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Autor Tópico: Ensaio sobre a Cegueira  (Lida 8651 vezes)
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Tim_booth
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Queria escrever à velocidade com que penso.


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« em: Setembro 26, 2008, 23:47:59 »

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    (…) Que será isto, pensou, e de súbito sentiu medo, como se ele próprio fosse cegar no instante seguinte e já o soubesse. Susteve a respiração e esperou. Nada sucedeu. Sucedeu um minuto depois, quando juntava os livros para os arrumar na estante. Primeiro percebeu que tinha deixado de ver as mãos, depois soube que estava cego.

- José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira


Há livros que nos deixam sem palavras. Há livros que nos deixam a querer falar sobre eles sem parar. Há livros que por todas as suas componentes se destacam dos outros. Há livros que nunca mais esqueceremos por muitos anos que vivamos. Há livros que são perfeitos. Tudo isto para dizer que Ensaio sobre a Cegueira é uma suave, minto, uma fortíssima mescla de todos estes livros. É um dos livros mais persistentes, e por persistente aqui quero dizer marcante, intrigante e tudo o mais que quiserem, a verdade é que este livro não se apaga da memória e muito menos do espírito. Estava eu a dizer que este é dos mais persistentes que já li até hoje. Provavelmente, um dos mais da história da Literatura. Não, não me enganei. Nenhuma palavra a seguir àquele mais ali atrás, é mesmo suposto ser assim. Qualquer que seja o adjectivo que ponha a seguir ao ‘mais’ adequa-se certamente. Este é um livro de topo.

Saramago coloca-nos um caso simples. Alguém que deixa de ver. A esse alguém, outro alguém se segue. A esse outro alguém, outro mais, e outro e ainda mais até que não exista ninguém no mundo capaz de ver. Esta cegueira espalha-se como uma epidemia. Sabe-se que é desta e não de outra qualquer por estes cegos terem a particularidade de ver tudo branco. Ver é um verbo que para aqui é atirado, como muitas vezes ao longo do livro acontece, apenas como força de expressão, como pode um cego ver? Dizia eu, em jeito de sinopse, que toda a humanidade cega, com a excepção de uma pessoa, a mulher do médico que examinou o primeiro homem a cegar. As primeiras vítimas da epidemia são ainda empurrados para uma quarentena pelo governo, na esperança de conter a doença, mas cedo se percebe que já não há nada a fazer. Esta é a história de um mundo de cegos onde quem tem olho finge não ter.

Que mais posso eu dizer àcerca do génio de Saramago? Ainda não disse tudo, nunca o direi, talvez nunca ninguém o dirá. Da qualidade da sua escrita já todos fomos testemunhas e já por três vezes falei na maneira especial que o autor tem de nos contar a história (é a tal vozinha no interior da nossa mente que vai relatando, não somos nós que estamos a ler, é como se alguém nos estivesse a contar um conto). Por isso não vos maçarei mais com pormenores técnicos, com recursos de estilo, com vírgulas, pontos finais e parágrafos.

E que dizer deste livro? Tantos já o tentaram e tanto foi já dito. Não sei se conseguirei acrescentar nada de novo à discussão, talvez não acrescentando consiga trazer mais gente à luz desta obra magistral.

Espantosa é a visão cega deste livro, se me permitem o foleiro trocadilho. Uma sociedade é-o até quando? Quando é que as necessidades da sobrevivência se sobrepõem às normas de convivência? Quando é que um homem deixa de ser um homem? Tantas questões nos impõe esta obra que é impossível enumera-las a todas. Neste ensaio, que toma a forma de romance, é explorado o baixo do baixo do baixo onde se pode cair. As imagens que vemos em cada página são repugnantes pela frieza e principalmente pela naturalidade com que se apresentam. Pois se é preciso matar um homem para sobreviver, para preservar uma réstia de orgulho e dignidade, para quê dizê-lo de outra maneira? Se para comer as mulheres têm de deixar de o ser, de que maneira se pode escrever isso sem o escrever? Arrepia aquilo que se lê.

As personagens não têm nome, nem precisam. A bem dizer, num mundo onde ninguém, com a excepção da mulher do médico, consegue ver, de que adiantam os nomes que não são mais que sinais visíveis escritos num qualquer registo? Interessa o que são, e dessa maneira as identificamos na narrativa - a mulher do médico, o médico, o primeiro cego, a mulher deste, o velho da pala, a mulher dos óculos escuros, o rapaz estrábico, o cão das lágrimas.

A mulher do médico, os olhos do seu grupo, os olhos do mundo, aquela que desejava ser como os outros, aquela que, ao contrário de todos queria abrir os olhos e ver-se cega (e mais uma vez aqui este verbo, como se ver fosse alguma coisa que dos olhos estivesse dependente), ver branco e nada mais. Ela é a personagem mais marcante de todo o livro - é a salvação da réstia de humanidade do seu grupo e é a testemunha do declínio da raça humana. Se por um momento trocássemos o nosso olhar com o dela seria impossível voltarmos a ser a mesma pessoa. É também a sensação que dá ao acabar de ler este mundo, como se tivessemos presenciado o ponto mais baixo da humanidade. Um frio desconfortável na barriga, um arrepio na espinha, uma lágrima que corre por aquilo que não somos. Ainda.

Acrescentei aquele ainda porque este é também um prenúncio do futuro. O que é aquela cegueira afinal? Tanta pode ser a sua causa, de tanta maneira pode ser interpretada a sua origem. Agora em que o mundo atravessa uma das mais graves crises financeiras de que há memória, a humanidade cega a tudo o resto e vê apenas o valor da sua vida diminuir. Começa-se a sentir no mundo de hoje o cheiro fétido que se sente ao longo das páginas do livro. Pergunto-me quantos já terão cegado desta branca cegueira, pergunto-me quantos sobreviverão à epidemia. Preocupo-me com a distância a que ainda está o dia em que alguém gritará “Eu vejo†e se alguém será poupado à cegueira geral para ser o olhar que preciso para sobreviver.

Ensaio sobre a Cegueira é o livro mais inquietante, mais cruel, mais frio, mais horripilante, mais enternecedor, mais triste, mais feliz, mais livro, mais obra, mais arte, enfim, mais tudo, que já me passou pelas mãos. Passará, se ainda não o fez, pelas vossas em breve. Acaso não ceguem antes.

Escrito originalmente aqui.
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elvira
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« Responder #1 em: Setembro 27, 2008, 10:36:21 »

Olá Tim, Olá Dite, quero começar por vos dizer que me sinto pequenina, perante tão sábios críticos. Que acrescentar aquilo que foi dito? Só concordar com vocês. Há livros que realmente nos deixam sem palavras, e este é seguramente um deles, pois lio uma primeira vez, e depois o saboreei uma segunda. Só houve um outro que me deixou tambem presa, até o acabar. Se O Amanhã Chegar  De SiDNEY  SHELDON.BJS para vós. Elvira
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« Responder #2 em: Setembro 27, 2008, 11:51:00 »

Amigas, só vos posso dizer que escrever sobre este livro foi a coisa mais difícil que alguma vez tive de escrever. Queria escrever tanto mais, dizer tanto mais, mas as palavras não saíam. Vou relê-lo com certeza, talvez nessa altura consiga dizer mais, para já continuo sem palavras.

Cheers
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Laura
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« Responder #3 em: Setembro 27, 2008, 12:52:00 »

Valeu a pena a espera... podia ter esperado um ano... acima de tudo, afilhado, gosto da tua paixão.
Abraço,
Laura
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« Responder #4 em: Setembro 27, 2008, 13:17:19 »

Olá, Tim,
fui invadida por uma alegria/surpresa, ao ver que esta obra-prima de sensibilidade do Saramago seria oferecida aqui, compondo o cardápio do final de semana.
Fantásticas reflexões e alertas encontram-se ali...desde que li a obra, pungente, fiquei pensando como seria estar no lugar da única pessoa dotada(ainda) da visão orgânica, naquele contexto de cegueira de alma, de coração, que o desespero, a dor, o medo, a fragilidade e a pequenez expuseram tão fortemente.
Poucos dias atrás, minha filha viu o filme e ficamos analisando o mundo contido naquela obra, inclusive comparando a linguagem cinematográfica com a do livro, incomparavelmente mais rica.
Realmente, estamos entrando numa dimensão tão materialista,as relações tão grosseiras, a sensibilidade tão entorpecida, que o filme exibido, agora por aqui, não veio sem propósito. Torço que o que é exposto ali, sobre nossos comportamentos, não continue a se configurar uma realidade vivenciada no cotidiano...seria estabelecer mais que o cáos
no mundo, a sua derrocada final...
Parabéns pela ecolha e pela sensibilidade exposta na análise, como sempre, aliás.
Um abraço, Guacira.
« Última modificação: Setembro 27, 2008, 13:25:51 por Guacira » Registado
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« Responder #5 em: Setembro 27, 2008, 14:18:47 »

Obrigado Guacira. É realmente impossível não pensarmos naquela mulher que vê o mundo a destruir-se à sua volta. Não lhe invejaria os olhos, preferia ser cego.

Madrinha, ainda bem que valeu a pena a espera. A paixão vai estar cá, sou um homem de livros, sem eles não viveria.

Cheers
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Laura
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« Responder #6 em: Setembro 27, 2008, 17:42:20 »

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Realmente, estamos entrando numa dimensão tão materialista,as relações tão grosseiras, a sensibilidade tão entorpecida, que o filme exibido, agora por aqui, não veio sem propósito. Torço que o que é exposto ali, sobre nossos comportamentos, não continue a se configurar uma realidade vivenciada no cotidiano...seria estabelecer mais que o cáos no mundo, a sua derrocada final...

Quero acreditar que não, Guacira... há ainda tanta beleza no mundo e dentro da própria humanidade, que creio não poderem ser destruídas nunca. Podem às vezes transformar-se em bigornas, como diz o antónio paiva, mas são fluidas e se hoje são bigornas, amanhã são espadas e depois são flores. De qualquer forma, nunca escolheria a cegueira...
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« Responder #7 em: Setembro 27, 2008, 17:53:53 »

De qualquer forma, nunca escolheria a cegueira...

Já eu não tenho essa certeza Laura. Se o mundo chegar a tal estado como na sociedade descrita no livro, o que cada vez parece menos longínquo, prefiro não estar cá para o ver. E estando, se me fosse dada a oportunidade de ver, não o faria. Sou como a mulher do médico que fecha os olhos na esperança de os abrir para a cega brancura.

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Laura
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« Responder #8 em: Setembro 27, 2008, 17:55:13 »

Pois eu não sou nada como essa mulher do médico... não sou nada de cruzar os braços... por vezes, até cruzo, mas é sempre temporário.
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« Responder #9 em: Setembro 27, 2008, 18:03:46 »

Fico feliz por ti. Já sei a quem me chegar quando todos cegarmos, sei que vais conseguir manter os olhos abertos. Mas atenção, há que fazer aqui uma ressalva em honra do livro: na minha interpretação, a única razão pela qual a mulher do médico não cegou foi precisamente porque tinha a mesma atitude que tu tens. O que ela queria era não ter, quando o cansaço a matava. E nessa altura apareceu o cão das lágrimas...
Quando dizes que não és nada como a mulher do médico eu digo exactamente o oposto: tu és a mulher do médico.

Cheers
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« Responder #10 em: Setembro 27, 2008, 18:52:09 »

Agora vou mesmo ter que ler, para saber o que é o cão das lágrimas...
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« Responder #11 em: Setembro 27, 2008, 18:57:14 »

Já disse foi eu de mais... o difícil de comentar este livro é que tudo do que vale a pena falar estragará a experiência de leitura (bem, estragar não estraga, duvido que sequer lhe tire impacto, mas pode reduzir o horizonte de interpretações...). Laura, é imperioso ler o "Ensaio sobre a Cegueira". Não sei como me deixei viver este tempo todo sem o ter lido.

Cheers

P.S.: E leia-no se possível antes de verem o trailer para o filme Blindness, a estrear em Novembro julgo eu, que revela pormenores mais deliciosos quando lidos...
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« Responder #12 em: Setembro 28, 2008, 23:57:20 »

Este livro está realmente muito poderoso. A metáfora da perda de visão já de si, é muito poderosa mas a forma como é utilizada por Saramago, os caminhos porque ele nos leva, merecem sem dúvida uma leitura e dificilmente nos deixam indiferentes.
Escrevi há pouco tempo uma crónica sobre ele, publicada no Primeiro de Janeiro e que decidi até colocar na selecção de crónicas que coloquei no meu site. Aqui fica uma transcrição desse meu texto para juntar a estas belas críticas literárias lançadas pelo Tim Booth e que são já motivo de algumas visitas minhas a este site:

CEGUEIRA

Para efeitos únicos desta crónica e correndo o risco de nesta premissa inicial ser pouco original, imagine o leitor que, a certa altura, no nosso país, surgiu uma epidemia de cegueira, epidemia esta que, um pouco à imagem da metáfora de Saramago (Ensaio sobre a Cegueira), consiste numa escolha de valores e de regras de vida que levem a ignorar toda a dimensão humana do outro com quem nos cruzamos diariamente, a ignorar o valor da meritocracria, o valor de dar sempre uma oportunidade a todos, o valor da existência de regras em sociedade, o valor da justiça, da solidariedade, e tantos outros que têm de existir lado a lado com a iniciativa e com a ambição de conseguir mais e melhor para si e para todos à volta, sendo que uns têm de temperar os outros para que as rodas da sociedade nos levem a algum lado em vez de simplesmente atropelar e trocidar a maioria. Claro, tudo isto cai por terra quando o primeiro descobre que, subvertendo apenas alguns destes valores, a sua vida progride enormemente ao contrário da dos outros. Uma corrupçãozinha, um favorzinho, um pequeno tráfico de influências, um ganho de audiência à custa da desgraça ou da futilidade alheia, enfim, um belo salto na carreira ou na fortuna, cometendo-se apenas um pequeno delito que não fará mal a ninguém. É talvez aí que se aloja e começa a progredir o vírus da cegueira, como o fungo na humidade. Ou talvez comece antes a cegueira, quando nos batem nos olhos, desde crianças, imagens dos telejornais, plenas de uma realidade cruel, repletas de gente que sofre: pessoas a morrer à fome em estado lastimável, guerras em directo assistidas a partir do sofá como se de partidas de futebol se tratassem, milhares de pessoas a chorar e a lamentar incêndios nas suas casas, ou terremotos, ou familiares mortos nos acidentes de viação ou de comboio, ou atentados à bomba que vitimam outros milhares todos os anos, em nome desta ou daquela causa que para nós nunca valeu nada. Talvez seja aí que começamos a ser “cegadosâ€, a habituar-nos a ver e a não reparar, a ignorar o interior dos outros, porque realmente perante a evidência nua e crua das televisões nada podemos fazer para ajudar quem está do outro lado do écran. Da habituação ao sofrimento nos telejornais à habituação à realidade das ruas, diante dos nossos olhos, vai um curto passo. O seguinte é ignorar os concidadãos, os vizinhos, os familiares. Passa depois por ignorar o lado interior humano de todos e cada um de nós trocando o que somos por uma imagem mental que lhe toma o lugar e na qual constam alguns items de maior importância, a saber, salário estimado, marca e modelo do carro, casa onde mora, roupa que veste, título profissional, e, por fim, a quantidade de músculos, de curvas ou de gordura no corpo. Esta cegueira não é negra, é colorida, como o mar de leite da imaginação de Saramago onde as cores se fundem numa única que cega: os reclames, as revistas, as TVs, as marcas, os slogans, todos os produtos, todos os preços e, consequentemente, as nossas frustrações ou prazeres consoante aquilo que o dinheiro nos comprar. Certamente não faltará quem diga que é desta cegueira que emanam todos os problemas do nosso Portugal. E, dirão, se o problema não é maior é porque há quem não esteja cego, dê o braço e ajude a guiar os demais cegos ao seu caminho porque lá diz Saramago que há uma coisa chamada “a responsabilidade de ter olhos quando outros os perderamâ€.
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« Responder #13 em: Setembro 29, 2008, 00:04:03 »

Fantástica crónica Gonçalo, conseguiu espalhar tudo um pouco daquilo que eu queria dizer e não consegui. A verdade é que este livro é o exacto oposto da cegueira, abre-nos os olhos a tudo o que se passa à nossa volta só para percebermos que nunca tínhamos reparado nisso antes...

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« Responder #14 em: Setembro 29, 2008, 11:24:28 »

Olá Tim, Dite, Laura, Guacira,Gonçalo, li atentamente cada palavra vossa, e gostei de cada uma,das vossas  criticas. Por vezes á palavras queremos dizer, mas que na nossa inquietação deixamos guardadas,não querendo ver.Disse ao Tim que este foi o livro que me abriu os olhos para a obra de Saramago, e desde então, leio todos os seus livros com outros olhos, os de ver.Gostei de saber que á outras pessoas que comungam o mesmo gosto pela obra de Saramago. Bjs Para vós Elvira.
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« Responder #15 em: Setembro 29, 2008, 11:28:32 »

Obrigado pelas palavras Elvira. Saramago é sem dúvida um autor singular. Alguém disse já que é o maior de todos os autores vivos. A cada obra dele que leio, mais confirmo essa suspeita.

Cheers
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Obrigado, Administração, por avisar!
Setembro 14, 2021, 10:50:24
Bom dia. O site vai migrar para outra plataforma no dia 23 deste mês de setembro. Aconselha-se as pessoas a fazerem cópias de algum material que não tenham guardado em meios pessoais. Não está previsto perder-se nada, mas poderá acontecer. Obrigada.

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Boa noite feliz para todos
Maio 07, 2021, 15:30:47
Olá! Boas leituras e boas escritas!
Abril 12, 2021, 19:05:45
Boa noite a todos.
Abril 04, 2021, 17:43:19
Bom domingo para todos.
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Boa semana para todos.
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Boa tarde a todos.
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Boa noite feliz para todos.
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