Figas de Saint Pierre de
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« em: Fevereiro 24, 2012, 21:21:00 » |
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TER FILHOS NÃO É BOM NEGÓCIO! O problema da baixa natalidade em Portugal cada vez é mais badalado, porque põe em risco a sobrevivência da nação! “Que é preciso fazer para os Portugueses fazerem filhos?”, perguntou o nosso Presidente da República. Ora, sendo ele um doutor em economia o não sabe, o Povo, esse não ignora quanto custa , nos dias de hoje, ter filhos. Sabe que dão muita despesa. Não se pode concluir que tenha perdido o amor aos seus descendentes. Aliás, penso que é devido a esse mesmo amor e às condicionantes dos custos da educação e à perspetiva da incerteza de emprego e sua estabilidade que cada casal pensa duas vezes antes de pôr um filho neste mundo, para ser triturado na máquina da competitividade e da produtividade, que visa só o valor supremo da aquisição e acumulação de riqueza e não a sua justa distribuição em geral para o bem estar social de todos. Sendo assim, e na ausência de verdadeiras políticas estatais de estímulos à procriação humana, deixando somente ao critério dos casais, estes, perscrutando o negro futuro dos seus rebentos, jogam à defesa, não ao ataque. Aliás, o casal presidencial, com boas posses, o seu exemplos de só dois descendentes não é exemplo para o aumento do rácio da natalidade. Se o casal, com as suas posses não contribuiu para o aumento da natalidade, que é que pode esperar dos pobres e dos desempregados, que são cada vez mais?! Nesta era de lucro rápido, ter filhos não é bom negócio, porque não há garantia de retorno! Olhando à política dos sucessivos governos, estes preocuparam-se e preocupam-se em atrair investidores, produzir e exportar bens transacionáveis e serviços! Mas, pergunto eu: quem é que se preocupa com a “máquina” da família, para que esta produza futuros consumidores. Se há preocupação em atrair investidores, então que invistam em barrigas, nem que seja em sistema de leasing! Como não é bom criticar sem dar soluções, aqui vai uma: cada casal, sem filhos, mas com rendimento líquido anual superior a 50000 euros, devia sofrer uma tributação de 50% sobre o excedente, para o fundo da natalidade. Quem não tem filhos, mas tem muito dinheiro, devia pagar os filhos dos outros, a BEM da NAÇÃO. Caso contrário a conversa da baixa natalidade não passará da conversa fiada! Deixemo-nos de hipocrisias. Se querem filhos paguem-nos. Sim, porque hoje em dia nada é de graça! Amor aos filhos há e é de graça. Criá-los é que não. ………………xxxxxxxxxxxxxxxxx………………………… Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (figas de saint Pierre de lá-buraque) Gondomar
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