Estilística (uma ciência maluquinha?)

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

   O estudo das línguas é algo fascinante e que requer, sem sombra de dúvidas, muita atenção e critério. Mas estudar uma língua não é somente “dissecá-la”, armazenar cada uma de suas “partes” num pote de vidro (não tão transparente), expor essas partes numa estante considerada de bom gosto e de boa fabricação para que se olhe e veja (se for possível) um exemplar fragmentado de uma espécie e tentar introduzir (forçadamente) nesses potes elementos perdidos pelo laboratório, grudados na mobília, presos aos pés de quem anda por lá ou que pairam pelo ar.
   Quando falo em “critério”, refiro-me ao cuidado que se deve ter ao se estudar uma língua. Ela dever ser encarada como patrimônio coletivo e individual, matéria e obra-prima, como criação na qual se cria e não “apenas” encará-la como um conjunto de sons, formas, estruturas e significados observados isoladamente.
   Ao pensar em estudar uma língua, imagine sentir, não examinar. Imagino viver e ver a vida que nela se faz. Por que, então, não estudá-la através da Estilística? Ela permite ler com os ouvidos, ouvir com os olhos e sentir com todo o corpo o que se cria, se copia ou se transforma num idioma. À luz de um estilo, uma língua se firma e se mostra mais (ou menos) plena, pois cabe (consciente ou inconsciente) ao estilo em que se escreve a magistral tarefa de tornar conhecido cada vez mais e melhor um idioma em todos os seus aspectos.

                                                                                                           Texto criado provavelmente no ano 2000.

[Goreti Dias]

Ao ler este seu texto dei por mim a recordar os meus tempos de estudante de Línguas e Literaturas Modernas... E, sabe, tem toda a razão.

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Mais uma vez obrigado, Goreti, pelo comentário.

Abraços...

[Goreti Dias]

Não agradeça. Eu é que agradeço a beleza de sua escrita.
Beijo

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Imagina...

Beijos...

[Goreti Dias]

Prefiro ler! Imaginar é pouco.
bj

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Obrigado pelo carinho...

Beijos...

[CAMPISTA CABRAL]

A língua tem o poder socializador e, também, funciona como marca do tempo, de um tempo. E, no caso específico da língua portuguesa, temos oito séculos de história. Penso como você: a língua precisa e deve ser estudada com todas as suas complexidades, dentre elas, a prática cotidiana, o texto da rua, o texto e a fala da vida!

Um grande abraço!!

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Obrigado por ressucitar este texto. Há tempos não era comentado.
Grande abraço. Fevereiro já está chegando...

[CAMPISTA CABRAL]

É meu amigo! Fevereiro está chegando. Com ele novas e boas ideias para partilharmos!

[Goreti Dias]

E nós esperando!

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Aguarde a novo safra. Estou maturando... [risos]