Sábado 07-07-2007
Sábado à noite, vida nocturna, embora a passe em frente a um monitor, ulterior a um dia de trabalho e de me embriagar em refrigerantes, no meio de tanto Ice Tea de Manga, Frize Limão, bebi um Mais da Coca-Cola Company de Goiaba, finalmente, agora já sei o que irei beber a voltar as costas a cerveja ou whisky, ou vodka, ou absinto, bebo uma daquelas importações de bebidas do Brasil ou da Tailândia, excepcionais, com um teor superior a 40% de fruta verdadeira, assim a minha próxima escolha será o sumo de Litchis!
O último dia da semana. Sábado, para mim palavra análoga à tão proferida cansativamente pelos portugueses, traaabaalh, e o o fica para algo que não se consegue reconhecer e logicamente enunciar, tanto o trabalho em geral, anteposto ao nome, como a finalização do trabalho.
É Sábado, dia apetitoso de praia, praia em terra seca, praia há 60 milhões de anos! É revolta, ao ouvir na Antena 3 o que parece uma cura para “as cidades” deste país! Que sorte ser Sábado, dia cansativo, que passa tão lentamente, que depois de pagar a portagem fico sonolento e adormeço, lá vai o Sábado para … ….
É os placares publicitários à entrada de Lisboa, a minha vida por segundos, as campanhas políticas que substituem o visar parâmetros verdadeiramente sociais, remetem-se para o político em si, que parece mais a tampa de uma das latas que depois de beber ponho num contentor desalentadamente, sem olhar à reciclagem. É Sábado, acordei às cinco, e num lindo dia de Sol, nos meandros de um bairro Lisboeta é normal abordar a prostituição e tráfico solenemente, como se saísse de um desmedido Porsche da frente do Altis e avistasse um grupo de Jet7, claro que só podia estar a ver um mundo a partir de uma daquelas máquinas fotográficas de plástico e sem componentes electrónicos compradas em Fátima, marketing que poderia ser rentável se fosse aplicado em subúrbios problemáticos, de forma a tornar a zona turística. É Sábado e custa-me a pronunciar este dia da semana, sofro de dislexia, ou então torno-me em muitos neste dia de 7, e hoje, foi o dia das sete maravilhas do mundo, no sétimo dia da semana, no dia 7-7-07, se fosse há oitenta anos em Portugal dever-se-ia pensar que lhe tinham atribuído uma matrícula de um Cadillac qualquer “americanado”, “ameriscanado” para bem dizer, “ameriescarnado”, novo termo aplicado ao dono. É Sábado e tais banalidades podem insurgir na rua, como a inocência a fazer publicidade da reciclagem, ou, em pé de igualdade, um certo famoso a estender um braço com um certo produto ou a falar da banca. Lisboa é grande e bonita, e cheira bem, depressa se transformava em Aveiras, e na Benedita, e na Batalha e em Leiria, mas em Leiria não há Sábado, há 23:00, que é quando entro em casa, e tenho de jantar, hoje comi puré, hoje, Domingo agora, 0:46, não há música romântica, não há filme de Spider-Man, há melancolia e um texto enrodilhado acerca do dia anterior, um pouco retardado, que olha para o Sábado e o critica facilmente sem prever acontecimentos a não ser rotinas mais que sabidas, uma crítica sem utilidade e que já não pode mudar porque já prazou, porque é Sábado, último dia da semana e as novidades já vieram há 6 dias, é Sábado, pronto?!
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