Nação Valente
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outono
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« em: Janeiro 07, 2022, 22:04:09 » |
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"Les emmerder"
A contestação a vacinas não é nova. Sempre houve e continua a haver. As vacinas têm desempenhado um papel importante na irradicação de várias doenças. Têm riscos? Têm, como qualquer medicamento. Nascer também é um risco. O que está provado é que os benefÃcios são muito superiores aos prejuÃzos. A questão é simples: ou se confia na ciência ou não se confia. E ainda há os que confiam no que lhes dá na real gana, de acordo com a sua predisposição, ou emprenham pelos ouvidos levados por “charlatões†armados em sábios da treta. E se em Portugal a adesão à vacinação está em nÃveis elevados, noutros paÃses europeus, onde não faltam vacinas, deixa muito a desejar. Daà que o poder polÃtico comece a puxar pelos seus galões e decida “obrigar†os cidadãos renitentes. Em França o Presidente Macron diz que é preciso “les emmerderâ€, ou seja pô-los entra a espada e a parede. O problema é que a democracia cria a ilusão que a liberdade é um valor absoluto. Não é, nem nunca foi. Mesmo no âmbito dos regimes parlamentares, onde a liberdade assume uma expressão considerável, somos condicionados pelo primado da lei. Pagamos impostos para garantir a função do Estado, porque é uma obrigação. Mas sempre que podemos evitamos. Quando o mestre-de-obras diz: com factura ou sem factura? A resposta é óbvia. Quando se deixa a decisão, ao livre arbÃtrio do cidadão dá “merdaâ€. E em casos em que estão em causa interesses colectivos, não se pode transigir. O que campeia em lugar da liberdade é a irresponsabilidade, muitas vezes sócia da estupidez. O ser humano não é perfeito. Se o fosse não havia nações, nem estados. Era o paraÃso perdido. Uma das fraquezas da democracia é os polÃticos terem medo dos cidadãos e do poder do seu voto. Mas há situações em que não se pode transigir com quem tem um conceito restrito de cidadania, à sombra da ideia absolutista da liberdade. Mais do que "les emmerder".
Linhas mal alinhavadas (nota do dia) 6/01/2022
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