RosaMagalhães
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Ancorei-me às palavras onde mergulham emoções.
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« em: Julho 29, 2010, 15:20:23 » |
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Duas, sentadas no banco do metro avistam o senhor culto, elegantemente vestido na cor cinza claro de pasta colada na mão. Ambas saltaram de aflição!Nenhuma matou a xarada da traição. Nem os olhos negros pestanudos e longos, olhou aquele banco ocupado. Sentou seu traseiro arquitetado no banco ao lado da aflição, puxou o jornal, de perna alçada libertava cheirinhos acachimbados de sedução. As mulheres inquietas sem respiração, vestidas do sonho da ilusão e luta por um estado de renovação... abraçavam vidas paradas sem nadas, pasmadas de céus vazios, que enervava a postura da suposta solidão. Duas caras desconhecidas que se olham. A cada olhar vêm-se no espelho da mesma situação e a cumplicidade inquieta, aumenta com fervor, mesmo sem abrirem a boca, soltaram silêncios a denunciar o amor... as mãos que tremiam, largaram objectos melindrosos a fazer barulho ao cair no chão. Além de chamar a atenção uma da outra, provoca o levantar da cabeça descontraÃda do charme, que as olhou num espanto. De cara pálida e olhos intrigantes cheios de água, especados naquelas duas beldades do seu coração. Nenhuma deu pela outra. Estava ali uma terceira pessoa dentro da mesma hitória a tremer de medo, que descobrissem o segredo. A traição é mesmo isso, existe e nunca vence... lá vem o dia, o verniz pomposo e exuberante estala e cai, assim como os objectos, esparramados no chão! Se assim não fosse, ninguém ousaria chamar-lhe tal coisa, sinal que existe e a tentação é inorme de fazer a coisa certa pela razão errada, é xarada, mas a traição agrada e mata! O traidor é sempre odiado, de todos os três, ninguém ousou um olá sequer, a cumplicidade tornou-se maior. - Sentei-me ao lado do cachimbo. Levava em mãos, meu caderno de sarabiscos, pus-me a desenhar a história do metro, que de certo, multiplicava-se na grande estação... pensar naquilo que me chamou atenção, foi um castigo. TraÃr já é uma traição consumada e ponto final. Já estava estampada em todos os três. A fraqueza da carne é imensa, atração, quimica atrai e o coração bate, não há nada a fazer senão, fugir ou morrer! Aqui está a consequência invasiva que perde a razão. Uma das duas não aguenta, vai e conta á companhia do banco, o seu amor. Descobre-se que ambas vivem um grande dilema, amam o mesmo cachimbo, por sinal bem amadas, em separado. Mas a realidade não é bem assim! Pelo denotado, há três mal amadas em toda a história. Provavelmente haverá um quarto elemento. As coincidências estavam nas auras a denunciar baton forte, tão forte como o desejo da renovação. Duas traÃdas pelo mesmo senhor, torna-se quase, familiar, vamos denunciar? Questionou destemida enquanto a outra dizia que não. Nada as impedia de oferecer a mesma moeda! Além das duas, existe uma primeira com outros direitos... - vamos é contar o segredo e saborear o fardo do fumo, apimentar o desejo sem invadir o terceiro! O amor fica envelhecido e insustentável, moribundo, pretes a ser enterrado, uma questão de segundos! O metro parou no seu apiadeiro, certeiro. Do lado de fora surgem saltos de pernas esguias dentro de um vestido de curto tecido, que surpreende o cachimbo. Tudo se desmascara. O tão nobre cavalheiro, apanha com as três malas nas ideias fingidas e fica atordoado, separação justificada. Três ocasiões da xarada, confiança abalada, final da história:- A traição, deixou 4 coraçõesmagoados e com má reputação! Passados dois anos, todos se encontraram de novo, Curso de formação “Temática sobre fidelidadeâ€, que nada foge aos aspectos da personalidade. Transcendente! As duas estavam unidas na amizade e bem amadas por seus amores de caras feias, como recompensa do terem sido traÃdas. A primeira dama, andava num deserto fantástico de liberdade e o cachimbo deixou de fumar, melhorou um pouco o comportamento... entrou e sentou-se e voltou a cair no mesmo erro. Na sala, estavam duas sentadas de olhos fisgados nele, que lhe fizeram cair o cabelo!
Prosas Poéticas Rosa Magalhães
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