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Autor Tópico: O menino da mamã  (Lida 7827 vezes)
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Antonio
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« em: Novembro 29, 2007, 19:16:38 »

Afonso de Menezes era um sujeito com trinta e cinco anos de idade, filho único de um abastado comerciante e de uma senhora que pouco mais fizera na vida do que apaparicar o seu filho, vigiar atentamente as movimentações do marido para este não cair na tentação das saias (pecado para o qual ele sempre tivera grande propensão) e fazer reuniões três ou quatro vezes por semana com outras senhoras da sociedade onde se discutiam temas tão importantes para o futuro da humanidade como as condições climatéricas do dia, quem era a nova amante do senhor doutor Juiz (uma mocinha sem berço que, ainda por cima, tinha um cabelo horroroso), a colocação de silicone nos seios da esposa do engenheiro da Petrogal (ficou com uns seios que são uma exagero) e, evidentemente, as importantes notícias das várias revistas cor-de-rosa que abundam no mercado.
Como menino mimado, louvado e endeusado pela Umbelina de Menezes, o Afonsinho (que até tinha o nome do primeiro rei de Portugal) estudara imenso. Refiro-me ao tempo de estudo, claro. Estudara tanto, que só acabou o curso de Direito aos trinta e dois anos numa Universidade privada das de menor reputação mas maior facilitação, especialmente porque as propinas eram das mais caras e, portanto, havia alguma obrigação em que os estudantes acabassem os estudos com alguma rapidez senão a escola poderia perder muitos novos clientes.
Afonso saíra à progenitora!
De inteligência rara (poderia ter escrito rarefeita), tinha uma capacidade de trabalho bastante diluída e um dinamismo comparável ao desses moluscos tão simpáticos e indiferentes ao homem como são os caracóis.
Aliás, permitam-me um aparte para dizer que também a senhora sua mãe era parecida com os caracóis (e não digo caracolas pois os bicharocos são hermafroditas). Pelo menos nos cornos, pois o seu Asdrúbal, mais vivaço, dava-lhe a volta com facilidade e ía saboreando empregadas que passavam pela sua loja e outras damas, nomeadamente algumas amigas mais novas da sua amada Umbelina.
Voltando ao jovem doutor Afonso de Menezes: além de colocar as suas capacidades ao serviço do estudo das ciências jurídicas, gostava particularmente de gastar o dinheiro dos papás (mais rigorosamente, do papá) em belos e potentes carros e num guarda-fatos que era um sonho.
Vestia roupas de marca, odorava-se com os melhores perfumes, penteava-se com um cuidado milimétrico e exibia um garbo que era o orgulho da sempre atenta senhora sua mãe.
- O menino hoje não escolheu muito bem a sua gravata. Nem parece seu, Afonsinho! Vai para o escritório falar com os clientes, não se esqueça! Tem de estar o mais apresentável possível. Um senhor doutor advogado não é uma pessoa qualquer.
- Está bem, mamã! Eu vou lá acima mudar a gravata – aquiescia facilmente o estagiário numa firma de conhecidos advogados.
- Muito bem! Mas, por outro lado, esse after-shave que pôr hoje tem um cheirinho divinal – julgava a especialista e grande educadora do filho em matéria de pedantismo.
Mas havia quem tivesse do Afonso de Menezes uma ideia um pouco menos abonatória.
Entre vizinhos, amigos e colegas era mais conhecido por gostar de exibir o seu porte altivo e boa figura, por falar uma linguagem rebuscada num tom afectado e carregando nos "erres", por todos os seus movimentos gestuais serem como que estudados diante do espelho para resultarem o mais aristocráticos possível, por contar algumas aventuras de veracidade duvidosa.
E assim deixava os que o viam e ouviam a olhar uns para os outros com um sorriso sardónico nos lábios e uma pulga atrás da orelha.
Mas, apesar das histórias amorosas que contava, não se lhe conheciam namoros escaldantes, nem com meninas nem com meninos, e da fama de ser meio larilas não se livrava.

Numa solarenga tarde de inverno, estava a dona Umbelina em casa preparando-se para ir visitar uma amiga para mais um encontro cultural quando soou a campainha do portão da rua.
A empregada Marlene, jovem e simpática, abriu-o à distância e depois de ver que era uma rapariga bastante nova fez o mesmo com a porta da casa.
- O que deseja? – perguntou.
- Queria falar com a D. Umbelina. É um assunto urgente – disse a desconhecida.
- E qual é o assunto? – quis saber mais detalhes, a Marlene.
- É particular! Mas de muito interesse para toda a família Menezes.
- Eu vou ver se a senhora já saiu ou ainda está cá em casa. Um momento. Com licença – falou, como lhe ensinara a patroa, a rapariga.
Fechou a porta deixando a jovem, bonita mas vestida com a simplicidade de uns jeans, uma camisola, um “anorak†e umas botas altas, a aquecer-se ao sol de inverno.
Passaram pelo menos uns cinco minutos quando a porta se abriu de novo e apareceu a bem tratada Umbelina.
Olhou para a visitante e disse:
- O que deseja?
- Preciso urgentemente de falar consigo, D. Umbelina.
- Mas eu agora tenho de sair para tratar de algo muito importante – retorquiu a madame tentando descartar a bela morena.
- Mas não é seguramente tão importante e urgente como o que eu tenho para lhe dizer – insistiu a Mafalda, assim se chamava a moça.
- Então diga lá! Mas seja rápida, por favor – condescendeu a dona da casa.
- Não posso entrar?
- Diga-me primeiro qual o assunto que é assim tão importante – travou a mais velha.
- Bom! Para ser rápida como pediu, vou directa à questão. Estou grávida e o pai é o seu filho Afonso!
A Umbelina ficou literalmente paralisada e durante um tempo indeterminado não falou. Nem tampouco se mexeu.
- Sente-se bem, a senhora? – acabou por ser a Mafalda a tentar retomar o diálogo.
A madame estremeceu e, finalmente, saiu do torpor em que caíra.
- Desculpe! Acho que ouvi que a menina está grávida do meu Afonso. Terei ouvido bem? – perguntou.
- Foi exactamente isso que eu disse. E vim falar consigo porque o Afonso nega ser o pai. Ora eu sei que é ele, por isso terá de ser feito um teste de ADN. E como sou menor, o seu filho terá de casar comigo.
Estas palavras quasi deitavam a Umbelina definitivamente por terra. Mas aguentou, ainda que com alguma dificuldade.
- Entre! Entre! Eu vou telefonar para o meu filho e para o meu marido – convidou a mamã.
- Com licença.
- Sente-se ali e aguarde um momento, por favor – disse a atordoada mãe do Afonsinho.
Saiu da sala de entrada e dirigiu-se à empregada:
- Marlene! Fique de olho naquela rapariga pois nunca se sabe! – avisou a patroa num arroubo de lucidez, coisa rara.
Depois dirigiu-se a outro compartimento de onde não pudesse ser escutada por mais ninguém e ligou para o querido Asdrúbal:
- Meu amor! Aconteceu uma coisa tremenda! Está aqui uma rapariga muito nova a dizer que está grávida do nosso menino.
O silêncio foi a resposta.
- Alô, Asdrúbal!
- Sim! Eu ouvi! Estava a pensar. Olha, Lininha, já ligaste para o Afonso? – falou, finalmente, o comerciante.
- Ainda não!
- Então telefona e diz-lhe para ir já para casa que eu vou aí ter imediatamente – sentenciou o marido.
- Muito bem! Até já! – e desligou dando um profundo suspiro.
Pouco depois:
- És tu, meu filho?
- Sou mamã! Estou bem! Mas não precisas de me telefonar tantas vezes pois sabes que estou a trabalhar – respondeu o ocupado pedante.
- Olha, filho! O menino tem de vir já para casa! – disse.
- Mas que aconteceu, mamã querida? Está alguém doente? – inquiriu, ansioso, o jurista.
- Não, meu filho! Está aqui uma rapariga muito jovem que diz estar grávida de si.
- Não é possível! E como é que ela se chama? – quis saber o causídico aprendiz.
- Nem lhe perguntei! Com a atrapalhação até me esqueci. Mas eu vou lá saber e já volto. Espere um bocadinho – decidiu a dona de casa.
Passado menos de um minuto.
- Mafalda e tem dezassete anos, disse ela – informou a Umbelina.
- Mas eu não conheço nenhuma Mafalda dessa idade. Vou já para aí. Um beijinho e tem calma que alguma coisa está errada – despediu-se o licenciado.
- Venha com cuidado! Guie devagar! O seu pai também vem para cá – acrescentou ainda a mulher do comerciante sem perceber que já não era ouvida.
Foi então avisar a jovem de que tinha de aguardar a chegada do marido e do filho.
Passado pouco tempo entrou o Asdrúbal, pela porta das traseiras, e foi ter com a esposa.
- Vamos esperar que venha o nosso rapaz. Entretanto vou espreitar a cara da rapariga – disse o homem.
Não demorou muito tempo que chegasse o Afonso. Esbaforido, nem parecia ele.
Também entrou pelas traseiras, pois recebera um telefonema nesse sentido, e começou a falar com os progenitores e a negar que fosse pai de quem quer que fosse.
- O melhor é irmos lá para dentro falar com a rapariga – sugeriu o Menezes mais velho.
E lá foram os três sentar-se junto da paciente Mafalda.
- Mas eu não conheço esta menina de lado nenhum! – afirmou, quasi aterrado, o Menezes mais novo.
- Isso é o que tu dizes! Mas sabes muito bem que temos uma relação há três meses e agora não podes fugir às tuas responsabilidades – afirmou, convicta, a rapariga.
- É uma falsidade! – quasi gritou o trintão – E é fácil provar isso com um teste de ADN. Além disso, já não tenho relações com mulheres há vários meses.
Eis que a rapariga se levantou, sorriu e disse:
- Desculpem! Mas fui escolhida por um grupo de amigos e amigas do Afonso para lhe pregar um susto e tentar saber se isso que ele diz de ter várias amantes secretas seria verdade. Agora vou-me retirar e fazer o meu relatório final.
O velho Asdrúbal foi o primeiro a reagir.
- Espere! Eu pago-lhe bem para não dizer nada sobre a última parte do que disse o meu filho.
- Não vale a pena! Eles disseram que cobririam qualquer oferta que me fosse feita para me silenciar. E agora vou-me retirar.
E saiu sozinha.
- Mas afinal tu és maricas? – inquiriu, com cara de pau, o pai.
- Não, pai! Não sou nada maricas! – retorquiu, choramingando, o estagiário.
- Então como explicas que, com trinta e cinco anos, passes meses sem ter relações com mulheres?
- Só tem uma explicação! Ainda não apareceu uma que me entusiasmasse a sério.
- Uma como a mamã, não é Afonsinho?
E os olhos do Asdrúbal deitaram fogo!
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Antonio
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« Responder #1 em: Novembro 30, 2007, 09:54:20 »

Ninguém quer ler isto?
Olhem que vale a pena!
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« Responder #2 em: Novembro 30, 2007, 11:37:28 »

É as aparências enganam !
Adoro ler seus texto Cheesy
Beijos Mimi
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« Responder #3 em: Novembro 30, 2007, 12:44:55 »

Obrigado pela visita e pelo comentário.
Beijo
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« Responder #4 em: Novembro 30, 2007, 12:50:33 »

Não tem que agradeçer  Grin
Eu que agradeço por ter oportunidade de ler seus texto estou feliz por conheçer esse site muito !
Beijos Mimi
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Antonio
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« Responder #5 em: Novembro 30, 2007, 12:55:01 »

Então não agradeço...ah ah ah
Beijos
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« Responder #6 em: Novembro 30, 2007, 12:59:18 »

É um modo gentil de dizer que sou grata pelas suas palavras hehehe , Não me leve a mal por favor Cheesy
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Antonio
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« Responder #7 em: Novembro 30, 2007, 13:04:41 »

Claro que eu estava a brincar: por isso escrevi ah ah ah
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mimi
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« Responder #8 em: Novembro 30, 2007, 13:07:24 »

Sim com certeza hehe já pensou em escrever um livro com suas aventuras e histórias ?
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Antonio
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« Responder #9 em: Novembro 30, 2007, 13:09:46 »

Já!
Mas os editores querem livros que tenham garantidas grandes tiragens...
Beijo
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« Responder #10 em: Novembro 30, 2007, 13:17:00 »

É ..
Algum dia você chega - lá se Deus quizer !
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Antonio
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« Responder #11 em: Novembro 30, 2007, 13:30:05 »

Não sei, não!
Obrigado pelo estímulo.
Beijo
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« Responder #12 em: Novembro 30, 2007, 13:39:52 »

De nada apenas digo a verdade .
Olha pense positivo que virá coisas positivas como diz minha mãe heheheheh
se pensar negativo virá negativas as coisas que você deseja .
Tente e depois me fale como foi
Beijos Mimi
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Antonio
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« Responder #13 em: Novembro 30, 2007, 13:47:44 »

Já tentei!
Os editores querem livros de famosos...para ganharem muito dinheiro.
Os desconhecidos como eu não lhes interessam!
Beijos
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mimi
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« Responder #14 em: Novembro 30, 2007, 13:58:56 »

Assim não vale é discriminação !
E eles só querem ganhar dinheiro apenas e não vem o outro lado positivo , todos nós temos direitos e deveres
Porque só ele colocam em escritas nossos direitos e praticar e colocar em andamento  que é bom nada !
Dá raiva assim viver e saber que temos leis e não são exercidos !
Beijos Mimi
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Boa tarde!
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Bom Ano! Obrigada pela companhia!
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Entrei para desejar um novo ano carregado de inflação de coisas boas para todos
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Partilhar é bom! Partilhem leituras, comentários e amizades. Faz bem à alma.
Novembro 10, 2022, 20:30:23
E, se não for pedir muito, deixem um incentivo aos autores!
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Boas leituras!
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Boa noite!
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Brevemente, novidades por aqui!
Setembro 05, 2022, 13:38:48
Boa tarde
Outubro 14, 2021, 00:43:39
Obrigado, Administração, por avisar!
Setembro 14, 2021, 10:50:24
Bom dia. O site vai migrar para outra plataforma no dia 23 deste mês de setembro. Aconselha-se as pessoas a fazerem cópias de algum material que não tenham guardado em meios pessoais. Não está previsto perder-se nada, mas poderá acontecer. Obrigada.

Maio 10, 2021, 20:44:46
Boa noite feliz para todos
Maio 07, 2021, 15:30:47
Olá! Boas leituras e boas escritas!
Abril 12, 2021, 19:05:45
Boa noite a todos.
Abril 04, 2021, 17:43:19
Bom domingo para todos.
Março 29, 2021, 18:06:30
Boa semana para todos.
Março 27, 2021, 16:58:55
Boa tarde a todos.
Março 25, 2021, 20:24:17
Boia noite para todos.
Março 22, 2021, 20:50:10
Boa noite feliz para todos.
Março 17, 2021, 15:04:15
Boa tarde a todos.
Março 16, 2021, 12:35:25
Olá para todos!
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Olá para todos!
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