RosaMagalhães
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Ancorei-me às palavras onde mergulham emoções.
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« em: Julho 29, 2010, 15:21:42 » |
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Cheguei! A porta está fechada. Outra vez e o relógio não espera! Ouço vozes que falam lá dentro onde as horas batem certas e a cara da desculpa já não é válida. A porta está trancada houve falha, a educação enganou-se na sala e bateu com o nariz na porta errada. Os salpicos que trespassam os segundos são passos galoposos pela falta do carisma onde se senta de mãos atadas, apenas o que fica é o não-me-ralo que também já estava sentado cá fora – Boa tarde como está Sr. Não-me-ralo? Curva-se a vénia que responde numa espera que se lixe, - estou bem sentado! Repete a cara da tradição que nem existe. O relógio da vida cansou de esperar por recortes e feitios complacentes que não se compadecem de pontualidades, nem de respeito nem de reconhecimento. Não há virtude nem vénias á desculpa. Só os maus hábitos a trazer maus hálitos criados das ausências de culpas nas presenças sem desculpas! Vamos pontuar as agendas? Criar uma nova arte nas horas com minutos mais pausados e segundos guardados para os mais atrasados? E o relógio biológico espera? Dizer que só me atrasei uns minutos quando já passou mais de uma hora! Um dia, a educação desespera pelo cansaço crónico da espera e nem o Big Ben do mundo respeitado, terá pilhas avariadas! É preciso comprar um novo cronógrafo para a tua memória? Se tens charme tens pontualidade! De que te vale um pequeno atraso mental atirado ao relógio parado, é esse teu sorriso esbelto que te caracteriza de desleixo, que se lixe o adversário. Andam as raridades cheias de pontualidades e a franca falta de respeito é figura desagradavel pela hora marcada a ser respeitada na atitude. - Sou alquimista do tempo, raramente chego fora de hora! Disse a credibilidade que logo apanhou uma lufada de ilusões do velho portugues a pecar pela falta dela. Existem prazos para quê, se não sao cumpridos e ficam no desesperante sentimento batido, forte de preocupação preocupante, a mostrar caras de “parvos†a confirmar e nem aparecem. Depois, nem justificam a falta marcada. Onde ficou a cadeira e o prato com comida á espera de não ser devorada? Porque quem espera sente respeito e ainda paga o que ficou na volta, esta mania de meterem a mão no meu bolso sem haver a consulta! Onde anda a culpa se não há sentimento culpado! Parecem fardos de palha e ainda engrossam o desafio a possuir a falta de pontualidade... todos olham o relógio... - falta o café que não chega a horas, estamos todos à espera! Gritam os convidados. Mas a máquina é lenta, ingénua é a busÃlis da questão e o adeus que não volta! Até o café anda nos resÃduos da falta! Entra o respeito a encher o peito – Eu cheguei á hora certa! Todos troçaram a qualidade pontual do rigoroso, que por acaso chegou a tempo! Este povo desorganizado a matar o incomodo do maldisposto e o rezingão que só traz tempo individual e nunca espera, chega sempre dentro do atraso mental sem as quatro rodas. Falta de pontualidade é arrogancia! - Grita a pontualidade a manter ordem na esperança, que vai dando importância ao tempo e aos indivÃduos já sentados dentro da porta que estava fechada. A agenda está cheia, todos marcam as coisas ao mesmo tempo! Assim não há tempo que vos aguente! - Nada de desculpas, mexam-se! Vão todos chegar atrasados de novo! Onde vai parar a performance! Onde irá parar a paciência!
Prosas Poéticas / Reflexão Rosa Magalhães
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