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Autor Tópico: O POETA DA LUA - TOMO I - página 1 - 7  (Lida 2722 vezes)
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António Casado
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« em: Dezembro 06, 2013, 22:13:00 »



O POETA DA LUA



















AGRADECIMENTOS

Apenas uma pessoa me permitiu terminar
este livro com serenidade.
A ele o devo: José Penim.

AMO-TE MUITO, MEU AMOR.

António Casado

















DIÃLOGO


A verdade.
O que é a homofobia? Como se manifesta? O que é a homossexualidade? A homoafectividade? É possível dois seres do mesmo sexo amarem-se da mesma forma que duas pessoas de sexo diferente? São questões pertinentes às quais este livro pretende dar resposta.
Luís e Alex são os personagens principais numa história de amor. O caminho que conduziu ao encontro dos dois foi longo e doloroso. A história começa com um encontro banal numa Avenida da cidade de Setúbal. Por detrás dos sentimentos que os unirão apresento todos os conflitos pessoais, diferentes em ambos os casos e que conduziram à aceitação da homossexualidade. As questões culturais, religiosas, sociais, pedagógicas e familiares, são questionadas pelo seu peso retrógrado, pela dificuldade que a sociedade tem em aceitar a diferença. A ignorância social é representada na sua verdade mais latente. De formas diferentes o medo está representado em ambos os personagens e as desculpas são diversas.
Luís vem de um casamento falhado. Uma das questões mais prementes é o filho. Como dizer-lhe que é outra pessoa. Ele que sempre o viu como um heterossexual… Como aceitará Mário a Homossexualidade do pai?
Alex apesar de se ter assumido desde o início da juventude não quer perder a amizade de Luís que pensar ser heterossexual. Como dizer-lhe que é homossexual? Como esquecer Eduardo, o homem que amou ao longo de vinte anos e que morre de uma forma dramática? Como desejava desculpar Joaquim e Clarisse, os pais do namorado…! Como esquecer tantos anos de um ódio e de uma indiferença presentes no dia-a-dia na vida dos dois?
Tem medo de voltar a amar e desconfia das boas intenções de Luís.
Valter é o grande amigo de Alex. A ele deve a vida por duas razões. A gratidão está presente assim como uma amizade nascida de um encontro casual, quando era explorado sexualmente pelo chefe da empresa onde trabalhava.
“Poeta da Lua†foi o cognome encontrado por Luís para o definir. Não o entende e tem dificuldade em aceitá-lo. Porquê “Poeta da Lua� A poesia é somente uma forma de desabafo, nunca a tomou muito a sério. Afinal, à vida, pede pouco… Apenas uma oportunidade para ser feliz.
Fica feliz por Paulo se ter desvinculado de uma relação vazia de conteúdo onde Abílio assume a posição de um homofóbico. Interroga-se sobre a razão por que Abílio recusa assumir a sua orientação sexual já que manteve com Paulo uma longa relação. Será porque é casado? Será porque tem filhos? Felizmente Zé trouxera-lhe num sorriso o que a sua alma dorida tanto procurara.
Sofia apenas precipitou os acontecimentos com a sua maldade. A vingança revelou-se infrutífera apesar dos danos causados. Todos sabem que não desistirá. Dispara ódio por todos os lados. Está convicta que Alex lhe roubou Luís e não quer entender nem aceitar a orientação sexual do homem que sempre amou.
Uma história recheada de tantas outras histórias, de outras tantas vidas que apesar de fictícias assumem aspectos de uma realidade presente. As questões religiosas, os tabus, os preconceitos, marcam pela negativa vidas que apenas procuram uma réstia de luz. Criam a necessidade de um Deus, apresentam um Deus e não nos serve. Descrevem Deus como uma concepção paterna de amor e escondem a discriminação; falam da tolerância e Ele manifesta-se pela intolerância como se os homossexuais fossem filhos de uma categoria qualquer merecedores de um eterno castigo apenas e só porque amam pessoas do mesmo sexo, como se em alguma altura tivessem escolhido ser o sempre foram.
A luta pelo amor é uma constante assim como a tentativa da sua preservação. Como eliminar os ciúmes? Como impedi-los de criar barreiras nas vidas comuns? Talvez acreditando… Mas como controlar o desejo?
- Sou homossexual!
Ao invés do estigma da compaixão social (que ainda nos toma como doentes ou portadores de um defeito) todos procuramos ver reconhecida a nossa individualidade e a nossa especificidade. Orgulhamo-nos de ser homossexuais porque nunca poderemos ser outra coisa!

António Casado








CAPÃTULO PRIMEIRO


Misteriosa noite!
Como um livro de estrelas solta as palavras no ar e as deixa suspensas a gravitar assim é a abóbada celeste minada de pontos luz, focos de um circo olímpico que se derramam sobre o palco da vida ante a fantasia entusiástica das crianças. O negro é apenas o fundo da tela onde todos os sonhos se materializam. Estende mais um passo no empedrado da praça. O eco é um sussurro acústico, uma folha de acácia a cair desamparada sobre o tojo verde, um segredo revelado pelo pólen. Decifra a mensagem da natureza como um catraio aprende a dizer “mãeâ€. Muito ao longe, para lá do horizonte, como tambores fortes e ritmados a anunciarem um feito importante às aldeias vizinhas, o compasso dos passos é um relógio. Senta-se na esplanada de um café. De cada um dos lados uma cadeira vazia. Servem-lhe a bica entre rumores e risos. Acende um cigarro. Abre o jornal futuro abandonado sobre a mesa na página do Zodíaco. 
“Esqueça o passado. Encontrará o que necessita se procurarâ€.
O passado… A foto do xaile negro duma fadista falecida! Guarda-a como recordação na gaveta carunchosa de uma velha cómoda esquecida num recôndito compartimento da casa das saudades. As cortinas opacas e amarelecidas ofuscam a luz. Sobre o tampo empoeirado da mesa puída uma pétala de rosa seca. O passado… Todo o passado é presente. A dor visita-o com assiduidade e traz na lapela a estampa de uma espada e de uma flor que decepa ou acarinha com muitos mimos, ternuras e punhaladas. De que necessita? Nada! A tão almejada liberdade chegara. Que bem que ela lhe faz…!
Numa das pretas cadeiras de ferro fundido senta-se o Destino. Pálido, irrequieto, esguio… Quer dizer alguma coisa. Bandeia-se como folha de papel empurrada pelo vento. Em nada detém a atenção. Bate com os dedos na mesa, acende fósforos, rasga papéis… Aguarda que lhe pergunte porquê. Não pergunta. Qualquer premonição tem o sabor da losna. Enquanto o estômago canta virtudes o rosto contrai-se com o amargo do chá. O destino não interessa. Fala do futuro de uma forma grosseira como se nada fosse possível alterar e onde tudo se consumasse na fatalidade das premonições. Resumindo: O caminho fora definido pelos astros ou pelos deuses antes do nascimento e teria de o cumprir, sem apelo nem agravo, como robot espoliado do livre arbítrio. A fatalidade do Destino é como o cigarro: Existe enquanto o quiser fumar. Não, não o quer ver. Distrai o olhar pela lua e recorda a juventude…


<<< <<< <<<


A voz da mãe era um eco longínquo repercutido nas paredes do tempo…
- Levanta-te, rapaz! – Sacudia-o Maria dos anjos naquela manhã de Outubro.
- Está frio…! – Resmungava Alexandre enroscando-se ainda mais nos cobertores.
- Faz-te um homem! Já estás crescidinho… tens seis anos!
Havia três meses que festejara o sexto aniversário. Fora no saudoso Verão de 66. A mãe tinha razão, estava crescido. Via-se diante do espelho do guarda-vestidos de madeira clara, em pijama, mão aberta na testa em forma de pala, tentando marcar uma linha invisível no vidro.
Levantar-se cedo nunca fora preocupante. A perspectiva das ondas muito azuis e frescas na manhãs em que o levava à praia, as brincadeiras com os amigos no jardim durante as tardes que pareciam não ter fim, eram motivação suficiente para despertar com as galinhas. Naquele dia, não! O frio batia nas vidraças das janelas e umas assustadoras nuvens escuras rugiam no céu. Nenhuma razão era suficientemente válida para o arrancar dos cobertores quentinhos que o agasalhavam.
- Despacha-te, molengão! Daqui a nada chegas tarde à escola!
Arregalou os olhos. O rosto redondo e meigo da mãe pronunciara a palavra “escola†Há quanto tempo ouvira falar dela! Brincara muitas vezes frente àquele edifício de primeiro andar prendado com muitas janelas enormes viradas para o empedrado quadrado rodeado de árvores nas extremidades. Era o campo de futebol em miniatura da miudagem. No outro lado da rua, paralela à escola, uma fonte com duas bicas. Sempre pensou que por isso chamassem àquele lugar “Fonte Novaâ€. Todas as manhãs de bilhas de barro cru à cabeça lá iam as mulheres em busca de água potável; quando as vasilhas ficavam cheias, depois de posta em dia alguma conversa, transportavam-nas para casa pelas ladeiras alcatroadas da cidade. Era ali que brincava com os outros moços mais velhos quando saíam daquele palácio a meio da manhã e falavam de coisas que não entendia. Eram tantos…! A tarde era sem dúvida aborrecida. Desembestavam as raparigas pelas gigantescas portas de madeira aos gritinhos com propostas de brincadeiras pouco interessantes. Que acontecia de importante dentro daquele edifício para o tirar da cama tão cedo?!
Foi pela mão da mãe até à porta. Largou-a quando uma senhora muito alta e magra, cabelo castanho-escuro, unhas pintadas, bata branca, o chamou. Apontou um recanto junto ao corrimão de pedra que acompanhava os largos degraus de mármore onde todos os miúdos se juntavam. A mãe desaparecera com um aceno de mão. Um arrepio subiu-lhe pela espinha acompanhado de um medo estranho. A mãe nunca o entregara a ninguém! Sempre estivera por perto e isso fazia-o sentir protegido. Como um herói em miniatura enfrentava agora o mundo com a camisa da mãe e as calças do pai. Olhava à volta e uma enorme quantidade de rapazes da sua idade parecia sentir o mesmo. Alguns eram conhecidos das habituais paródias de rua. Ficou mais tranquilo.
Cedo se destacou na turma. Ler, escrever e contar, eram uma aventura permanente que gostava de viver. Ajudava alguns companheiros a completar o trabalho de casa com o propósito de os deixarem sair para brincarem no Outeiro: Três centenas de metros de arbustos, algumas árvores dispostas num monte de relevo irregular cortado na base por um muro de pedras e barro com cerca de três metros de altura que acompanhava todo o comprimento, por duzentos metros de largura. No centro do muro brotava um fio de água natural por uma bica de pedra mármore a que intitulavam “Fonte da Xarrocaâ€. Escassos metros de sonhos planeados nas aventuras de piratas, fantasmas, bruxas e mágicos. Contavam que no centro daquele paraíso juvenil desembocava uma das saídas do Forte de São Filipe, mandado construir por Filipe II Rei de Espanha, em 1580. A particularidade do forte é a sua forma estrelada adoptada na construção como um símbolo, um vigilante de atalaia permanente, o protector das investidas dos Corsários Ingleses. A entrada alimentava o imaginário das crianças. Contava-se que existiam algumas arcas repletas de moedas de ouro entre outros tesouros, propriedade das freiras da região, ali depositado durante uma fuga que nunca ninguém soube qual nem porquê. Várias equipas tinham-se aventurado a entrar na enorme boca escura e fria. Tinham descido os escassos dois metros de altura agarrados a uma corda e depois de alguns passos em frente deparavam-se com uma curvatura à esquerda que ainda ninguém transpusera. Desistiam. Quando regressavam à superfície contavam histórias terríficas! Falavam da quantidade exasperante de armadilhas que iam de ninhos de víboras, portais armadilhados de flechas… Um pouco de tudo! Afinal eram apenas umas teias de aranha no subsolo húmido e umas pequenas osgas…
Gostavam dele, da sua forma genial e simples de se integrar e interagir em grupo, das imaginadas brincadeiras, da forma irrequieta de ser. Também necessitava isolar-se. Desde que desvendara a maravilha das palavras adorava tomar pequenas notas num caderno. Os pensamentos que a imaginação providenciava com asas de celofane eram rabiscados com a letra mais pequenina que concebia. Era o orgulho dos pais. Um moço aplicado e estudioso. Os professores também faziam referência ao seu bom desempenho. Na quarta classe escreveu uma pequena peça de teatro que chegou a ser exibida por três colegas na escola. Imaginara uma disputa pela beleza e utilidade entre uma rosa, um cravo e um malmequer. Todos os personagens exacerbavam as suas qualidades, justificavam a formosura e tentavam superiorizar-se aos supostos adversários. Foi um momento de grande êxtase pessoal. Sorriu.
Com dez anos tinha resolvido a escola primária. A sede de conhecimento mantinha-se constante tal como as questões que inoportunamente colocava. Algumas eram de resposta pronta e acessível como o caso da Geografia, o uso e costumes de outros povos… Outras calavam as bocas e obrigavam os olhares a cruzarem-se de um medo que não compreendia. O porquê da pobreza incomodava-o. Ouvia falar em surdina da guerra colonial e inquiria-se sobre que falavam. Comentava, sem mesmo saber porquê, que nunca participaria numa guerra. Na escola tudo era bonito e cheio de flores. As colónias que ele conhecia eram território português e todos, portugueses e nativos, viviam uma imensa harmonia entre sorrisos e amores. Qual guerra?! A única que conhecia era a da literatura aos quadradinhos. Cobóis e índios americanos disputavam pedaços de terra com desvantagem para os segundos que eram sempre sanguinários e cruéis. Comentava algumas vezes aquelas epopeias com os amigos. Nunca entendeu porque queriam os cobóis usurpar pela força a terra aos nativos. Tão pouco chegou a perceber porque o Tio Patinhas era egoísta ou porque o Pato Donald nunca tivera oportunidade de enriquecer. Sabia, isso sim, que diante da cadeira da escola onde se sentava todos os dias havia duas fotos enormes. Uma do Américo Tomáz e outra de oliveira Salazar, às quais juntaram mais tarde Marcelo Caetano. No centro um enorme crucifixo! Todos muito sisudos e temidos… Era como se uns olhos invisíveis espiassem todos os movimentos dentro da sala de aula e retirassem liberdade a alunos e professores. Pessoalmente não gostava de os ter diante de si como aranhas, mas a idade não lhe oferecia a oportunidade de decidir. Quando perguntava que faziam aquelas figuras na parede a professora erguia o rosto, fitava o tecto branco com um enorme brasão oval desenhado no centro e respondia:



O Poeta da Lua
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« Responder #1 em: Dezembro 10, 2013, 12:12:02 »

Estive a ler e a reler. Mudaram as figuras nas paredes, mas estão em outros lugares. A bem dizer, está tudo mais ou menos igual: pobreza, discriminação, ditadura...
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Bom dia. Para todos um FigasAbraço
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Sejam bem vindos às escritas!
Agosto 14, 2023, 16:52:48
Boa tarde!
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Bom Ano! Obrigada pela companhia!
Dezembro 30, 2022, 19:42:00
Entrei para desejar um novo ano carregado de inflação de coisas boas para todos
Novembro 10, 2022, 20:31:07
Partilhar é bom! Partilhem leituras, comentários e amizades. Faz bem à alma.
Novembro 10, 2022, 20:30:23
E, se não for pedir muito, deixem um incentivo aos autores!
Novembro 10, 2022, 20:29:22
Boas leituras!
Novembro 10, 2022, 20:29:08
Boa noite!
Setembro 05, 2022, 13:39:27
Brevemente, novidades por aqui!
Setembro 05, 2022, 13:38:48
Boa tarde
Outubro 14, 2021, 00:43:39
Obrigado, Administração, por avisar!
Setembro 14, 2021, 10:50:24
Bom dia. O site vai migrar para outra plataforma no dia 23 deste mês de setembro. Aconselha-se as pessoas a fazerem cópias de algum material que não tenham guardado em meios pessoais. Não está previsto perder-se nada, mas poderá acontecer. Obrigada.

Maio 10, 2021, 20:44:46
Boa noite feliz para todos
Maio 07, 2021, 15:30:47
Olá! Boas leituras e boas escritas!
Abril 12, 2021, 19:05:45
Boa noite a todos.
Abril 04, 2021, 17:43:19
Bom domingo para todos.
Março 29, 2021, 18:06:30
Boa semana para todos.
Março 27, 2021, 16:58:55
Boa tarde a todos.
Março 25, 2021, 20:24:17
Boia noite para todos.
Março 22, 2021, 20:50:10
Boa noite feliz para todos.
Março 17, 2021, 15:04:15
Boa tarde a todos.
Março 16, 2021, 12:35:25
Olá para todos!
Março 13, 2021, 17:52:36
Olá para todos!
Março 10, 2021, 20:33:13
Boa feliz noite para todos.
Março 05, 2021, 20:17:07
Bom fim de semana para todos
Março 04, 2021, 20:58:41
Boa quinta para todos.
Março 03, 2021, 19:28:19
Boa noite para todos.
Março 02, 2021, 20:10:50
Boa noite feliz para todos.
Fevereiro 28, 2021, 17:12:44
Bom domingo para todos.
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