Traje

[Cristóvão]

Vesti de negro e nasci
Desse ventre que é a memória
Para onde tudo retorna
Longe dos dias
Quisera ser cabelo ondulado pelo vento
Quisera ser esquina trilhada pela lua
Quisera verter lamentos em simples poemas
Decomposto isso
Numa singularidade monocromática
Por fim, despir e despedir-me
Como só quem vive anseia.

[Goreti Dias]

"Quisera ser esquina trilhada pela lua"
Uma belíssima imagem!

[Cristóvão]

Pois, analisando bem, o poeminha vale apenas por esse verso.

Obrigado

[josé antonio]

Cristóvão,
O "poemazito" tem mais imagens para reter:

" Desse ventre que é a memória"
" Longe dos dias"

Abraço
JA

[Cristóvão]

Refiro-me a este meu Traje como poema menor, não por necessidade de ser percepcionado como falso humilde mas sim porque, sendo demasiado autocrítico, parece-me que ainda precisa de um buril... Ou entre o expectável e o resultado fiquei a meio caminho.

Abraço

Cristóvão

[vilde]

Cristóvão, precisamos de uma mudança constante de atitude, de roupagem, de olhar...como artistas que somos deste palco da vida, pra ir enxergando de forma renovada...tudo o que já conhecemos...

Gostei deste Traje.
Bj
vilde

[Cristóvão]

Sou um actor à volta dos papéis, ora rascunho, ora em branco.

Beijo

Cristóvão

[Vanda Paz]

Bem, muito bem

Um beijo

[Cristóvão]

Obrigado.

Beijo

[António Lóio]

Cristovão

Uma angústia notória, talvez a pensar na despedida
Abraço
Tom

[Cristóvão]

Uma despedida que se quer bem longíqua.

Abraço