Degraus de seda

[Carlos Val]

Vai até onde ninguém te possa revelar
A cor do rio enferrujado, as mãos encolhidas
Sobre um lençol de éter à procura de uma maça
Que te faça esquecer a morte ou qualquer castigo

Volta a virar o copo e atreve-te a beber da vida
O néctar oxidado da velha fonte fundida
E se vires a luz, deixa a porta aberta
Assim não terei que pernoitar sobre o frio
De desejos em poeira nem ressacar
Os vinte comprimidos de seda nóxia das vielas


Carlos Val

[Liliana Jardim]

Ai está um poema que é sempre agradavel de se ler

in "nono sentido"

Excelente o teu livro poeta

Beijinhos
Tudo de bom para ti

[Carlos Val]

Grato amiga Liliana por ter gostado

abraço amigo

Val

[Tere Tavares]

...sim, tudo já foi escrito, dizem, mas há novas formas de "dizer" as palavras, como o fazes Val/Conceição, de tal intensidade e beleza que nos advém algo mais além da "cor do rio"...grata pela partilha. abraço.

[Carlos Val]

Grato amiga Tere é um prazer ter a sua opinião

abraço amigo

Val