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Autor Tópico: Alucinações - 2  (Lida 2105 vezes)
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Goreti Dias
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« em: Setembro 26, 2007, 16:19:09 »

O sol brilha nesta tarde de Julho, o sol está abrasador. Dois carros seguem, vagarosamente, um atrás do outro e, aparentemente, os condutores ignoram-se. Engano! Há muito que ambos se tinham apercebido um do outro. O homem dá sinal para encostar à direita. Ela, que o seguia, faz o mesmo. Ele sai do seu carro e aproxima-se da janela do carro dela. Parecem hipnotizados de novo como naquela sala, naquele dia de festa.
-   Onde vais? – pergunta ela num sussurro.
-    Sigo-te.
Ele sorri como só ele sabe fazer, um sorriso alegre, limpo, e regressa ao seu carro. Roda na estrada e segue, enfim, por um trilho do monte. Ela buzina e ele pára, admirado. Chega ao pé dela e interroga-a com o olhar. E ela:
-   Brincava só. Não te posso seguir por aí!
-   Há tanta sombra, é tão fresco, tão...
-   Solitário – completa ela.
   Regressam à estrada principal e rodam, rodam, muito tempo ainda. Ele, vendo pelo espelho retrovisor se ela o segue; ela, sorrindo despreocupada, mas nunca o perdendo de vista. Chegam, enfim, à empresa onde ele é um respeitado executivo. Ele estaciona o seu carro, ela faz o mesmo. Ele aproxima-se e abre-lhe a porta convidando-a para tomar uma bebida fresca. Ela aceita e caminham através dos corredores alcatifados da próspera empresa.
   Hei-los no aconchegante escritório. À entrada, a secretária parece surpresa, mas nada diz. Entram e a porta fecha-se com um baque surdo. O sorriso apaga-se em ambos, a despreocupação exauriu-se para dar lugar a uma ansiedade sem limites. Aproximam-se, param, não sabem o que fazer. Nenhum está preparado para um encontro assim.
   Ele torna-se mais ousado e aproxima a mão do queixo dela e faz-lhe uma leve carícia. Ela brinca ainda um pouco:
-   Olha que eu sou muito carente, não me habitues a mimos. Depois não te      largo!
   Mas ele não brinca. O que se passa dentro da sua cabeça é difícil de descrever, mas ele continua com aquele olhar azul, intenso, a aproximar-se naquela lentidão que dói, que abrasa apetecendo...
-   Guida...
-   Mário...
Entreabertos, os lábios dele aproximam-se do pescoço dela onde depositam um beijo quente de sensualidade reprimida. Descem um pouco mais até à curva dos seios...
Param, dolorosamente. Guida ouve o bater descompassado do coração de Mário (ou sou eu que o ouço?) e murmura:
-   Não, por favor, não...
-   Sim, meu amor...
   Juntam, enfim, os lábios numa ânsia sem limites, violentamente, desesperada, como se fora o primeiro ou último beijo.
   É incrível o que faz o Amor(?) às pessoas. Mário, um executivo calmo, consciente do seu papel na sociedade...
   Quem o via em reuniões de negócios não poderia jamais adivinhar que um outro homem, ardente, sensual, o completava. Os sócios da Empresa ficariam estupefactos se pudessem presenciar uma cena como esta. Onde estava o seu sangue frio, o seu calculismo? Não ficariam admirados se o vissem lançar um olhar mais atrevido à sua secretária. Afinal, era mais ou menos isso que acontecia com os outros executivos. Nem tão pouco ficariam chocados se o apanhassem na cama com ela. Era o que todos faziam(ou quase todos!).
   Mário lembra-se de uma certa viagem a Londres. Ele e o seu colega Afonso tinham partido com as respectivas secretárias para terminarem um importante negócio entre a sua empresa e uma firma fabricante de componentes electrónicos. Do aeroporto em Londres, seguiram directos para um hotel onde jantaram e deviam pernoitar. Afonso seguiu para o quarto contíguo de Mário. Numa outra zona, ficavam os quartos das secretárias. A excitação não deixava o jovem dormir. Que infeliz ideia a sua , a de bater à porta de Afonso! Este, embasbacado, não sabia o que dizer, não teve explicação que desse para a presença de Mariana no seu leito. Nem Mário a esperou! Não voltaram a falar sobre o assunto.
   Afasta o pensamento. Neste momento, apenas contava a loucura daquela paixão estonteante. Descontrolados, os seus beijos indiciavam uma posse total, sem fronteiras. Nada mais interessava. Ali estava o Tudo por que ela ansiava. Ele far-lhe-ia esquecer as paixões anteriores, as desilusões, as buscas infrutíferas de uma advogada de sucesso (nos tribunais que, no Amor, era o fracasso total!).
   Toca um intercomunicador (o meu, ou o dela?) e o abraço desfaz-se. Mário responde, Guida respira fundo tentando controlar-se, penteia os cabelos e sai ainda um pouco perturbada. Não olha ninguém, não sabe com quem cruza, só quer refugiar-se no seu quarto de um apartamento onde ninguém a visita.
   Estirada no sofá não sabe se pensa ou deseja, tudo se emaranha na sua cabeça. Recordações de outros amores passam-lhe diante dos olhos. Quantos amou? Não sabe nada a não ser que amou sempre os homens errados. Carlos foi o que mais a magoou, foi o primeiro, o que mais sincero parecia, o que mais próximo da boca tinha a palavra “Amor” e o mais falso. Foi dele que ouviu a primeira vez “Amo-te”, foi sua a boca primeira que saboreou, foram suas as mãos que primeiro a tocaram. Tudo tinha o sabor da novidade, tudo era belo... até ao dia em que ele partiu para a Alemanha, sem um adeus. Sofreu calada, a família nada percebeu. Aliás, a família nunca tinha percebido nada de si, nunca a conheceram de verdade, nunca a amaram e ela nunca os amou. Viveu sempre só...rodeada de gente! Os meses passaram duros e cinzentos, mas sobreviveu.
   José durou mais tempo. O amor deles era um misto de compreensão, de ajuda e de amizade. Não era um amor de romance, ardente ou doloroso. Era calmo e ela costumava dizer-lhe “gostar de ti não dói” , mas doeu quando soube que ele tinha outra mulher. Afastou-se, profundamente vexada, dizendo não querer nada sério com ele. Sofreu calada mas continuou sua amiga, a beijá-lo no rosto, a beijar a sua esposa quando ele lha apresentou e a acariciar com prazer os seus filhos, sem mágoa já, a não ser a de saber que fora trocada por uma mulher que o não faz feliz.
   Desacreditou nos homens quando um pseudo-amigo a visitou no seu escritório para tratar do despejo de um inquilino que lhe não pagava a renda da casa, havia uns meses.
   Há quantos anos ele lhe fazia, debalde, a corte! Ela não o amava e tão-pouco se sentia atraída pelo seu corpo alto, musculado e moreno. Era um homem habituado a conquistar todas as mulheres que queria. Mas não a atraía e ele sabia disso.
   Entrou despreocupadamente como qualquer outro cliente. A sala de espera apinhada de gente não o amedrontou. Fechou a porta atrás de si e rodou a chave na fechadura. Ela teve medo, mas não o demonstrou. Mandou-o sentar, mas ele não se sentou. Rodeou a secretária, agarrou-a por baixo dos braços levantando-a, empurrando-a contra a parede. Tentou beijá-la, mas ela voltou o rosto para o lado procurando impedi-lo. Em vão! Ele prendeu-lhe os pulsos atrás das costas segurando-os com uma das suas mãos fortes. Com a outra abriu-lhe as roupas...
   Ela abandonara-se, nada podia fazer sem provocar um escândalo. Na sua profissão isso traria sérias repercussões. Além disso, sempre tinha sido um pouco covarde em circunstâncias deste tipo. Era preciso muita coragem para assumir publicamente um acontecimento destes. Limitou-se a pedir-lhe que não fizesse barulho, que tivesse um orgasmo silencioso. Satisfeitos os seus apetites, o macho retirou-se calmo, tranquilo, como se nada tivesse acontecido. Ela fechara-se na casa de banho onde vomitara todo o seu almoço.
   Passou a evitar todos os locais onde o pudesse encontrar e os homens começaram a dar-lhe nojo. O seu corpo tornou-se frio como gelo e durante muito tempo nenhum ente masculino lhe tocou.
   Agora, estava de novo apaixonada. Nos braços de Mário não se recordara do homem que a violara, mas agora estremecia ao recordar aquelas mãos fortes que a tocaram com raiva, que a magoaram numa fúria animalesca. As mãos de Mário eram delicadas, meigas. O seu corpo não era o de um atleta, embora fosse bem proporcionado. Não tinha um rosto muito bonito daqueles rostos que fazem as mulheres olharem duas vezes. Apenas os olhos eram invulgares, de um azul tão límpido que faziam lembrar os de uma criança. Pareciam não saber mentir.
   Toca o telefone.
   Guida não atende. O gravador de chamadas fá-lo-á por ela. Mas ninguém deixa recado e volta a insistir. Ela responde com maus modos, aborrecida com a intromissão. Logo naquela hora em que não queria falar com ninguém!
-   Guida, sou eu...
-   Mário, não esperava...
-   Eu sei! Convida-me para jantar.
-   Ah! Estás de bom humor! Fazes-te convidado e tudo.
-   Pronto, pronto, não te aborreças. Estava a brincar. Queres sair comigo para jantar num lugar tranquilo?
-   Não, não me apetece sair. Mas faço muito gosto na tua companhia. Aparece para ajudar a fazer o jantar. Eu tenho um avental a mais.
-   Não digas isso duas vezes...
-   Digo sim! Vem...
-   Até já!
   Guida tomou um banho rápido e trocou de roupa. Colocou um vestido mais confortável que lhe tirasse o “ar” de trabalho e dirigiu-se à cozinha. Procurou no seu combinado algo de especial. Não tinha nada de especial, não costumava preocupar-se com as suas refeições da noite, qualquer coisa servia que o apetite não era muito. Que apreciaria ele? Carne ou peixe?
   Não precisou pensar muito. Já tocavam a campainha. Foi abrir a porta. Mário trazia um ramo de rosas vermelhas e uma garrafa de champanhe. Deu-lhe um beijo ao de leve, meio comprometido. Ela também não sabia o que fazer. Pegou nas rosas e colocou-as numa jarra. Mário seguiu-a até à cozinha.
-   Estava mesmo a pensar na comida que havia de preparar. Que preferes? Carne ou peixe?
-   É-me indiferente... desde que na tua companhia.
-   Galanteador!
-   Preparemos o que for mais fácil que eu não sou bom cozinheiro.
-   Mas eu sou!
-   És muito modesta, não haja dúvida!
-   Nunca te disse que o era! Vá, vamos lá ao trabalho. Filetes de pescada com molho de camarão, serve?
-   Se serve!
Por entre risos, pequenos beijos e gargalhadas, prepararam o seu jantar. Nada de pressas que a noite não tinha fronteiras. Era bem tarde quando terminaram a refeição que decorrera alegre e despreocupada. Falaram  dos seus trabalhos, das suas vidas, de gente conhecida, enfim, de tudo menos do que acontecera naquela tarde. Sentiam-se incapazes de explicar a sua atracção, a sua paixão... Era difícil, na verdade, falar sobre isso.
Sentados no sofá, colocaram um CD no HI-FI, deram-se as mãos, ela pousou a cabeça no ombro dele e ali ficaram, esquecidos do tempo, escutando a música. “In slow time”, canta o artista e ele dá-lhe a mão, pede-lhe para dançar. Movem-se lentamente ao som da música. O rosto dele encosta ao dela, o braço que lhe rodeia a cintura aperta-a bem contra ele e assim, de corpos bem unidos, deslizam pela sala. E a mão dele começa a acariciar-lhe as costas bem devagar, como que sem intenção. A carícia continua...
Descobre, então, que por baixo do ténue tecido do vestido o seu corpo está quase todo livre e aperta-a mais contra si. Ele sente os seios dela, rijos, de encontro ao seu peito, ela sente o coração dele a bater mais acelerado. A mão que agarrava a dela pressiona-a mais e flecte-lhe o braço até que com os seus dedos a possa acariciar ao de leve. O dedo indicador escorrega pelo pescoço dela bem devagar e, devagar, atinge a curva do seio, progride mais lentamente até ao mamilo onde pára. Ela parece ter levado um choque eléctrico. Sustem a respiração e afasta-o delicadamente. Entretanto, cessa a música  e termina o encantamento.
Sentados, de novo, conversam. Ela fala-lhe de Carlos:
-   Sabes, ainda me dói muito. Ele era o homem que eu queria, partilhava dos meus gostos, dos meus sonhos... Sabia agradar-me, sabia sempre do que eu gostava, nunca voltarei a encontrar outro homem assim! Ainda tenho saudades dele, sabes? A sua tranquilidade, a doçura da sua voz, faziam-me tão bem! Se tivesse casado com ele nunca quereria outro homem. Ele era a outra metade de mim, foi como se me tivessem amputado um membro.
   Mário olha espantado o rosto de Guida onde duas lágrimas grossas deslizam. Meio triste, arrisca:
-   Ainda o amas?
   Guida fitou-o surpreendida, como se tivesse sido apanhada a falar sozinha. Na verdade, não queria ter dito nada daquilo, não a Mário, pelo menos. Um pouco embaraçada, defendeu-se:
-   Foi há tanto tempo! Não, já não o amo. É apenas... olha, nem eu sei o que é. Deixemos isso. Conta-me: e tu? Nenhuma mulher na tua vida?
-   Sim, uma muito especial. Era a minha metade também e sinto quase o mesmo que tu. Eu gostava de tudo nela, da sua maneira de estar na vida, do seu porte, da sua fisionomia, da sua voz... Também tenho saudades dela. Mas o nosso caso era difícil. Era casada e tinha um filho. Fomos amantes durante algum tempo, mas eu afastei-me. Estava a fazer-lhe muito mal, eu era demasiado cobarde para enfrentar a minha família e ir viver com ela. E, o pior, é que não seria capaz de aceitar, como meu, um filho de outro homem, mesmo sendo da mulher que eu mais amei na vida. Sofri muito. Sempre que me deitava na minha cama e encontrava espaço a mais, sempre que o lençol me roçava a pele, eu estremecia supondo que eram os dedos dela tão leves ao começarem uma carícia. Mas o tempo cura tudo. Surgiram outras, mas não tiveram importância.
Guida pensa para consigo “onde entro eu?”
   Esta conversa tornou-os taciturnos. Além disso, já é tarde. São duas horas da manhã. Despedem-se com um beijo... na face.
   Guida, enquanto se prepara para dormir, vai pensando que aquela relação entre eles estava esquisita. Ora palpitam de desejo, ora  se cumprimentam como dois quase estranhos. Ele dissera-lhe que a amava? Não, na verdade não. E ela? Gostava dele, da sua boa disposição, dos seus olhos, das suas mãos... Para dizer a verdade, gostava de tudo. Estava apaixonada.

   ...

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Goretidias

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Marília
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« Responder #1 em: Setembro 27, 2007, 02:36:32 »

e aqui começa o romance...de Guida...que acompanharei!
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Marília L. Paixão
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Bom dia. Para todos um FigasAbraço
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Sejam bem vindos às escritas!
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Boa tarde!
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Bom Ano! Obrigada pela companhia!
Dezembro 30, 2022, 19:42:00
Entrei para desejar um novo ano carregado de inflação de coisas boas para todos
Novembro 10, 2022, 20:31:07
Partilhar é bom! Partilhem leituras, comentários e amizades. Faz bem à alma.
Novembro 10, 2022, 20:30:23
E, se não for pedir muito, deixem um incentivo aos autores!
Novembro 10, 2022, 20:29:22
Boas leituras!
Novembro 10, 2022, 20:29:08
Boa noite!
Setembro 05, 2022, 13:39:27
Brevemente, novidades por aqui!
Setembro 05, 2022, 13:38:48
Boa tarde
Outubro 14, 2021, 00:43:39
Obrigado, Administração, por avisar!
Setembro 14, 2021, 10:50:24
Bom dia. O site vai migrar para outra plataforma no dia 23 deste mês de setembro. Aconselha-se as pessoas a fazerem cópias de algum material que não tenham guardado em meios pessoais. Não está previsto perder-se nada, mas poderá acontecer. Obrigada.

Maio 10, 2021, 20:44:46
Boa noite feliz para todos
Maio 07, 2021, 15:30:47
Olá! Boas leituras e boas escritas!
Abril 12, 2021, 19:05:45
Boa noite a todos.
Abril 04, 2021, 17:43:19
Bom domingo para todos.
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Boa semana para todos.
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Boa tarde a todos.
Março 25, 2021, 20:24:17
Boia noite para todos.
Março 22, 2021, 20:50:10
Boa noite feliz para todos.
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Boa tarde a todos.
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Olá para todos!
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Boa feliz noite para todos.
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Bom fim de semana para todos
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Boa noite para todos.
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Boa noite feliz para todos.
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Bom domingo para todos.
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