Figas de Saint Pierre de
|
|
« em: Outubro 09, 2019, 17:07:33 » |
|
AMARRAS CORTADAS Nasci para cortar amarras, Para fugir de casa, Para fugir à escola, Para fugir à doutrina, Para fugir a missas e a sermões, Para fugir a profissões,
Hoje, pergunto-me o porquê. Quais as razões? Nenhumas, meus pais queriam-me bem, Mas, eu, muito mais a mim queria, E não gostava de ter liana que me prendia!
Claro que me queriam bem, que eu fosse bom rapaz, mas tendo sempre em conta o: -“Menino, isso não se diz, isso não se faz.†mas eu dizia e fazia, e sentia-me livre
Ainda hoje me sinto até mesmo quando me julgam em prisão.
Nunca tive jeito para sacristão, Pelo menos para o sim, mais para o não, porque de muitos nãos precisa o mundo não de tantos sacristas, para haver mais paz, mais justiça social e mais pão!
Alguém, quando me queria agarrar, logo desistia da ideia, porque eu, nasci assim; para ser sabonete escorregadio na banheira.
Não tenho religião, não digo: - “ Ai meu Deusâ€, porque não tenho nenhum. Além do mais sai caro sustentar um deus pessoal!
Minha rebeldia levou-me a procurar saber o que queria.
Não tenho partidos, mas tenho um ideal: não querer para outros o que para mim não quero.
Dou-me bem com todos que queiram dar-se bem comigo, não me importa que comam iguana, logo que não me proÃbam de comer bacalhau.
Não sou racista, nem linguista.
Dou-me bem com os meus, mas faço pontes com outros, com cores diferentes, com diferentes lÃnguas.
Sim, o mundo é de todos, com cada um a viver em seu quarto, ou com ele partilhado, mas com algumas regras no deitar e levantar.
A vida é como um navio e nós marinheiros, para sabermos navegar e a portos chegar!
Há sociedades onde só há um mandar, noutras mandam mais, mas numas e noutras com homens, representantes do Homem; o Rei dos Animais!
E ainda há canibais, se não já muito de carnes, agora é de dinheiros! e até há eleições, para eleger quem rouba mais!
No meio disto tudo, Que é que um homem livre deve dizer e fazer? Simples; Mandá-los foder, Porque já não há paciência Para tanta indecência!
Há que cortar amarras. ………….xxxxxxxxxxxxxxx……………. Silvino Taveira Machado Figueiredo (de Vilhena) Gondomar
|