OITENTA E TUDO

[Albertus]

Tudo
Quando te leio…
Dos olhos a fragrância
Dois pardais recém-nascidos.

Oitenta e oito ou o inferno a tiracolo num filme em que não gosto de me ver órfão de olhos doces… as paredes bem sabem, testemunhas que são das minhas revelações à noite ao confessionário portátil. Tenho disso… ataques de paixão pelo caixote a desaparafusar-me do pensamento o momento dos sargaços que me devolvem sem astros. A boa nova é que tenho tão pouco abrigo, fecho o postigo e mesmo assim ainda os vejo perfeitos olhos pelas frinchas miudinhas do coração eloquente vadio quente quente quente, demente. Oito ou oitenta ou o pulsar na tela em que eu vela ardo e consumo lentamente até ao cansaço maduro verter-me no escuro do comboio das onze, e nesse... a confraria das alminhas aos pés da cama, ruído mais cortante que um tico tico. Por isso quero oitenta e tudo e tudo é a ternura candura dos olhos, dos teus olhos, bênção pelos poros da respiração transpiração que me endoidece pela demora da nossa hora e engrandece a vitória… a nossa história sonhada como nos filmes…? Não. Ah! Se queres saber… oito ou oitenta…? Tudo.  



_{ULTIMO ANDAR. OS LOUCOS}






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[Goreti Dias]

Sim! Apenas tudo vale a pena. E ler as suas palavras também.

[Eduarda]

Albertus,

Queiramos o oitenta e o tudo neste mundo louco, mas que vale a pena viver.

bj
Eduarda

[emilialemos]

   Uma reflexão literária muito interessante.

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Bom. Muito bom. Gostei.

Abraço.

Oswaldo

[CAMPISTA CABRAL]

Olá Albertus!

Seja bem-vindo ao Escritartes! E que bela prosa poética ou poema-prosa fizeste! Muito bom o desenrolar das palavras!

Abraços!

[elvira]

Olá, Albertus

Mas que grande momento de literatura!!! Bravo. Bj Elvira