josé antonio
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escrever é um acto de partilha
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« em: Janeiro 30, 2009, 18:23:40 » |
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A avenida inacabada de PatrÃcios, uma pequena aldeia de ruas de terra batida, pretendia ser uma homenagem aos “boulevards†de Paris. Até a mÃtica estação ferroviária, uma das poucas da Pampa argentina com direito a primeiro andar, é de inspiração francesa. É preciso dizer que esta localidade, situada a 255 quilómetros de Buenos Aires, foi até, 1977, o centro nevrálgico da rede ferroviária da antiga Compañia General Buenos Aires, que chegou a ter cinco mil habitantes e que hoje não passam dos 500. Em PatrÃcios era preciso lutar não só contra a pobreza e a apatia mas também contra o aborrecimento e o desejo louco de rumar a outras paragens. Em 2001, a Argentina viveu a pior crise económica, polÃtica e social da sua existência. PatrÃcios parecia prestes a mergulhar de vez no abismo – foi nessa altura que a pediatra da aldeia, Mabel Ayes, convocou alguns habitantes à antiga estação e lhes propôs a criação de um grupo de teatro. “ Ao princÃpio éramos um grupo muito pequeno, mas, com o tempo, outras pessoas juntaram-se a nós. Nunca tinha pensado que era capaz de representar, e agora não sou capaz de viver sem o teatro†– reconhece Nilda Martinez de 79 anos, uma das mais dinâmicas actrizes do teatro comunitário PatrÃcios Unidos de Pie.
Graças a esta iniciativa a aldeia saiu do esquecimento.
No fim-de-semana em que a mÃtica estação ferroviária comemorou o seu centésimo aniversário – sem comboios – as 40 camas de PatrÃcios estavam reservadas. As tendas espalharam-se pelos arredores. Cerca de mil pessoas foram até lá, para rir e chorar com os PatrÃcios que resistiram e ganharam uma batalha contra a negligência do poder polÃtico e o esquecimento, ao transformarem a sua aldeia num verdadeiro teatro.
*** As coisas que eu sei…***
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