Diário 22

[Goreti Dias]

Descanso a alma à sombra dos séculos, recostada na margem do sonho e do delírio. Fujo da tristeza que me estrangula a voz, por labirintos de letras desenhadas em textos que invento, ao sabor dos dedos que me fogem. Abdico da minha consciência, enveredo pelo desconhecido e alcanço-te!

Agora, sou a deusa que desconheces, efémera como a inquietação do vento que me impele as velas no destempero destes momentos. Impõe-se-me a magia deste El Dorado onde nos criamos a cada hora evaporada do tempo!

A luz das estrelas insinua-se por entre os meus cabelos e põe reflexos doirados nos meus olhos verdes. A minha pele morena brilha mais e convida os teus dedos a uma dança de tactos enraivecidos pela distância. E neste tempo sem tempo, acaricias-me o rosto, diminuis a distância entre o teu corpo e o meu num abraço que não sinto. Escorregas em mim, a tua luxúria vibrando no meu corpo todo, num ânsia de nudez inquieta!

[helenacosta]

 
  Paisagem  bela! Que esta Deusa maravilhosa viva seus sonhos, sem dar conta do tempo...!
 Como sempre adoro teus diários.
 Beijos

[Goreti Dias]

Obrigada, amiga Helena.
Um beijo

[britoribeiro]

Tal como tu, gosto de apreciar o brilho das estrelas!

Abraço

[Goreti Dias]

E há lá coisa melhor?!
Obrigada
Um abraço