Nada Por Inteiro

[Jorge Vieira Cardoso]

É Natal lá para as bandas do nunca em que...
Acabou-se o tempo! Ardem na alma pedaços verdes de uma origem melancólica, é som crepitante do que não somos à beira de nós.
Apetece-me abastecer-me do nada que reflecte a ansia do outrem em circumfência da sonda marte, a sonda mente.
Basta de choramingar pedaços de crispação em berço ondulando ou na seara aberta da incerteza mediocre, para refinar astúcia.
Porque será que a maldade vem à superficie, desposada de sentimento fiel e adulterada de paz podre.
Nada por inteiro, aquilo que somos em nada por inteiro. Basta olhar a raíz nublosa do maltrapilho em vestes surradas ou na foz do pensamente aniquilado pela vertigem sagrada de cor cinza, cinza pó, cinza denso e cru.
Choras no meu ombro e o que recebes?! Talvez a esfera redonda de uma simples bolha de ar sujeita a partir o derrame da culpa inculpa.
Nada por inteiro, desabafo feito no apanágio de uma lição de vida da qual nada se aprende, apenas se rasgam em nós novas artimanhas com máquinas  de terraplanagem para chegar a, QUÊ....................                oleadas... a nada por inteiro!!!

Desculpem, mas hoje deu-me uma neura tão grande que Filosofar foi a minha fuga aos entraves de um Globo Humano ou Desumano, que me deixa sempre a meio de mim, a meio de nós, a meio de tudo e a meio de nada, ou talvez a nada por inteiro!!!

[Goreti Dias]

Há dias assim em que apenas o nada devia comandar o Mundo.

[Luis F]

E filosofas muito bem... gostei de ler

Continua assim, com neura ou sem ela, registaste mais um bom apontamento

Com amizade
Luis