Figas de Saint Pierre de
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« em: Fevereiro 23, 2015, 22:34:00 » |
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ONDE ESTÃO OS MEUS COELHÕES? -“Onde está o dinheiro?” -“Onde está o meu dinheiro?” O acontecido, com a magia do Bés; um mágico de se lhe tirar a cartola, foi nos números de magia que fazia, em que estendendo seu grande chapéu, de boca muito larga, virado para a plateia, convidada: -“Ponham aqui vossos coelhinhos que eu logo os transformo em coelhões!” Ora, quem é o criador de coelhinhos que não quer ver, depressa, seus coelhinhos pequeninos ficarem uns grandes coelhões?! -“Ponham, mais, ponham”, continuava, o mágico Bés, em estímulo repetido, porque, dizia, o sucesso era garantido! E assim, os crentes em milagres ou em magias, puseram muitos; mesmo muitos coelhinhos, aguardando vê-los crescidos, transformados em grandes coelhões! Só que, quando todos esperavam pelo milagre, afinal, nem coelhinhos nem os coelhões prometidos! Agora, quem depositou coelhinhos, vai, diariamente, a casa do Bés, perguntar por seus coelhinhos: -“Onde está o meu dinheiro”? Quando regressa a casa, vai roendo umas cenourinhas, que tinha em stock, para os coelhinhos, e já sem esperança de servirem para alimentar coelhões. Alguns já nem cenourinhas têm e passaram de vegetarianos a omnívoros ! Até roem ossos! Desesperançados, reunidos em assembleias, juram que nunca mais vão ao circo da alta finança ver a magia do Bés, que sem controlo da Comissão de Magia de Virtuosos Mágicos e do Bando Nacional de Patranhas, fazia números sem certificados de qualidade! O Bés, que anda, por aí, à solta, chamado à Comissão de Inquérito de Parlar, disse que não sabia de nada e que a culpa era do contabilista, (não se sabe se natural de São João da Madeira ou de Ver)que lhe tinha feito uns buracos no chapéu! Daí os coelhinhos terem desaparecido! Ora, se ninguém sabe, também nem eu, que há muito deixei de ter coelhinhos, e que, agora vivo rodeado de coelhões, porém, já estou preparado e armado com uma carabina, carregada com votos, para quando abrir a época da caça aos coelhões, pum, pum pum! Todos mortos! Não quero dar-lhes cenouras, Basta as que me conseguem roubar! ………xxxxxxxxxx……………………… Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo ( Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque) Gondomar
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