o braço e te oferecia a maçã. Sou um vulcão como disseste sob os auspícios das nossas luas. Um vulcão meu amor não se extingue com a pedrinha de gelo que transportas num frapé de plástico aquecido pelas mãos. Serás eternamente a gotícula húmida a encharcar o passado que quis fosse o futuro e que hoje não passa de uma sexta-feira santa à mercê de pregos e lanças.
Há dois dias que sinto a falta do teu sexo… Entre um delírio e outro amarroto a roupa interior que outrora deixávamos espalhada pelo chão quando o tempo de nos possuirmos escasseava na avidez de sermos uma unidade e nos entregávamos como duas aves ao abandono do desejo. Se cerro as pálpebras um imenso álbum de recortes detalha cada pormenor dos movimentos descoordenados e incompreensíveis com que debatíamos o amor sobre os movediços lençóis com o fanatismo próprio das causas indefensáveis. Viajámos na proa dos navios que ainda hoje buscam ilhas encantadas nos mares quinhentistas seguros de encontrarem uma Dulcineia exposta na janela de um coqueiro e assim evidenciarem a heroicidade obtida num combate de vento onde a minha entrega representava a matéria do saque. A fantasiosa orla bordada a algodão do paraíso que construímos para nós era inacessível à maior parte dos abismados que apenas encontravam no medo da aventura a justificação para a incapacidade de viverem o deleitoso prazer e atribuíam à demência a qualidade da competência de amar. São sentimentos que o tempo depurará até que deles reste apenas a essência de algo tão grandioso e disponível como manancial eterno do transcendente vício de nos termos. Também é uma questão de tempo. Qualquer um pode fruir deste sereno ribeiro que procura em cada veia uma tatuagem de compreensão e protecção. O sexo é uma aula de contabilidade: O equilíbrio manifesta-se na relação directa entre o que se dá e recebe. Sobressai do balanço que ninguém ousa fazer o fervilhar da paixão na panela do fulgor quando o sangue explode no artifício de um fogo provocado pelo exigirmos tudo um do outro. Além disso um pénis é somente um instrumento de prazer à mercê da imaginação. Se penso nele como um raio de sol e a excitação profana a carne logo me transformo num esvoaçar planado sobre serras e mares. A filigrana de seda de tudo quão de belo no sexo nos atrai quando o poderoso íman confunde as carnes sedentas de nós pode revestir com as mesmas cores agressivas e sensuais qualquer pessoa. A intensidade com que me possuías provinha do prazer que te proporcionava. O resto meu bem foi um espectáculo de marionetas num palco de papel. É fácil concluir que todos os motivos que exacerbavam o teu desejo por mim serão aqueles que servirão para elevar ao mesmo oásis qualquer alma liberta das teias impostas por ignaras sabedorias e que no mais profundo de si retenha o desejo de um cavalo alado num céu infindo. Quantos já não remeteram a escravatura do preconceito para a miséria dos infelizes e se soltaram pelas cidades apinhadas de amor?
Tivesses a noção das minhas palavras…!? Soubesses em qual portal do mundo eu me encontro… Talvez fosse mais fácil falar de um nós que esmoreceu como o acaso que se repete dia após dia numa sequência constante e temporal. Considero que o terrível Ivan da minha fantasia te possa hoje nublar de recordações povoadas pelos meus abraços ou pelos meus segredos ditados ao ouvido tão promíscuos quanto eu. São esses pequenos momentos que me transportam à tua insónia e sem que possas pronunciar o meu nome nem soletrar o meu desejo a insígnia da ventura tatua o sorriso com o brilho do olhar faminto de apreciar a compleição maravilhosa do corpo que foi teu. Poderás negar os beijos que trocamos ao raiar da aurora naquela praia que os conteve numa pira de bronze incendiada por nossos corações? Ou o sexo que atirámos às ondas afundados na areia macia pura e leviana como duas partes de uma mesma concha que ao abrir-se soltava a gema lúcida de uma pérola viva? O passado revive todas as fantasias e são elas que projectam a minha silhueta nas noites revoltas quando a cama não te dá sossego nem a noite te acalma. Gravaste o meu rosto num rochedo de alucinadas maravilhas e até que o vento passe e limpe as arestas perfeitas desse desenho ainda muitas penas irão esvoaçar sobre as nuvens escuras onde também derramo as minhas sulfurosas penas vazias de sentido.
Livre como a liberdade quando o limite é o universo quero-me disponível para amar como foi predito por Afrodite na alcova de palha onde me embalaram nas noites de verão. Livre ainda que não saiba que fazer com tamanha liberdade! Não permitas que esta ansiedade pássaro apavore o sonambulismo dos teus temores pois escrevi nos velhos e novos muros da cidade o requiem dum romance em forma de parábola cómica para que todos os que os cruzassem o lessem e rissem como me rio agora. Elevei a anedota cada gesto cada palavra cada momento deixado para depois no abandono das horas. Uma comédia que se repete paixão após paixão no acutilante desespero de quem nada tem a esperar. A nossa é só mais uma. Vamos rir dela… Porque não? Rir é saudável! Façamos de conta que vivemos num circo onde eu representei o papel de palhaço e tu a criança despreocupada sentada num banco de madeira frente ao palco. Talvez fosse isso mesmo… Diversão. Porque não? Um palhaço também é gente! Tem sentimentos caprichos dores… como eu. Nesta extenuante guerra de vencidos aprendi a ser feliz porque os loucos são felizes. Quem sabe não serei louco? Mas eu sempre fui. Que acrescentaste à minha loucura?
Nada mais tenho a dizer… Quando a saudade vier direi que se enganou na morada. Veio à minha procura mas eu moro para lá dos prados e dos desertos onde apenas os insatisfeitos fazem moradia. Mentiria se omitisse que algumas vezes dentro do peito uma réstia perdida de esperança me brame que virás como tudo o que vem porque nunca partiu. O rosto deixa transparecer uma espécie de satisfação ou vitória semelhante aos audazes guerreiros quando brandem uma bandeira branca e no cimo uma pomba estrangulada. Fico animado quando a expectativa da sorte futura se aninha na felicidade e a esperança permite que dê mais um salto no abismo seja ele qual for onde posso voar com os pássaros acima das nuvens e descubro no telheiro de uma casa o ninho que me está destinado.
Amor… Até nunca mais!


Para Pedro Vidal       
 
Registado

Leia autores portugueses. A cultura ao serviço do Povo.
Páginas: [1]   Ir para o topo
  Imprimir  
 
Ir para:  

Recentemente
[Abril 03, 2024, 19:27:07 ]

[Março 30, 2024, 19:58:02 ]

[Março 30, 2024, 19:40:23 ]

[Março 20, 2024, 16:42:39 ]

[Março 19, 2024, 20:20:16 ]

[Março 17, 2024, 22:17:37 ]

[Março 17, 2024, 22:16:43 ]

[Março 12, 2024, 00:13:37 ]

[Março 11, 2024, 23:55:47 ]

[Março 05, 2024, 18:49:49 ]
Membros
Total de Membros: 792
Ultimo: Leonardrox
Estatísticas
Total de Mensagens: 130132
Total de Tópicos: 26760
Online hoje: 418
Máximo Online: 964
(Março 18, 2024, 08:06:43 )
Utilizadores Online
Users: 0
Convidados: 400
Total: 400
Últimas 30 mensagens:
Novembro 30, 2023, 09:31:54
Bom dia. Para todos um FigasAbraço
Agosto 14, 2023, 16:53:06
Sejam bem vindos às escritas!
Agosto 14, 2023, 16:52:48
Boa tarde!
Janeiro 01, 2023, 20:15:54
Bom Ano! Obrigada pela companhia!
Dezembro 30, 2022, 19:42:00
Entrei para desejar um novo ano carregado de inflação de coisas boas para todos
Novembro 10, 2022, 20:31:07
Partilhar é bom! Partilhem leituras, comentários e amizades. Faz bem à alma.
Novembro 10, 2022, 20:30:23
E, se não for pedir muito, deixem um incentivo aos autores!
Novembro 10, 2022, 20:29:22
Boas leituras!
Novembro 10, 2022, 20:29:08
Boa noite!
Setembro 05, 2022, 13:39:27
Brevemente, novidades por aqui!
Setembro 05, 2022, 13:38:48
Boa tarde
Outubro 14, 2021, 00:43:39
Obrigado, Administração, por avisar!
Setembro 14, 2021, 10:50:24
Bom dia. O site vai migrar para outra plataforma no dia 23 deste mês de setembro. Aconselha-se as pessoas a fazerem cópias de algum material que não tenham guardado em meios pessoais. Não está previsto perder-se nada, mas poderá acontecer. Obrigada.

Maio 10, 2021, 20:44:46
Boa noite feliz para todos
Maio 07, 2021, 15:30:47
Olá! Boas leituras e boas escritas!
Abril 12, 2021, 19:05:45
Boa noite a todos.
Abril 04, 2021, 17:43:19
Bom domingo para todos.
Março 29, 2021, 18:06:30
Boa semana para todos.
Março 27, 2021, 16:58:55
Boa tarde a todos.
Março 25, 2021, 20:24:17
Boia noite para todos.
Março 22, 2021, 20:50:10
Boa noite feliz para todos.
Março 17, 2021, 15:04:15
Boa tarde a todos.
Março 16, 2021, 12:35:25
Olá para todos!
Março 13, 2021, 17:52:36
Olá para todos!
Março 10, 2021, 20:33:13
Boa feliz noite para todos.
Março 05, 2021, 20:17:07
Bom fim de semana para todos
Março 04, 2021, 20:58:41
Boa quinta para todos.
Março 03, 2021, 19:28:19
Boa noite para todos.
Março 02, 2021, 20:10:50
Boa noite feliz para todos.
Fevereiro 28, 2021, 17:12:44
Bom domingo para todos.
Powered by MySQL 5 Powered by PHP 5 CSS Valid
Powered by SMF 1.1.20 | SMF © 2006-2007, Simple Machines
TinyPortal v0.9.8 © Bloc
Página criada em 0.111 segundos com 28 procedimentos.