josé antonio
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« em: Dezembro 22, 2008, 19:35:06 » |
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COMUNIDADE DE LEITORES 2008 – GONDOMAR A Literatura Portuguesa Contemporânea Orientador: Valter Hugo Mãe
Teve a última sessão no passado dia 17 do corrente mês com a apreciação do livro “ A Ressurreição da Ãgua “, contos de Maria Antonieta Preto – 2008. Nas sessões anteriores foram apreciados: “A BaÃa dos Tigres†de Pedro Rosa Mendes, “Nenhum Olhar“ de José LuÃs Peixoto, “O Apocalipse dos Trabalhadores†de Valter Hugo Mãe, “Jerusalém“ de Gonçalo M. Tavares e “Aonde o Vento Me Levar “ de Manuel Jorge Marmelo. Em jeito de súmula, poder-se-á afirmar que ficou presente no domÃnio apreciador e interpretativo dos participantes, uma tónica destes jovens escritores para o cinzentismo, miserabilismo, em páginas de morte, de desgraça, de violência doméstica e não só, de solidão, de obscurantismo, num redundante ciclo de fatalismo à mistura. Obviamente que os debates, felizmente sempre vivos e participativos, talvez por mérito do orientador corajoso e liberto que o foi o Valter Mãe, permitiram uma ampla apreciação da uma fatia considerável da literatura que tem sido produzida pelos jovens autores, por estes e outros mais. Chegou-se mesmo a reflectir sobre a portugalidade atingida e sofrida como fado, fadário e destino nacional. Pessoalmente tive a ousadia de afirmar que não é preciso recorrer-se tanto à aridez e dureza da vida no Alentejo, à s páginas pesadas, embora ricas de imagem e observação, com cadáveres enterrados por debaixo dos chaparros e por aà adiante, soterrados que já estamos com a realidade quotidiana. Temos muitos mais cenários para retratos de vida, lendas e credos. Porque acontecem tanto no Sul como no Norte. E podemos, porque não, carregar as páginas com a alegria das eiras, das danças e cantares e dos amores bem vindos e sadios doutras paragens de agora ou de antigamente. E quanto ao fenómeno natural da morte ele já não é rejeitado pelo medo, pela crendice, mas aceite como o fim da vida a que seremos sujeitos todos nós. Mais cedo ou mais tarde, com maior ou menor sofrimento – que eu trocaria por – desilusão. Desilusão no podermos continuar no desfrute dos nossos dias. E termino, informando que este tipo de iniciativas vai continuar já, já a seguir com maior criatividade e porque não, interacção. Levantando um pouco o véu, digo-vos que a poesia também vai ser rainha. Depois conto mais. Eu por mim continuarei a preferir o som e as cores do dia à escuridão escura da noite. Abraços.
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