1º de Maio

[vaza pinheiro]

A rua era um mar de gente!

De manhã ao fim da tarde
íam lançar um foguete
pela liberdade   à porfia.

As palavras eram outras,
outra era a alegria,
e os abraços que se davam
sem olhar a quem se davam.

As sombras também lá iam
espreitando a ocasião.

Quase no fim do desfile,
ao arrumar das bandeiras,
aos berros alguém gritou:
quem vai na frente sou eu.

Uma voz na multidão
fez ouvir o seu protesto!

Eu quero morrer de pé
com Maio firme nas mãos,
feito pendão de arremesso
deste férreo compromisso!

fernandovaza

(In: Recordações)

[helenacosta]

 
 E, já só faltam cinco dias!Que se ouçam vozes e foguetes!

 Beijo
 Helena

[Abgalvão]

Também digo que se soltem os foguetes e balões e se grite Viva a Liberdade!

Um abraço amigo Vaza

[Joaquim Sustelo]

Se for o 1º de Maio que eu penso, é inesquecível.
Um abraço

[vilde]

«Eu quero morrer de pé
com Maio firme nas mãos,
feito pendão de arremesso
deste férreo compromisso!»

A força do querer, na realização
da quimera sonhada...
Pena foi o veneno destas governações
sucessivas e descontroladas,
que mataram o sonho, deixando-nos neste constante pesadelo.
Bj
vilde

[josé antonio]

Bom dia Vaza Pinheiro,

Aceite esta minha versão ilustrada do seu poema.
Com grande abraço
José António

[Dete]

Viva ferando vaza

          As sombras também lá iam
          espreitando a ocasião.

iam mesmo...só que hoje já não são
sombras...
são a imagem bem visivel
da triste situação deste país.

Gostaria que todos pudessem cantar a canção em liberdade...

" Hoje eu não vou trabalhar
            porque é o
       Dia do Trabalhador"

          Viva o 1º de Maio
de festa...mas também de luta.

Bjo
Dete

[vaza pinheiro]

     Helena Costa
          A Galvão
                Joaquim Sustelo
                     Vilde
                         José António
                              Domingos da Mota
                                   Dete.
 
Caros amigos. Os vossos comentários são um privilégio para mim. Está aí mais um 1º de Maio. Cada ano que passa, a saudade cada vez é maior. Por enquanto ainda se pode comemorar. Odiado por governantes e poderosos, os trabalhadores nem por isso deixam de o festejar. Também nós, trabalhadores da palavra não o devemos deixar de cantar, enquanto a liberdade o permitir. Contra ventos e tempestades, nos tempos duros da ditadura sempre foi comemorado. Viva o 1º de maio.

P.S. Caro José António. A sua versão ilustrada é muito bem vinda.

Abraços para os homens e beijinhos para as senhoras, figuras primeiras nas origens do 1º de Maio

[Goreti Dias]

A um dia!
Gostei do poema!
Abraço