Figas de Saint Pierre de
|
|
« em: Agosto 02, 2013, 23:34:19 » |
|
Beber aumenta a xuxaderia nacional! Eram três os sócios da empresa portuguesa de xuxas. No inÃcio, o negócio corria muito bem, mesmo muito bem, chegando até a exportar-se xuxas portuguesas para a China, substituindo as antiquadas xuxas de pano com açucar! O pior foi quando, devido à transferência de tecnologia ocidental para a China, começaram a aparecer as xuxas chinesas nas lojas dos trezentos, assim conhecidas por todos os produtos serem a euro e meio! Embora de menor qualidade mais pequeninas, as xuxas chinesas fizeram diminuir as vendas das portuguesas, ainda que estas fossem muito melhores e revolucionárias no mercado, pois permitiam carregamento de qualquer composição lÃquida, tanto de leite como de qualquer composição para efeitos terapêuticos. O sócio gerente, pressionado pelos outros dois, andava deprimente, ansioso! As vendas estavam a cair! Na sua ansiedade bebia whiskies, para mitigar o nervosismo e ansiedade. Era preciso procurar novos mercados. Felizmente, integrado numa delegação portuguesa, uma ida à Lapónia, para apresentação de vinhos portugueses e outros produtos, tinha surtido efeito. Uma delegação de Lapões veio visitar fábrica de xuxas em Portugal, para eventual celebração dum contrato para fornecimento de milhões de xuxas portuguesas, pois tinham informações que Portugal era uma espécie de xuxaderia geral! Antes de ir para a reunião, o gerente, reforçou os whiskies preparatórios e lá foi, todo afoito, para a reunião, onde brilhou o seu poder gestual e oratório; qualidades dum convincente vendedor, tendo conseguido fechar o contrato da encomenda de milhões de xuxas! Certo é que as xuxas foram exportadas e dinheirinho recebido, não tardando a empresa a receber nova encomenda. Constava que, além dos bebés lapões, os cães, de raça Husky, bom rebocadores de trenós, davam umas boas chupadas nas xuxas, carregadas de glog; vinho quente com vodka, para recarregar energias! Também funcionavam como isco, postas em terra, para atrair focas, que depois de chuparem um pouco dormiam uma soneca e ficavam…digamos prontas para diversos fins, sem ser para o circo! As novas xuxas, mais porosas, com boa exsudação, permitiam manter o gosto da bebida, qualquer que fosse, durante muito tempo. Havia quem afirmasse que alguns lapões, condutores de trenós, até conduziam com xuxas na boca! Porém, como não há bela sem senão, o gerente da fábrica, perante o sucesso das vendas, no regresso duma reunião, onde tinha concretizado mais uma venda substancial de xuxas, decidiu, sem consultar os outros sócios, distribuir bónus monetários aos trabalhadores! Quando souberam de tal surreal acontecimento, os outros sócios acharam que o sócio-gerente andava com os copos, e acusaram-no de andar a conduzir a empresa com taxa elevada de alcoolémia! Como consequência, barraram-lhe a entrada na empresa! O sócio gerente, que não queria ficar a chuchar no dedo, levou o caso a tribunal. Analisando os factos, o tribunal ordenou a reinserção no comando da empresa, afirmando, no acórdão da absolvição, ter ficado provado que patrão, neste caso o sócio gerente, com uns bons whiskies fez bons negócios e o álcool até lhe fez despertar o nobre sentimento de solidariedade patronal, como demonstrado pelos atos de distribuição de lucros! Na sequência de tais conclusões cientÃficas, logo que a condução da empresa foi retomada por quem a beber a fazia crescer, os trabalhadores foram informados de que a cada um seria distribuÃda uma xuxa, que poderia ser carregada por vinho tinto ou branco e saboreada a sua exsudação durante o perÃodo laboral. Tal medida foi um êxito! O Ãndice de fumadores baixou e a produção de xuxas aumentou! Além do mais, os clientes, que visitavam a fábrica, viam o ambiente de felicidade, estampada nos rostos dos operários, com as xuxas nas bocas, trabalhando alegremente. Só havia um senão; não podiam assobiar! Lá longe, na Lapónia, qualquer bebé, ou um cão Husky fazia o mesmo, para engrandecimento da xuxaderia nacional; Portugal! ……………xxxxxxxxxxxxx……… Autor: Silvino Figueiredo Gondomar
|