NA POLÍTICA, COMO NA GASTRONOMIA

[Figas de Saint Pierre de]

NA POLÍTICA, COMO NA GASTRONOMIA,

DEVE-SE VARIAR.

Aproxima-se o acto eleitoral e, por isso, os partidos partem para a compra dos votos dos eleitores.
Digo compra de votos, porque, felizmente, embora os partidos tendam a postular seu ideário político como coisa sagrada, mas tal não serve para salvar almas, mas sim para governar corpos.
Lembro que nem mesmo o que é considerado sagrado tem os mesmos rituais dedicados ao mesmo deus; neste caso a Democracia.

Pessoalmente, sou eleitor de ideal socialista, votando no PS, mas nem sempre, variando de partido conforme propostas de políticas sociais. Privilegio, sempre, as que beneficiem a maioria dos eleitores; os mais desfavorecidos; trabalhadores e reformados.

Olhando à votação no PS, como credor de políticas socialistas, mas olhando, também, à histórica abstenção nas últimas eleições europeias, é tempo de, nas próximas eleições legislativas, reforçar a votação nos partidos mais à sua esquerda do PS, como sinal de desacordo ou até mesmo de revolta, pelo regabofe da corrupção familiar governamental e descontrolo do sistema financeiro, cuja salvação é sempre feita com os tostões dos contribuintes, para perdoar ou fechar os olhos a conscientes crimes de abusos de poder, que levam Portugal à bancarrota.
A figura do Zé Povinho deve fazer o gesto do "Toma"; ou seja "Basta

Em Democracia é do Povo que vem o Poder, é para o Povo que deve ir todo o benefício das políticas praticadas, não só para ilustres minorias, que exactamente, pela sua “ilustração” devem ilustrar como se deve servir uma República, não dela se servindo.

Que cada eleitor reflicta se quer um poder partilhado ou absoluto; centrado num só partido.
Para melhor reflexão, talvez o ajude ver as cores dum arco íris.
A democracia é como na gastronomia e no vestir; deve-se variar.
.x.
Silvino Figueiredo