Oswaldo Eurico Rodrigues
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Amo a Literatura e as artes.
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« em: Outubro 11, 2017, 15:54:42 » |
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A solidão da companhia me atormenta. Busquei compartilhar a vida em dupla e única felicidade. Quase embarco no duplo contrário de ser abraçado pelo antônimo de ser feliz. Busco a alegria no agreste, no sertão, na areia quente e no frio das geleiras. Encontro beleza nesses lugares e estética e luz e sombra e até vida. Para tanto preciso ajustar meus sentidos. Meio sem sentido vou escrevendo para na minha vida continuar a viver os sentimentos a medida que chegam educados ou invasores, convidados ou anfitriões. Associo-me a eles e negocio com ou sem cio me guiando no fio tênue e quase invisível da resistência. Comecei a escrever para continuar a crer que quando o sublime, o rei de todo o sentir e mover e impulsionar e calar e "estar-se preso por vontade" servindo "a quem vence: o vencedor" se cansa, outros vêm ocupar seu lugar, mas a casa é dele. Conhecendo ou não as profecias, ele sabe do que nunca pode fazer, então simplesmente existe junto a certeza das coisas que não podem ser vistas e do desejo de melhores dias e melhores coisas. Esses três formam junto com a gratidão a casa da felicidade. Agora minha casa precisa de reforma, de restauro. A poeira do sofrer grudou nas paredes, a acidez das palavras corroeu as esquadrias e o atrito da grosseria trincou os pisos. Por incrível que pareça, a fundação se mantém sólida mesmo em terreno movediço. Os pilares projetam-se vertiginosamente para o Céu como em súplicas enquanto as vigas os abraçam e mantém unidas a elas as paredes corroídas. Existem Arquiteto, Engenheiro e Restaurador capazes de refazer e transformar o antigo projeto em projeto de sempre resistente às intempéries, pragas e vandalismo. Já vejo o monumento com paisagismo e iluminação cênica! O convite já está estendido. Fotos são permitidas com ou sem flash, pois cada um registra sob a luz que tem. Desenhem, escrevam, cantem e brinquem. Falem, ouçam e vivam intensamente. A exposição pode ser permanente para você. Para mim, a sinfonia não silencia, as páginas não se rasgam, as cores não se desbotam e o sabor perdura. Bem vinda gente de bem com ou sem bens. Partilhemos as delícias de existir sozinho ou acompanhado.
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