Grito mudo

[AnaMar]

Adoço o mar
com lágrimas irrepetíveis
nomes
que chamo em vão
lamentos
conservados
num perdão
que nem sei
se sei
mergulho em ti
em posição
fetal
num receio
de
emergir
diferente
já sem
a capacidade
de amar.
 
Sacudo
as ideias húmidas
pegajosas
que me prendem
a
uma indiferença
que ainda me dói.
 
Os cabelos
de tanto Sol e sal
claros
como as manhãs de Verão
em que
a nudez
era a verdade
na praia secreta
refúgio de mim
quando ensaio fugas
e
me tranco por dentro
na espera
que a verdade
seja a que eu quero
e não a que pressinto.

[Vóny Ferreira]

o frito solta-se nas palavrasque merecem
querer morrer no teu peito, Ana.
Mais do que um grito há uma tristeza
que doí... irredutível.

"Sacudo
as ideias húmidas
pegajosas
que me prendem
a
uma indiferença
que ainda me dói."

Chora o que te vai na alma, escrevendo,
como o fizeste neste teu poema.
Beijoooooo
Vóny Ferreira

[vilde]

Este grito mudo
deixa transpirar
a dor...

numa forma
bela
de escrita.
bj
vilde

[António Lóio]

AnaMar
"  ... a verdade seja a que eu quero e não a que pressinto"

Quando uma mulher começa a pressentir, é porque já engatou a 6ª velocidade ( 6º sentido) e então creiam que ela vai acertar.
Poesia melancólica, mas bela.
Bj
Tom

[poesiadeneno]

Ana Mar,

Apreciei este poema de amor, que também é, de desengano.


Grato por partilhar.




Bj

[Goreti Dias]

"na espera
que a verdade
seja a que eu quero
e não a que pressinto."
Dificilmente é...
Beijo