Coisas que estimo.

[Maria Gabriela de Sá]

Histórias de guarda-chuvas? Também tenho.

Sou doida por um guarda-chuva, um fininho e delicado que comprei num dia de pingos, na esquina de uma rua do Porto. É castanho, mais ou menos, tem umas pintinhas brancas, enfim é lindo. Amo o meu guarda-chuva desde a hora da compra, uma coisa que estimo porque sim.

Um dia, o vento bramia, a chuva inundava, Zeus "despencava" lá do Olimpo e o meu carro, na rua,  levava com todas as iras do céu sem um gemido, embora aturdido com aquela atmosfera carregada.

E eu, com dois amores a quem amar, a um quis acudir, da chuva arrancar e peguei no guarda-chuva para um ir salvar, o carro.

Eis senão quando, o vento,  tinhoso, entorta uma vareta e o meu guarda-chuva fica maneta.

Mas eu, doida por aquele específico guarda-chuva,  com os amola-tesouras em extinção, a todo o custo arranjei um hospital para lhe tratar da lesão.

Hoje o meu guarda-chuva,  fininho e delicado, está  ali pendurado sem serventia. Os pingos parecem não querer regressar mais e eu agora só uso guarda-chuvas específicos para temporais.

[Goreti Dias]

Dava jeito eu saber quais são esses guarda-chuvas de temporais. Precisava de um. Com este tempo...

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Por aqui os guarda-chuvas são praticamente descartáveis de tão frágeis. Tive um que era do meu avô e durou comigo uns dez anos. Nunca mais encontrei um assim. A boa prosa e a boa poesia são bem diferentes. Podem durar para sempre e com a mesma qualidade.

Gostei demais do texto.

Abraço dum lugar que está sem chuvas há mais dum mês.

Oswaldo

[Maria Gabriela de Sá]

Olá, Goretidas, os melhores ainda são os das lojas de conveniência - risos

Olá Oswaldo, obrigada por esse fraterno e quente abraço e por ter gostado do meu  pequeno "guarda-chuva".

Abraço aos dois

Rafaela Plácido

[helenacosta]

  Aqui, na minha zona, nem me atrevo a abrir o guarda-chuva. Fica pior do que um chapéu de um trolha, rsrsrsrs.

[Maria Gabriela de Sá]

Pois, este ano é assim em todo o lado, chuva, vento e frio é um trio que Deus nos livre.

Abraço


Rafaela Plácido

[margarida]

E não é que muito estimei esta história? Por aqui, os ditos também se vão abaixo com o peso do granizo.

[Maria Gabriela de Sá]

Talvez esteja na hora de fazer duas orações: uma para a chuva e o vento irem embora e outra para o governo fazer a mesma coisa... risos

Obrigada por estimar as minhas letras.

Abraço

Rafaela Plácido

[Maria del Mar]

E não é que voltou de novo a chuva e precisamos dele? Bom uso e bom texto

[Maria Gabriela de Sá]

Pois e hoje veio mesmo o delicado, o meu guarda-chuva delicado, visto não serem esperados temporais...

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Estimo reler textos como esse.

[Maria Gabriela de Sá]

Oswaldo, estimei a sua reeleitura, Obrigada.

[CAMPISTA CABRAL]

Adorei teu texto Gabriela. Tem doçura, tem musicalidade, tem sentimento. Não um sentimento qualquer, mas o sentimento das palavras. O sentimento com as palavras. Parabéns pelo escrito.

Abraços.

Campista Cabral

[Maria del Mar]

Tem coisas que dão vontade de reler

[Maria Gabriela de Sá]

Obrigada CC e Maria del Mar, obrigada por lerem, gostarem e relerem.

Beijinhos