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Autor Tópico: Estação de destino: Inverno  (Lida 1496 vezes)
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Maria Gabriela de Sá
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Sexo: Feminino
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« em: Junho 11, 2020, 15:00:04 »

          Quando, no início da estrada, o homem começou a ver o perfil da pequena aldeia, o sol projectava pela mão de uma ténue luz de Dezembro, no lado esquerdo da concha envolvente do vale, os cumes das montanhas que desenhavam o aproximar da noite. E, antes de poder distinguir na mancha do casario os contornos das casas, teve de piscar os olhos por pequenas fracções de segundos, até sair da cegueira momentânea que a entrada numa zona de sombra lhe provocara, mal o carro deixava abruptamente para trás o dourado do fim de dia.
          Sozinho, enquanto percorria os cerca de quatrocentos e cinquenta quilómetros de viagem entre Lisboa e o Douro, teve tempo para pensar nas cores de uma paisagem celebrada em todo o mundo como uma das mais belas. Mas não só. A sua ligação com aquela terra não era das melhores. Em boa verdade, nunca chegara a ser grata. Tivera, sem sombra de dúvida, algumas boas razões para isso. A distância também tinha contribuído para ele ter arrumado no mais fundo da memória uma infância que estava longe de ter sido feliz. A ponto de, desde que aos seis anos partira e durante os últimos trinta e cinco, não ter sentido a mínima vontade de se confrontar com o passado.
          Agora, perante os socalcos plantados de videiras despidas de rama, não podia deixar de concordar com a justeza da fama do Douro. Tudo parecia ter sido esculpido a escopro e cinzel por homens com todo o tempo do mundo pela frente para serem felizes ou infelizes.
          À medida que avançava no serpenteado da estrada, pela janela do carro, aberta com o propósito de sentir o cheiro a terra, um frio agreste entrava em simultâneo, aqui e ali, com o gorjeio quase desesperado de um pássaro na eminência da noite. E, mal parou no largo da aldeia, o vento do crepúsculo inundou-lhe as narinas com um cheiro a fumo de lareira, perfumado talvez pelo pingue de uma alheira que aí tivesse derretido com o objectivo de lhe provocar a sua única e verdadeira nostalgia.
Adiado o assunto que o levava ali  para o dia seguinte antes de se decidir ir ver a casa que herdara do pai, um rafeiro castanho saiu de um portão. E, depois lhe ladrar com a convicção devida a desconhecidos, ao mesmo portão assomou uma mulher a rondar os sessenta anos, a quem, após ela ter silenciado a fraca cortesia que o cão lhe dispensara, cumprimentou com um amistoso “boa noite”.
          - Boa noite – respondeu ela.
          - Sabe dizer-me, por favor, onde mora a Senhora Maria do Santo?
          - Ah, a velha parteira? Sei, claro. Mora com um dos filhos e a nora numa casa nova um pouco acima daquela onde viveu até há coisa de dez ou quinze anos. Agora que está praticamente cega não pode viver sozinha.
          - Ah, coitada… - disse circunstancialmente o visitante.
          - Mas olhe que a cegueira é o pior mal que a atormenta. O problema da perna também. Porém, ela queixa-se é do resto, dos olhos. Tem uma força aquela mulher! Desde sempre me lembro de a ver viúva, com três filhos. E, apesar dos noventa anos, tem uma cabecinha que tomara muita gente de setenta!
          - A Senhora Elisa, ainda mora cá também?
          - Agora que se reformou sim, depois de ter trabalhado durante muito tempo no antigo hospital da vila. Mas, diga-me uma coisa – disse a mulher um pouco intrigada com as perguntas do forasteiro – o senhor tem alguma coisa a ver com as duas?
           - Nem sei… – respondeu, difuso. Na verdade, sou jornalista e estou a recolher testemunhos de costumes de antigamente…
          - Ah, bem me parecia- retorquiu a interlocutora sem aparentar desconfiança pelas reticências do homem.
          - Atrasei-me um bocado na viagem e só pude chegar agora. Mas amanhã voltarei para falar com uma ou com outra. Ou com as duas!
          - Pois, hoje não adiantaria de muito. Com este frio costumamos deitar-nos cedo.
          - Sabe-me dizer se há por aqui uma pensão onde eu possa ficar?
          - Tem duas ou três, dependendo do preço. A mais barata é na vila, a cerca de doze quilómetros e as outras duas são casas de turismo de habitação. Uma é à beira-rio e deve ter passado lá. A outra é um pouco antes da vila. Mas está tudo devidamente sinalizado.
          - Obrigado- agradeceu - Até amanhã.
Depois de se despedir da mulher, enquanto ela transpunha o portão seguida pelo cão e antes de se meter no carro, pegando nos fios de memória do seu passado, seguiu-os até à casa que herdara, encontrando pelo caminho um monte de ruínas silenciosas. E quando, daí a nada, parava em frente dela, verificou à luz da iluminação pública que o prédio se encontrava relativamente bem preservado. Talvez, da próxima vez, pudesse lá ficar.
          A manhã seguinte rompeu ensolarada e, após o pequeno-almoço no hotel à beira-rio, com alguma curiosidade, percorreu de novo os cinco quilómetros até à aldeia.
          Começou pelo fundo do povo, no início de uma rua mais ou menos em círculo irregular, atravessada ao meio por uma perpendicular como se fosse o laço de um presente. Estava tudo deserto, algumas habitações, poucas, tinham sido restauradas, mas uma grande parte estava em escombros, como se cada uma tivesse chegado ao Inverno da vida e dali não houvesse nada a esperar.
          Quando chegou ao local onde outrora morava a Senhora Maria do Santo, encontrou mais um postal de desolação. As paredes e o telhado tinham caído, a madeira apodrecera. Na terra onde vivera os primeiros anos de vida, vida era o que já quase não havia em lado nenhum. Comparado com outrora, quando as ruas se enchiam de rapazes e raparigas de diversas idades, nas algazarras da infância prolongadas na juventude, tudo era silêncio. Aquela terra era agora um deserto e deixara de funcionar como as estações do ano, entre a Primavera e o Inverno e sem nenhuma renovação prometida.
          Ao início da tarde, com um caderno de apontamentos, caneta e um gravador à mão, bateu à porta onde agora vivia a velha parteira.
          Respondeu-lhe uma mulher idosa, de um patamar da escada, onde, àquela hora, com um chapéu de ganga na cabeça e uma bengala ao lado, apanhava um resignado sol de Inverno. De cabelo branco curto, pele escurecida e enrugada, vestia totalmente de preto, enquanto, de dentro de casa, saía o som da televisão sintonizada no Canal 1 em mais um programa da tarde.
          - Desculpe, é a Senhora Maria do Santo?
          - Sou…
          - Precisava de falar consigo...
          - Por quê? Eu não posso sair daqui. Estou cega.
          - Eu sei, e lamento. A senhora foi durante muitos anos parteira da aldeia. Era sobre isso… Sou jornalista e estou a fazer uma reportagem acerca dos costumes de outrora...
          Entretanto, à porta, surgiu uma mulher mais nova que se apressou a confirmar as dificuldades da senhora, enquanto o visitante subia as escadas e acedia ao patamar onde agora estavam as duas mulheres.
          - Eu não sei se a minha sogra estará disposta a falar sobre o passado. Não gosta muito de se lembrar daquela época. Mas se ela quiser… - disse, depois de se certificar das credenciais do jornalista e ter boas razões para acreditar que não se tratava de nenhum burlão, dando-lhe então uma cadeira para ele se sentar.
          - Então é para que jornal? – perguntou a idosa – Mas olhe que eu nem sequer sei ler. Nunca pude aprender. Antigamente nascíamos e íamos logo trabalhar.
          - Eu sei. Deviam ser tempos bem difíceis. Mas qualquer pessoa lhe poderá ler a reportagem. De facto, trabalho para uma revista.
         - Se eram!... Está bem… – anuiu – vou responder-lhe ao que me perguntar, se souber, claro. E se ainda me lembrar… Já tenho noventa anos…
Perante aquela mulher ali sentada sem o poder ver, o homem experimentou pela primeira vez uma comoção para a qual, ao longo da sua vida, nunca se tinha preparado. Desde sempre, sobretudo nos anos de internato no colégio, tinha alimentado e dirigido para determinadas pessoas uma raiva surda que talvez o tivesse, de algum modo, impedido de ser feliz. A primeira devia ter sido para o pai que, por ironia, acabara de lhe deixar uma casa da qual as recordações não eram as mais gratas.
         A seguir à nora ter regressado à televisão, o homem iniciou a conversa com a objectividade possível.
         - Quando é que começou a ajudar meninos a nascer?
         - Já era casada. Tinha os meus vinte e cinco anos. Uma rapariga solteira nem sequer podia assistir a um parto, quanto mais ajudar! Naquela altura as mulheres casavam com os olhos tapados, não era como hoje. E só passávamos a ser levadas a sério quando ficávamos grávidas – informou a idosa.
          - E com quem aprendeu? Fazer um parto, cortar o cordão e tratar do bebé deve ter a sua ciência!...
          - Claro. Mas o mais importante era não nos atrapalharmos com a mulher e com as dores para fazermos o que devíamos. Tínhamos de a ajudar, de lhe dar coragem. Muitas vezes eu gritei com algumas para elas não perderem as forças. Sobretudo quando tinham o primeiro filho.
          - E quem lhe ensinou a arte? Sim, porque não deixa de ser uma arte?
          - Aprendi com a minha mãe. Ela também era parteira. E aquilo não era nenhuma profissão. Era só uma forma de ajuda. Raramente recebi algum dinheiro. Quando comecei, era só para tratar da água quente, dos panos e das toalhas. Mas depois aprendi a ver se o nascedouro estava para breve ou se ainda demorava e a dar as voltas necessárias... Daí até cortar o cordão não demorou muito, que até nem era o mais difícil! O que era necessário era saber limpar bem o bebé e dar-lhe banho. Sim porque naquela altura dava-se logo banho à criança, não era como agora.
          - A Dona Maria tem ideia de quantas crianças ajudou a nascer?
          - Ai menino, não me lembro! Mas foram muitas! Fiz partos durante quinze anos, ajudada por uma rapariga chamada Elisa, no tempo em que por aqui ainda nascia gente. Não sei mesmo, mais de cento e cinquenta, ou por aí. Todas as grávidas e os filhos me passaram pelas mãos. Agora nasce um miúdo quando o rei faz anos, no hospital mais próximo. Já nem há cá escola. E, de vez em quando, pelo que vou ouvindo na televisão, lá há também um que morre ou fica com atraso por causa do nascedouro. – acrescentou  a velha senhora, de olhos vazios e nostálgicos da luz que já não tinham.
O homem começava a dar sinais de uma compaixão crescente por aquela mulher ali à sua frente, e, depois de se recompor da emoção, prosseguiu.
          - A sua vida não era só fazer partos, penso eu…
          - Não, claro. Tinha ainda o trabalho de casa e o do campo. Para criar os três rapazes que tive, ia ganhar os dias no que houvesse para fazer. Às vezes, quando chegava a horinha de uma rapariga, iam chamar-me e lá vinha eu à pressa de onde estivesse.
          - Tem assim alguma história que possa contar? Das bem-sucedidas e das outras, se é que as viveu…
          - Graças a Deus, a maioria teve final feliz. As mulheres, naquele tempo, eram melhores parideiras do que hoje, não sei porquê. Mas o último parto deixou-me arrasada… Era um menino que eu consegui salvar, embora ele viesse com o cordão agarrado ao pescoço. Já a mãe, pobre rapariga, morreu-me às mãos antes de chegar o médico… - disse com as lágrimas nos olhos, a que se seguiu um longo momento de silêncio. Eu estava sozinha, a Elisa tinha acabado de ser mãe do terceiro filho… Além de que eu, na manhã desse dia, tinha caído no monte onde andava à lenha. Desloquei um braço, escanei uma perna e estava cheia de dores… Depois do que se passou jurei nunca mais fazer um parto… E não fiz. Entretanto as coisas também mudaram…
          Enquanto ouvia, o homem engoliu em seco, mal conseguindo continuar com a entrevista. Mas, depois de alguns segundos, prosseguiu:
          - Se não quiser falar mais disso não fale….
          - Durante muito tempo não consegui. Mas agora que comecei!... A rapariga tinha dezassete anos. Atravessara a pé, vinda do Marco de Canaveses pela linha do comboio, o Túnel do Juncal. Veio trabalhar para casa de uma família abastada. Entretanto, o filho dos patrões, um rapaz com a mesma idade e estudante, engravidou-a... A moça bem me gritava para a acudir, mas eu não sabia se havia de cuidar do menino se dela. E a avó da criança, em casa de quem tudo decorreu, parecia não se importar muito nem com um nem com o outro. Apesar de tudo, tiveram o bom senso de não mandar embora a Glória quando a gravidez foi descoberta! E acho que o menino foi perfilhado mais tarde pelo pai.
          - Como é que o bebé sobreviveu? – perguntou o homem,  sem conseguir disfarçar a  comoção,  apesar da sua tarimba de jornalista experimentado em questões dramáticas como aquelas memórias.
          - Olhe menino, quando Deus nos manda uma desgraça, parece já ter preparado antes o caminho. Quem a amamentou foi a Elisa, a ele e ao filho, que nessa altura teria dias.
          - Uma história triste, é verdade… E sabe alguma coisa desse menino órfão de mãe logo à nascença?
          - Vive em Lisboa. O Jorge, o irmão de leite, encontrou-se com ele algumas vezes. Mas nunca aqui veio depois que foi para o colégio.
          - E a Senhora Elisa?
          - Reformou-se e vive cá, no fundo do povo, na última casa nova. Vem ver-me bastantes vezes.
          O assunto parecia estar a causar algum incómodo a um e a outro, pelo que o entrevistador prosseguiu, dizendo:
          - Mas, mudando de tema: a senhora não vê há já bastante tempo. Como é que passa os dias? Como se distrai? Já vi que não gosta muito de televisão…
          - Sempre que posso ouço rádio, embora isso quase tenha entrado em desuso. Hoje em dia toda a gente fica em frente à televisão, mas eu, como não vejo, gosto de ouvir música. Gosto dos discos pedidos e de ouvir fados assim como os da Amália. Agora não tenho ouvido porque o meu radiozito avariou…
         - O seu problema de visão tem a ver com cataratas ou trata-se de outra coisa?
          - São mesmo cataratas – respondeu.
          - Mas isso pode ser operado! Já foi a algum especialista?
          - Oh meu querido filho! Mas alguém se interessa por uma velha com noventa anos? O que se espera é que eu morra, não que volte a ver. Para o que eu vou fazer posso ir cega… As pessoas pensam assim. Embora eu tenha muitas saudades de ver as coisas e as pessoas!... Sobretudo os bisnetos que não conheço…
          - Eu não sou tão acomodado assim… Ainda um dia destes lhe apareço aqui com um amigo oftalmologista a ver o que diz ele sobre o seu caso.
          - Obrigada, menino. Gostava muito de voltar a ver, se fosse possível.
          - Pois vamos tratar disso, esteja certa – disse com convicção. E Pronto. Por agora vou embora. Obrigado e desculpe tê-la feito chorar…Eu não queria, mas… Até à próxima, Dona Maria.
          - Até à próxima. Mal saia na revista diga – disse a senhora, enquanto a nora saía da cozinha e indicava o código postal da terra para a receber pelo correio.
          Quando desceu as escadas, o homem, quarenta e poucos anos, alto, olhos azuis e bem constituído, parou e, adoçando os olhos, voltou-os uma última vez para a mulher, que, como qualquer outra pessoa, tinha de viver com as suas recordações, algumas amargas como as de toda a gente, além de uma cegueira que lhe calhara para o fim. E foi ao fundo do povo procurar Elisa.
Encontrou-a ao mesmo sol, agora de fim de tarde, a fazer renda num terraço junto à rua.
          Quando a saudou, chamou-a pelo nome, enquanto desenhava na boca o mesmo sorriso doce que a parteira com quem acabara de falar desencadeara nele.
          - Boa tarde, Dona Elisa.
          - Boa tarde – respondeu ela com alguma curiosidade, dado que não conhecia quem a saudava.
          - Estive a falar agora com a Senhora Maria do Santo. Deu-me muitas informações para um artigo numa revista sobre o antigamente de uma terra como esta. Falou-me de si e dos tempos em que ambas ajudavam as crianças a vir ao mundo. Bonito trabalho! – acrescentou com uma paz que, até aí, era quase desconhecida dele próprio.
          - Ingrato às vezes. Mas é a vida – respondeu ela, levantando de novo os óculos do croché.
          - E é claro que o seu nome vai ser mencionado na revista…
          - Obrigada. Depois quero ver.
          - Até à próxima.
          E regressou a Lisboa.
          Voltou passado um mês. Com ele vinha o velho amigo dos tempos do colégio, oftalmologista que, depois de um exame à velha parteira, lhe pareceu ser possível que ela recuperasse parte da visão, após ser submetida a uma operação e com a ajuda de uns óculos. Trazia, ainda, a revista na mão e um rádio que lhe entregou e a ajudou a desembrulhar para ela ouvir os fados Amália de que tanto gostava.
          Meio ano passou.
          Entretanto, o homem que um dia chegara à aldeia de mal com a vida, deixou de sentir amargo o leite que bebera na infância de mãe estranha. Fizera as pazes consigo próprio e sentia que, finalmente, podia falar ao filho que a mulher trazia na barriga, e que até aí sempre recusara ter, de ter tido duas mães: uma que o gerara e outra que o amamentara. Além da parteira que o trouxera ao mundo.
          Agora, no carro a seguir pachorrento o serpenteado da estrada, trazia uma mala com roupa e iria ficar alguns dias para varrer as últimas sombras.
          - Senhora Maria do Santo! – chamou, ali à beira da casa onde vivia a velha parteira.
          - Quem é –  perguntou ela,  enquanto,  com uns óculos e a bengala sua companheira, se dirigia à varanda.
          - Já me consegue ver? – Perguntou o homem
          - Sim, graças ao menino e a Deus! E ao médico que me operou- respondeu ela com as lágrimas nos olhos. Muito obrigada.
          - Nada disso. Eu é que devo agradecer-lhe por me ter ajudado a nascer, depois de andar uma vida inteira a culpá-la pela morte da minha mãe. Perdoe-me…. Disse com uma lágrima teimosa ao canto do olho. Sabe quem sou Dona Maria?
          - Não me diga que é o Santiago filho da Glória!
          - Sou – disse, abraçando-a comovido.
          Só faltava ir ter com a mãe emprestada, Elisa, e dar-lhe igualmente o abraço devido. A seguir, com uma ponte sólida entre o passado e o futuro, todos poderiam usufruir em paz de um verdadeiro sol de inverno.
« Última modificação: Março 06, 2021, 19:29:08 por Maria Gabriela de Sá » Registado

Dizem de mim que talvez valha a pena conhecer-me.
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Bom dia. Para todos um FigasAbraço
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Sejam bem vindos às escritas!
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Boa tarde!
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Bom Ano! Obrigada pela companhia!
Dezembro 30, 2022, 19:42:00
Entrei para desejar um novo ano carregado de inflação de coisas boas para todos
Novembro 10, 2022, 20:31:07
Partilhar é bom! Partilhem leituras, comentários e amizades. Faz bem à alma.
Novembro 10, 2022, 20:30:23
E, se não for pedir muito, deixem um incentivo aos autores!
Novembro 10, 2022, 20:29:22
Boas leituras!
Novembro 10, 2022, 20:29:08
Boa noite!
Setembro 05, 2022, 13:39:27
Brevemente, novidades por aqui!
Setembro 05, 2022, 13:38:48
Boa tarde
Outubro 14, 2021, 00:43:39
Obrigado, Administração, por avisar!
Setembro 14, 2021, 10:50:24
Bom dia. O site vai migrar para outra plataforma no dia 23 deste mês de setembro. Aconselha-se as pessoas a fazerem cópias de algum material que não tenham guardado em meios pessoais. Não está previsto perder-se nada, mas poderá acontecer. Obrigada.

Maio 10, 2021, 20:44:46
Boa noite feliz para todos
Maio 07, 2021, 15:30:47
Olá! Boas leituras e boas escritas!
Abril 12, 2021, 19:05:45
Boa noite a todos.
Abril 04, 2021, 17:43:19
Bom domingo para todos.
Março 29, 2021, 18:06:30
Boa semana para todos.
Março 27, 2021, 16:58:55
Boa tarde a todos.
Março 25, 2021, 20:24:17
Boia noite para todos.
Março 22, 2021, 20:50:10
Boa noite feliz para todos.
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Boa tarde a todos.
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Olá para todos!
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Olá para todos!
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Boa feliz noite para todos.
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Boa noite para todos.
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Bom domingo para todos.
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