Antonio
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« em: Novembro 26, 2007, 13:28:07 » |
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Já lá vão uns anitos! Em determinada fase da minha vida, e por razões que nunca cheguei a descortinar com rigor, andava tristonho, chateado, psicologicamente em baixo e com alguns sintomas somáticos que me alertaram. E, como nestas coisas não sou peco, decidi ir a um psiquiatra. Profissional já experimentado, não lhe foi difÃcil fazer o diagnóstico: eu estava com uma depressão. Nada de grave, felizmente. Nestas e noutras doenças, quanto mais depressa formos a um médico e começarmos o tratamento maior é a probabilidade de cura ou cura rápida. Receitou-me uns fármacos, disse como os deveria tomar e fez-me um aviso particular em relação a um deles: - Este medicamento tem um efeito secundário para o qual eu o devo alertar. Inibe a ejaculação. Portanto, aconselho-o a avisar a sua esposa, não vá ela pensar que anda a depositar o seu sémen noutros recipientes – e fez um sorriso bem largo. - E posso continuar a trabalhar? – perguntei. - Com certeza. Deve é abster-se de beber álcool. Finalmente, marcou-me nova consulta de controlo para daà a uns tempos. Chegado a casa, relatei o ocorrido à minha mulher dando especial relevo ao tal efeito colateral do medicamento. Sem entrar em pormenores, pois este não é um texto erótico (quando tiver um, eu aviso), o facto é que quando tinha relações sexuais eu bem me esmerava no sentido de tentar provar a mim mesmo que afinal era mais potente que o medicamento. Essas coisas também ajudam a curar depressões, mas...nada! A coisa demorava um tempo infinito, eu transpirava de tanta ginástica fazer, à s vezes parecia que Ãa acontecer, mas...sempre nada! Até que, exausto e ofegante, à s vezes o falo ainda acordado (relembro que foi há uns anitos), meio lixado também, preparava-me para uma soneca retemperadora. A minha mulher é que não desgostava do medicamento, como devem calcular! Acho que uma vez (ah, valentão!) consegui uma ejaculação mÃnima, mas serviu para me aumentar a auto estima. Entretanto a medicação revelava-se eficaz e, quando fui novamente ao clÃnico, ele fez uma redução da dosagem. E perguntou-me: - Notou o efeito secundário de que lhe tinha falado? - E de que maneira, senhor doutor! – respondi - Sabe que esse medicamento pode também ser usado, em doses menores evidentemente, para combater um problema que é bem mais comum do que aquilo que se pensa: a ejaculação precoce – informou o doutor. - Acredito! Acredito! – disse, soltando uma gargalhada - Olhe! Vou-lhe contar um caso que se passou com um cliente meu, aliás uma figura pública mas cujo nome, como compreenderá, não lhe direi. E continuou a psiquiatra: - Uma vez apareceu aqui o tal sujeito com um problema depressivo. Um dos medicamentos que lhe receitei foi exactamente este. Quando veio cá a uma das consultas de controlo eu disse-lhe que iria deixar de tomar este remédio. “Não, senhor doutor! A minha mulher não deixa!†respondeu-me ele. “Parece que ela nunca tinha atingido nenhum orgasmo e graças a este medicamento milagroso agora conseguiu e, portanto, não quer voltar à situação anteriorâ€. E concluiu: - De facto ele sofria de ejaculação precoce e como este medicamento pode ser usado para colmatar essa caracterÃstica pouco interessante, eu continuei a receitar-lhe o produto, mas só na dosagem indicada para contrariar esse problema que o senhor tinha. Depois de mais alguma conversa, despedimo-nos e sai. E pouco tempo depois estava completamente curado.
Os eventuais interessados escusam de me perguntar o nome do medicamento milagroso pois já me esqueci completamente. Vão ao médico!
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