Figas de Saint Pierre de
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« em: Janeiro 07, 2010, 09:45:59 » |
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QUAL TRADIÇÃO QUAL CARAPUÇA? Constato que, nas mais variadas áreas, muito se defende a tradição; na arquitectura, na música, nos costumes, na gastronomia, no meio ambiente, zonas verdes, etc, etc.
Na mnha opinião, acho que há uma grande hipocrisia em não dizer, frontalmente, que as sociedades sempre viveram do presente e não do passado. A preservação de tudo que é antigo só se justifica quando reverte em mais valias para o interesse do presente.
É utópico pansar-se que se regressa ao passado. Os valores sociais que reinaram em cada época devem apenas ficar registados, mas nunca exigir que a modernidade a eles regresse. Quem é que pensa morar na parte histórica do Porto ou de Lisboa, se não existir o o moderno conforto a nível de espaço, climatização, garagens, zonas verdes, facilidades de transporte, etc, etc?
Claro que, a manutenção dum casco histórico, tipo museu, tem o seu interesse, mas só para captação turística (para inglês ver, (como diria o Marquês de Pombal) e gerar receita, porque todas as coisas tendem a aconpanhar o Homem na sua vivência, com ele adquirem vida, vivem e morrem.
O sol de hoje não foi o de ontem, como tal, e como diz o poeta, o mundo é feito de mudança. Resumindo: Tudo o que é velho, e já ão cumpre as exigências da evolução humana é para demolir, destruir ou remodelar. O que fica, tenham a coragem de dizer é porque é mais vantajoso para os interesses do presente. Não digam que é para preservar o passado, porque a morte não se preserva e a memória é curta!
Fico pôdre quando ouço alguém defender tradições dos produtos tradicionais, mas vejo-o com fatiota moderna e não importa que a terra já não seja amanhada como há quinhentos anos! Faz-me lembrar Barrancos, que quer manter a tradição dos touros de morte, (porque dá dinheiro) mas não abdica da luz elétrica, dos tractores, dos adubos químicos, dos pesticicas, das estrdas alcatroadas, etc.
Ora, a coerência obrigava que só usasem burros e carroças em terra batida ou em calçadas à antiga portuguesa, candeias de azeite, adubo orgânico, chancas, as antigas samarras, etc, etc. Com mais um jeitinho voltava ao tempo de Adão e Eva. Qual tradição qual carapuça. Cada um de nós nunca é o que já foi.
Lembrem-se que o presente é para alterar o passado. Disse
Assina: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
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