Sou...

[Dete]

Sou ave ferida, caída no céu
Sou nuvem que passa perdida no espaço
Sou tarde de um dia que o sol aqueceu
Sou as mãos unidas num imenso abraço.

Sou terra lavrada, rasgada e fecunda
Sou água que escorre numa pedra lisa
Sou barco perdido que ao largo se afunda
Sou réstia de esperança que a vida amortiza.

Sou a leve imagem que a sombra projecta
Sou riso suspenso que o tempo guardou
Sou como viagem sem rumo, sem meta.
Sou folha caída que o vento levou.

Sou a cor esbatida na tela pintada
Sou voz que sufoca o grito contido
Sou verbo colado no tudo ou no nada
Sou sopro de brisa, instante vivido!

Dete

[vilde]

Nessa insistência do ser
és o que dizes na praça,
e tudo o mais que te aprouver...

Um belo poema!
Um Bj
vilde

[flavia]

Um fantástico poema que nos prende do início ao fim...

Sem palavras!!

Beijo

[Abgalvão]

Mais um dos seus fascinantes poemas.

Sou eco no tempo perdido
simples peão de xadrez
verbo na vida inserido
e sonho que se desfez.

Beijo
Abgalvão

[Goreti Dias]

"Sou verbo colado no tudo ou no nada"
Um poema de intensidade desmedida!
Beijo

[Landa]

Dete
És tudo isso... e uma grande poeta
Muito lindo
Bjs
Landa

[vaza pinheiro]

Dete

Um poema brilhante, onde a intensidade do verbo é tão vibrante e interiorizada que a metáfora salta de verso para verso como uma onda benigna atrás de outra. Não se detém no derradeiro ponto final. Deixa-nos, por muito tempo, o poema a cantar no ouvido e a visão emblemática da tela, onde a poeta deixa a sua marca e um sorriso que nunca se quer suspenso.

Um beijo

vaza pinheiro

[Joaquim Sustelo]

És uma poeta fora de série, isso é que és.
Beijinho
Sustelo

[Sandra Fonseca]

É um prazer ler seus poemas. Sempre uma lição. Sim, és uma grande poeta!
Beijo.