vitor
Membro da Casa
Offline
Sexo:
Mensagens: 291 Convidados: 0
Olá amigos.
|
|
« em: Agosto 19, 2008, 14:10:18 » |
|
Por uma qualquer manhã, ou qualquer outra distância, saio vagarosamente, lendo a displicência dos momentos. O intrépido, as anémonas, sequelas dispares, como déspotas raros desta e qualquer outra distancia, sentados, à alquimia dos defuntos e risonhos areais, os subtis arrojos fran-queando sentenças deste mar azedo, caldeiras, riscos e bravas distancias cor dum mar qualquer, especulando con-tactos e comunicações, esmolando a franquia quase minha de vida esta, a que me submeta talvez, sereno discursar, comunicar-me contra intempestivos oratórios que segre-guem as ruelas da cidade que deambule em si o fantasma de si mesma, a velha e póstuma cinderela diante postais iluminantes na cassandra mesclante de rasgos e diabruras, conversas informais e sentenças animais, riscos na cons-ciência, sob apetências, como se dialogar contigo fosse referendo, referencia para as essências dos destinos postu-lados no refrão assassino dos tempos, segue, sei que será quezÃlia intemporal, atempada que seja, que seja anti-moral, se restos forem, ou fossem talvez da vida a vida ainda por viver, entendemos a cada recado imaginado o seguimento sincero, demarcado contra cantos a favor do destino, como somos neste depravado resquÃcio, faces robustas e nada serias, vendo por tudo que nos interpele cicatrizando a colorida e resfriada nobreza dos instantes, sereias sem semblante, rosas sem coração, ou dos nós dela mesma, as pernas cálidas da Dona Rita, recados de si enviando vida, restos de futuro, e Dona Rita, apostola deste restante fim que esmera o momento, espera o rico sussurro nesta mesa de café, como instantes contrafeitos, a vida escorre como o momento ali cercado, pelas heresias do frio diante calor abusivo, toques e abraços disfarçando a falência da existência, pelos que nos querem, se apostarem como fariam como nós, de vida aqui as ostras são templos, decorando a modéstia do tempo, de rios feridos na alma dum vinho ali sarado, joelhos aprumados num amor ripostado, que te queira, se sentir que possa de ti nada querer, porque daqui nada que aquilo que apenas se saboreou, a vida vista à lupa dos fantásticos nada seres, cêntimos arrumados, postulados, arrufados, amarrotados, algibeiras sorriais num fundo de si mesmas, alojadas à mesa da refeição que se queira, sente, em ti, dizia antes uma tal dona Rita, uma véspera perdida, apostando em ti num calculo seguinte, seria talvez este seguimento sem essências, sem razoes, sem préstimos, por ser aquilo que seria, desapossado, desabrochado, jardim sem lume num cigarro fumado, as esferas contigo numa lua inventada, num riacho embargado entre mãos laçadas, vem lentamen-te que importa amiga sisuda dos tempos vitimados, das horas verdejantes de beijos colados ao peito dos arrojados, dos amigos que em tempos em ti busquei, Ana ri, Escuto enquanto de si esse sorriso dispersa pela orla da rua o eco da sala, a vitima não fala, o sentimento não escuta e eu sei, espero de ti algo que fosse ao menos qualquer coisa, como a batuta resfria um calor que sentira, um café algemado, um toque inventado, e a musica ali, juntinha a porta onde fumo o ultimo cigarro da noite em que já nada existe, a porta cerrada e a rua calada, girando no vazio, os espectros são vândalos, os animais corroem as essências deste sequÃssimo talvez, um arfar natural duma sala sem nin-guém, um lugar de desdém a fala de mundos entretidos como quem soube um dia, que aqui sim, o amor nascera e ficara para sempre preso ao ninguém, sempre o desdém que importa Teresa, vem, escuta comigo o refrão da vida, um outro toque nesta alma que mendiga um silencio calculado na esfera antiga, conheci-te nesta resma frágil da existência e senti que contigo a vida renasceria sobre os bancos do ermo, jardim formidável, senta-te aqui comigo Teresa, a tua voz trás magia e a solidão ganha nome, sabes quem me disse que um dia, nesta repelente via, a vida renasceria com a voz do caminho, foras um dia aquele dia aqui, na esfera do nada um total absoluto, bebe café, tranquila e presente, um dia estarás sei, na sala encantada da mais seca verdade daquilo que nunca alguém tocara, se fantasma ou funesta, somos restos sim, queres da vida a vida ou a vida deste nada que um dia já somos? Bom dizer bem. Bem. Outro que fosse, seria na mesma, que importa, o borbulhar exequente ou quiçá, consequente, de barbatanas içadas, almagras e fruto, sôfrego destino à s causas pudicas de vidas correntes, nesta maré, vi teu olhar, frio de monte, ocultando este sortido navegar, vai lenta-mente como vida à vila, olhar seria um possÃvel raro que se esmera, acredita assim nisto. Como se os olhos se abrissem na direcção do erro. A lágrima sorri. Espectro, esse à s vezes distante auguro sórdido, por entre as certezas sobre acasos, casos de vida vinda de rebuliços silenciosos, escuto lentamente qual voz, como costas da ida. Lado a lado fecundos os bancos do sol deste alem disperso ao sabor dos ventos encobertos, querela de sala, sala sórdida e sequela voraz, recônditos excêntricos vagueiam sérios os cantos escondidos, repeti, escondidos, ante tantas telas do exposto, do azul avarento das cidades cultas e núpcias e soltas as melodias que se espalhem, que envolvam outro qualquer eu em nós de mim, durante o espolio a que se submetem em ti as minhas mãos quase dormindo já, nelas o sabor das nossas noites nunca ali alicerçadas, que durem contrafeitas, repletas, falas-me suculentamente do ausente, escuto, resfriadas distancias também, também as tuas cau-sas inculcam em nós quando consigo receber sonâmbula percepção destes sórdidos e perdidos instantes apenas, fala-me.
|