Ontem, uma sexta-feira fria

[Fénix]

Ontem, eu e tu… ontem uma sexta-feira fria. Há quase seis meses que namoramos, tivemos coisas boas e menos boas.
Perguntei como estava a nossa relação, à qual respondeste “congelada”. Porque ultimamente tem havido discussões, por minha causa e também as minhas inseguranças.
O meu coração caiu ao chão, quando disseste que já não sabias o que sentias por mim, nesse momento pensei que íamos terminar tudo o que construímos.
Imaginaste que neste Verão estaríamos juntos, mas nada disso aconteceu. Cobardia minha? Talvez. Medo da reacção dos teus pais, como os iria encarar? Também o que iriam pensar os meus pais de mim?
De volta à nossa conversa, perguntas-me se ultimamente não tinha reparado, que cada vez ao soletrar “Amo-te”, davas sempre a volta por cima, à qual respondo que na véspera fiquei indignado a tal situação.
Não me recordo com precisão, mas sei que perguntei à tua pessoa se estavas a acabar comigo, por meros segundos passou-me pela cabeça que irias responder “Sim”, fiquei sem reacção e percorreu-me um arrepio frio pelo meu corpo vulnerável.
Iria estar fora o fim-de-semana, pedi-te várias vezes que pensasses seriamente na nossa relação, ia respeitar a tua decisão.
Tivemos muitos silêncios constrangedores.
Dizias repetidamente, que cada vez que pensavas nisto ficavas mais confusa, tínhamos que encontrar uma solução, não podíamos ficar assim. Decidimos voltar atrás na nossa relação e nas nossas vidas, para que pudéssemos juntos descobrir onde erramos e termos paz.
Será que vamos ser como antes?
Neste momento só sei que quero estar contigo, ao teu lado e não sei como faze-lo para estarmos juntos.
Amo-te, piolha!       

[Goreti Dias]

Nada volta atrás, nada volta a ser igual ao que foi. O tempo não se refaz.