Figas de Saint Pierre de
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« em: Janeiro 13, 2016, 18:59:09 » |
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SCANEANDO Ainda ali está, no jardim, sob abóbada celestial, deixando-se adormecer no limbo do vento. Olho-a e, não sei porquê, lembro-me de ti. Quantas vezes já estive para te dizer, mas só agora, olhando para aquela cama de rede, onde ascendentes meus dela fizeram aparelho de observação astronómica para verem estrelas, dizem que muitas! Sim, ganhei, finalmente, coragem, e queria, ó se queria, que aceitasses meu convite, para vires cá a casa, para veres essa famosa cama de rede, onde eu aspiro a aspirar teus beijos e abraços. Nem sei como fui capaz de te dizer isto, mas é o que sinto. Naquela cama de rede, só a ti te vejo deitada, e eu a balancear-te, docemente, ao ritmo do balancé do meu coração. Não penses, à primeira vista, que sou atrevido. Desculpa, é que não sei bem como te conquistar. Eu, nada tenho de especial, sou, apenas, um rapaz normal, aliás, só com o facto de, ultimamente, ter ganho campeonatos de tiro ao alvo e de bilhar, pois que sou bom no tiro e a meter bolas nos buracos. Não sei porquê, mas sempre que por ti passo faço um scan, e scaneando-te vejo que és um alvo perfeito para minha flecha de Cupido. Se aceitares meu convite, espero, ardentemente, que sim, logo que entres no meu jardim, onde flores exalam perfumes encantatórios, guiar-te-ei à cama de rede, por mim herdada, e verás o maravilhoso meio de transporte até à terra dos sonhos. Confesso que se não aceitares meu convite, enrolarei a cama de rede, ficará guardada até nova oportunidade, mas, ninguém, ninguém senão tu, será nela por mim embalada. Só queria que me desses uma oportunidade. Vinhas, eu servia-te um chá ou um licor, uns docinhos e conversávamos sobre tudo, menos da polÃtica e da crise. Não te quero pressionar. Só quero que conheças a minha vontade em te conquistar, em te amar, mas sem violências. Eu só quero que vejas, que te deites ou que caias, por uns minutos, na minha rede e por mim te deixes embalar. Quem sabe se eu não terei a felicidade de nela veres estrelas?! ………………xxxxxxxx……………. Autor sem rede: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
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