Figas de Saint Pierre de
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« em: Outubro 22, 2019, 14:12:38 » |
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EVOLUÇÃO DA GOVERNAÇÃO Portugal, saído duma monarquia, Com D. Carlos já a viver do calote, Em situação de bancarrota, Revolucionou-se numa República, E assim publicado houve convulsões, Num país com mão à caridade estendida, Riqueza só a dívida!! Até que surgiu um tal Salazar; Um técnico de contas, Que fez contas à vida e logo deu em poupar, Poupar ao tostão e pouco gastar!! Muito ouro amontoou e governou, Governou e contas acertou, Ninguém nele mandava! Mandava em todos os portugueses, E quem se atrevesse a contrariar, logo o engaiolava anos ou meses!!
Mandou milhares para a guerra, “Angola é nossa”, dizia, E castigou quem de Goa fugia, Até que um dia, pimba, pumba! Duma cadeira caiu! Morreu! O poder tremeu! E, “Ó c'um caetano!”, logo veio um Marcelo, Com conversas de família, com homilias de tretas, Para o poder segurar, mas que não segurou!
Soldados da guerra queriam regressar, Capitães fizeram revolução avançar, Salgueiro Maia foi ao Largo do Carmo Buscar o Caetano. Depois foi o 25 de abril em ação E o entusiasmo da nação, Eleições quase sem abstenção, A Democracia em seus passos, Nos começos alguns tropeços e embaraços, Até que Portugal entrou na Europa, E milhões entraram, vindos de Bruxelas, Dos quais os democratas logo fizeram gamelas, Com os políticos nos milhões a chafurdar, Num carrossel familiar, De roubos, desvios e corrupções um fartote, Sem ninguém fazer lhes Stop, Com muitos doutores e engenheiros Peritos em desvios de dinheiros, E ouro do Salazar a vender. Entretanto, em cada eleição!
A abstenção a aumentar e a dívida a engrossar! Não uma só vez, mas três, a Bancarrota se repetiu, Portugal ao FMI a mão estendeu! E o povo a não perceber Como foi que um só tanto poupou, poupou, As contas acertou, mas agora, mesmo com um espírito santo na banca, o povo se espanta por os governos tal mal governarem, mas tão bem governarem-se!!!
A razão de tal mistério, é, dizem, Salazar ser sério, Solteiro e Sem mulher, para dinheiro lhe gastar, Ao contrário dos nossos democratas, Que tem mulheres, filhos, primos, sobrinhos, genros, Netos e Suas namoradas para ajudar, Com a ajuda dum Espírito Santo, que entrou na liça, até para abençoar a justiça!
Agora, perante tal situação, Com tão grande dívida da nação, De dever mais do que ganha, Há quem preconize na política o celibato, Para não tantos a meterem a mão no prato, Para evitar que mais metade de Portugal não vá votar E que fique em casa, a ouvir, o Zeca Afonso, com o: “Eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada”!!!
Que adianta o povo ter andado a votar?
Um só a governar muito poupava! Agora, são muitos a roubar, a corromper, a desviar, e milhões e milhões a off-shorar!! Que adianta o Povo votar? Para ser roubado? Querem que seja masoquista? Ó valha-nos o Espírito Santo, mas não o do banco! Esse alimenta os diabos, a família e os mais chegados. Afinal, a solução é simples, ser sério. A seriedade é a chave de boa governação. Assim, não!
No fim disto tudo, Portugal, mais velho e com menos população, mas com melhor tecnologia, temos o maior governo de sempre em democracia! Mais ministérios, mais ministros, mais secretários e subsecretários, mais assessores, mais motoristas! Enfim, possivelmente, como se ainda não chegasse, teremos mais corrupções a dar nas vistas, a não ser que o lítio, marca galamba, lave mais branco! ….xxx…. Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
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