Antonio
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« em: Abril 03, 2008, 12:47:56 » |
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Reinaldo Aguiar era um tÃmido. Mais do que isso, era um tÃmido quasi patológico. Com 22 anos e o 12º ano, trabalhava numa empresa em posto de pouca importância, de curta responsabilidade e de baixo salário recebido a troco de um recibo verde. O emprego foi-lhe arranjado pelo pai. Filho único, apaparicado, continuava a viver com os progenitores numa casa modesta. Não tinha carro nem namorada. Nunca teve coragem para fazer um convite a uma rapariga e, quando eram elas a atiçarem-no, deixava-se ficar indiferente. Não por falta de vontade em corresponder, mas porque alguma força invisÃvel o bloqueava. Mas agora estava decidido a deixar a vida de eterno solitário e começar a ter relações com mulheres, a todos os nÃveis. Que diabo! Tinha de vencer a timidez que lhe tornava a vida fastidiosa e muito pouco satisfatória. E assim resolveu ir à s meninas para finalmente perder a virgindade sexual. Numa noite com o céu estrelado foi até um local que já tinha visitado várias vezes mas sempre sem ter coragem para avançar. Mas desta vez a determinação era enorme. Foi caminhando devagar pelo passeio onde as rameiras faziam trottoir ou permaneciam encostadas à s paredes das casas lançando olhares e frases de provocação e convite. - Então filho? Vamos para a cama? – disse-lhe uma delas. O Reinaldo estacou. Olhou para ela e viu uma mulher claramente mais velha. Era difÃcil adivinhar-lhe a idade pois a vida irregular e cheia de complicações fá-las sempre parecer ter mais anos de vida do que aqueles que oficialmente possuem. - Tem de ser! Vai esta mesmo! – pensou ele, fazendo esforço para vencer a timidez. E falou: - E quanto é? - Quinze euros, fora o quarto – informou a meretriz. - E quanto é o quarto? – continuou o diálogo, o repentinamente corajoso moço. - Cinco euros. Mas é bom e limpo. - Vamos lá! – disse o moço, descarregando algum do nervoso que o tolhia. - Vamos por aqui, então! – indicou ela, entrando numa porta que estava mesmo ao seu lado. Ele seguiu-a. Subiram umas escadas de madeira rangendo e ele pode apreciar que ela usava uma saia curtÃssima que lhe deixava ver umas calcinhas brancas. Chegados ao andar superior, a prostituta disse: - Pagas aqui o quarto – e olhou para um pequeno balcão onde uma mulher já idosa afirmou maquinalmente: - Cinco euros! O Reinaldo pegou na carteira, abriu-a, e dela retirou uma nota que entregou à velhota. - Quarto 7! - Anda, meu querido! – disse para o jovem. E a mulher contratada meteu por um corredor estreito parando em frente a uma porta que ela empurrou e logo se abriu. Entrou e o rapaz seguiu-a. A rameira voltou-se para ele e pediu: - Primeiro dá-me os quinze euros, filho. O Reinaldo foi de novo à carteira e entregou-lhe duas notas. A mulher começou logo a tirar a pouca roupa que tinha e disse: - Tens camisa? - Tenho! – respondeu ele. - Então dá-ma e despe-te. O Reinaldo entregou-lhe o preservativo, tirou a roupa e ficou nu. Entretanto também a mulher se tinha já despido completamente deixando à vista um corpo com seios descaÃdos, uma barriga razoavelmente saÃda e com bastantes estrias, uma boa dose de celulite e algumas varizes bem visÃveis nas pernas. - Deita-te que eu ponho-te isso em pé – ordenou. O moço esticou-se na cama de barriga para o ar e ela, enquanto lhe pegava no pénis e começava a acariciá-lo disse: - Tens um belo corpo! Espremeu a glande para se certificar que o cliente não estava com nenhum esquentamento. O órgão começou a dar sinais de excitação e ela meteu-o na sua boca para o deixar com a rigidez de um falo competente. O rapaz permanecia deitado com os olhos fechados. Pouco depois ela aplicou o condom, deitou-se ao lado dele e disse: - Já podes meter! A matrona estava já de pernas abertas e joelhos dobrados e o Reinaldo colocou-se sobre ela na posição do missionário. Introduziu e começou o movimento de ancas habitual nestas circunstâncias. A sua cara estava frente à da parceira de ocasião quando esta, gemendo fingidamente, começou a brincar com a placa dentária fazendo-a sair parcialmente da boca e recolhendo-a, várias vezes. O pobre rapaz, perante tal visão, sentiu que alguma coisa não estaria bem com os seus genitais. E pouco depois ela comentou. - Estás sem tesão! Anda cá! E recomeçou a tentar que o órgão voltasse a entumecer. Nada! Passados alguns minutos, a profissional apalpou a base do pénis do coitado e comentou: - Humm...a molinha está partida. Já não vais conseguir levantar isso. Não vale a pena continuar. Levantou-se e foi fazer uma rápida higiene, enquanto dizia: - Podes levantar-te e vestir-te. Agora não vais conseguir. Não gostaste de mim, foi? O rapaz, frustrado na sua tentativa de perder a virgindade, balbuciou: - Não! A culpa não foi sua – e começou a vestir-se. Ainda não estava calçado quando a mulher disse “boa noite†e saiu. O Reinaldo também se lavou, acabou de se arranjar e, mais acabrunhado do que nunca, abandonou o quarto e o prostÃbulo dirigindo-se cabisbaixo para casa dos pais, mas dando uma volta maior que o habitual para tentar limpar a cabeça. Sem sucesso! Já na sua cama esperou que o sono chegasse, mas só depois de muito se mexer e remexer é que adormeceu. Na manhã seguinte, sábado, dormiu até à s tantas e acordou bem disposto. Mas a recordação do fracasso da noite anterior não tardou a deixá-lo de novo em baixo. - Não posso desistir! Até porque a culpa foi daquela tipa horrorosa – tentava dar-se alento o jovem tÃmido mas também azarado.
(escrito em 20 de Abril de 2007)
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