EscritArtes
Abril 28, 2024, 01:23:48 *
Olá, Visitante. Por favor Entre ou Registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
Notícias: Regulamento do site
http://www.escritartes.com/forum/index.php/topic,9145.0.html
 
  Início   Fórum   Ajuda Entrar Registe-se   *
Páginas: [1]   Ir para o fundo
  Imprimir  
Autor Tópico: Alucinações - 3  (Lida 2068 vezes)
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
Goreti Dias
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Sexo: Feminino
Mensagens: 18616
Convidados: 999



WWW
« em: Setembro 29, 2007, 16:16:29 »

...


   16 horas!
   É espantoso como o tempo corre devagar! Na minha secretária, jaz intacto um monte de papéis: impressos vários, processos, requerimentos... todos esperam a minha atenção, mas eu só vejo a chuva que continua a cair, ora em grossas cordas, ora em ténues polvilhos de prata dourada, quando o sol espreita amedrontado.
   Há quanto tempo está o meu computador parado no “menu” do “windows”? Não sei. Se ao menos ele fosse capaz de criar uma imagem virtual de um amigo muito amigo... sim, como aqueles computadores que simulam condições de voo, porque não?! É o que me falta na verdade, um amigo que me acarinhe sem esperar sexo, que me compreenda sem ser condescendente, que me coarcte os sonhos grandes demais e me faça descer à Terra quando vou a caminho da Lua.
   Tenho colegas de trabalho, relaciono-me bem com as pessoas, mas facilmente me desiludo com elas. Se me procuram agradar e me elogiam, logo as afasto de mim considerando-as falsas e aduladoras. E o pior é que, na maior parte das vezes, é o que elas são. Aproximam-se para se aproveitarem daquilo que lhes posso oferecer, seja ele um status, é bonito ir jantar com a Sr.ª Dr.ª, ou um conselho profissional.
   Que fiz eu ao Mundo? Que me fez ele? Estarei no local errado ou num tempo desajustado à minha personalidade? Serei uma aberração?
   Olho mais uma vez a casa branca e a chuva atravessada agora por um feixe de raios luminosos. Alguns reflectem-se numa vidraça. Fico a olhá-los, a olhá-los, até outra dimensão...   

...

   O Sol brilha naquela tarde de Agosto. O céu azul, sem uma nuvem, mistura-se com o mar tranquilo. É impossível saber onde começa um e acaba outro. Crianças brincam chapinhando na água, vigiados por adultos meio sonolentos. Só elas parecem estar imunes à modorra que o dia quente, sem brisa, arrasta tarde fora.
Guida, com a cabeça à sombra de um guarda-sol não escapa ao calor, à monotonia. Fecha os olhos e parece adormecida. Em que pensará? Não pensa, decerto, que já há cerca de meia hora alguém se sentou numa toalha observando-a atentamente. Por trás de uns óculos escuros, é impossível distinguir o seu olhar. O rosto está calmo, os lábios ligeiramente entreabertos, não sorriem. A sua imobilidade é que faz com que saibamos que o olhar está fixo em Guida. Esta mexe-se um pouco, parece incomodada. Volta-se de lado e ele aperta as mãos que tem pousadas nos joelhos. A visão das costas morenas de Guida e das nádegas, generosamente descobertas graças ao reduzido biquini, parecem ter provocado nele um nervosismo até aí inexistente. A jovem continua visivelmente incomodada e levanta-se.
-   Mário! Que fazes aí? Não te tinha visto...
-   Eu sei. Pensei que dormisses e não quis perturbar o teu descanso.
-   Não, só tentava descontrair-me mas, não sei porquê, sentia-me tensa, com os nervos à flor da pele, para não falar do calor que faz, incomoda. Já sinto as costas a arder. Se calhar, apanhei sol demais. Estão vermelhas? – perguntou voltando-lhe as costas para que verificasse.
-   Sim, um pouco. Deita, eu espalho um creme de protecção que, aliás, já devias ter colocado antes.
-   É difícil chegar lá atrás com as mãos, não te parece? – respondeu acompanhando a frase com uma gargalhada.
Mário, risonho, aproveita para um galanteio:
-   Ora, ora, uma mulher bonita arranja sempre quem lhe ponha o creme nas costas. É só levantar o creme no ar e os candidatos aparecem logo. Guida fez-se sisuda.
-   Tem juízo! Eu não sou bonita nem tenho corpo de modelo.
-   Pois não. Tens corpo de boneca. Tão harmonioso! Não pensei que por baixo das roupas estivesse um corpo tão lindo. Gostei de ver!
-   Também reparei que és bonito... Ah! Que doida eu sou! Não se dizem estas coisas a um homem!
-   Podes continuar, que eu não me importo, Vá lá, em que reparaste mais?
-   Tens um corpo bem atraente. E são poucos os homens que têm pernas bonitas. Tu tens.
-   Ei, calma lá, isso é que já não se diz! Eu não sou travesti, ouviste bem? Ora essa! Pernas bonitas, quem diria?!
-   Também não tens barriguinha saliente...
-   Ah, pois não! Mas isso é da ginástica e de comer pouco. Se me desses daquele “peixinho” muitas vezes verias como eu ganhava umas banhas em pouco tempo. Cozinhas sempre assim tão bem?
-   Dizem que sim, não sei.
   A lembrança daquela noite fê-los calarem-se e olharem sérios um para o outro. Guida tentou controlar a situação e, fingindo descontracção, pede-lhe:
-   Então, esse creme? Vou acabar por ficar com as costas assim mesmo?
-   Ah!, não! Desculpa.
   Guida estende-se na toalha e segura os longos cabelos dentro de um boné. Tenta descontrair, mas sente os músculos tensos mesmo antes de ele lhe tocar. Mário põe um pouco de creme na sua mão e passa-a pelo pescoço da amiga, lentamente, numa carícia. Desliza para os ombros até meio das costas. Quando se apercebe, já tinha desatado a fita da parte superior do biquini. Mas apressa-se a explicar:
-   É só para não ficar manchada de creme. Eu volto a apertar.
   Guida não respondeu e continuou a saborear o prazer que as suas mãos lhe provocavam. Estava agora tranquila, queria que ele continuasse por muito mais tempo. Ele apercebera-se, decerto, pois tornou os seus movimentos ainda mais lentos. Quando terminou, aproximou-se do ouvido dela e sussurrou-lhe:
-   Não posso continuar a pôr-te creme nas costas, mas posso continuar a acariciar-te... em minha casa, se quiseres.
Guida recebeu mal a proposta. Afinal, quem pensava ele que ela era?
-   Achas que vou para casa de qualquer homem, assim, sem mais?
-   Desculpa, Guida, descontrolei-me. Afinal também sou de carne e osso. Sei que não vais para casa de qualquer um, mas eu não sou um qualquer, sou “Eu” e já estive na tua casa, lembras? Porque não poderás vir à minha? As mulheres não se dizem iguais aos homens?
-   Sim, tens razão, mas não é isso. Foi o convite implícito... – tartamudeou Guida .
-   Ora, Guida, estamos no séc. XX. Uma mulher agora já pode confessar que deseja um homem. Vá, confessa que também me desejaste enquanto te acariciei. E não foi só hoje que sentiste isso! Vá, diz.
-   Assim deixas-me envergonhada...
-   Já não és adolescente. És uma mulher, uma mulher divinamente atraente e eu...
-   E tu...?
-   Desejo-te desesperadamente e tu sabes isso. Porque me fazes esperar tanto por aquilo que ambos queremos?
-   Quem te disse que eu quero? – pergunta ela, muito corada.
-   Tudo em ti, excepto essa tua boca, aliás, deliciosa.
   Mário deita-se ao lado de Guida, ele de costas, ela de bruços. Ficam bem encostados, olhando-se dentro dos olhos. Ele soergue-se um pouco soprando-lhe ao de leve as pequenas pontas de cabelo que fugiram do boné. Ela sorri enlevada. Que bom era ser mimada! Ficaram longos minutos olhando-se assim, até que ele pede:
-   Dá-me um beijo.
   Ela pousa a cabeça na toalha e diz baixinho:
-   És doido! Aqui não.
   Mário senta-se, aproxima a sua mão do rosto dela e, com um só dedo, percorre-lhe o contorno da orelha, do queixo e do pescoço. Volta atrás e passa-lhe ao de leve o dedo pelos lábios. Ela entreabre-os e suspira baixinho. Ele repete a carícia e aproxima a sua boca do ouvido dela. Prende-lhe o lóbulo da orelha entre os lábios e depois pergunta:
-   É bom?
-   É preciso perguntar isso?
-   Claro! Só quero fazer o que for bom para ti.
-   Vamos nadar?
-   Se é isso que queres...
   Levantam-se e encaminham-se para as águas tranquilas. Mergulham e nadam a par algum tempo. Ele dirige-se para trás de um grande rochedo e, apoiado numa saliência, tira a cabeça fora da água e fica parado. Ela aproxima-se dele e dá-lhe a mão. Depois, rodeando-lhe o pescoço com o braço, aproxima os seus lábios dos dele de mansinho, primeiro, com sofreguidão, de seguida. Agora é ela que está louca. Aperta-o contra si enquanto lhe morde os lábios, enrola as suas pernas nas dele sentindo toda a excitação que o gesto causa no corpo de Mário.
-   Guida, tu pões-me louco. Olha que eu não sei o que faço se continuas.
-   Não querias uma confissão ainda há pouco? Aqui a tens. Palavras para quê?
-   Onde vamos? A tua casa ou à minha? – pergunta Mário com uma voz rouca de ansiedade.
-   Assim não, dessa maneira não. Quando acontecer, aconteceu, não vamos programar nada. Vamos voltar à praia?
   Mário diz-lhe que vá indo, que irá também de seguida. Guida nada mais um pouco e vai estender-se a secar ao sol. Mário vem passados alguns instantes.
   Vestem-se e vão até uma esplanada lanchar. Guida confessa ter  fome, a praia dera-lhe sempre fome desde criança, quando corria na areia com outras crianças e era uma garota despreocupada. Não ia muitas vezes à praia que a família não tinha tempo para a levar e não havia colónias de férias nas escolas como agora. Conta a Mário passagens da sua infância ainda tão vivas na sua memória.
   Quando aprendeu as primeiras letras na escola, jurou que havia de as ensinar à sua avó que não sabia ler. E ela, com toda a paciência que as avozinhas de cabelos brancos têm, ouvia-a com atenção, até que o capricho da criança passou, vendo que já não conseguia aprender. Tinha muitas saudades dessa avó que conheceu sempre velhinha, que a sentava no colo e lhe dava o restinho da sopa no fundo da tigela, a modinha, como ela lhe chamava, não se sabe bem porquê. Tinha saudades do tempo em que ela lhe penteava os cabelos e lhe fazia duas longas tranças. Quando morreu, cortaram-lhe os cabelos mas ela, quando adolescente, teimosamente, voltou a deixá-los crescer. Só que já não fazia tranças, deixava-os cair livremente ao longo das costas. Assim os manteve até agora e eles faziam as delícias de quem lhes passava as mãos. Eram tão macios e brilhantes que até o seu cabeleireiro adorava penteá-la. Sem trabalho nenhum, além de lavar e pentear, adquiriam aquele aspecto e textura tão agradáveis à vista quanto ao tacto.
   Mário aproxima-se de Guida e tira-lhe o boné, faz dos seus dedos um pente com que penteia os longos cabelos. Mas não era preciso, eram tão sedosos que nem embaraçados estavam. O que adorava era acariciá-la.
-   Vou mudar de profissão – declara ele, de repente. Não quero que outro homem toque nos teus cabelos. Quero ser só eu.
Guida sorri com a brincadeira e propõe:
-   Vamos ver o pôr-do-sol ?
-     Sim, eu não tenho pressa. Ninguém me espera.
-     Os teus pais não te vieram visitar neste fim de semana?
-    Não. Eu é que devia ter ido a casa deles, mas arranjei uma desculpa. Queria estar contigo – confessou ele.
-   Não deves fazer isso. Eles só te têm a ti, amam-te tanto e estás tão longe! Porque se não mudam para cá? – pergunta ela sinceramente preocupada.
-   Sabes, não é simples. Não está fácil para as indústrias metalúrgicas e, para o meu pai controlar as duas empresas, tem que trabalhar muito, demais para a sua idade. Trabalha com o irmão mais novo, ele é muito competente, mas o meu pai não quer deixar tudo nas suas mãos, entendes?
-   Porque não ficaste por lá a ajudar? Seria mais lógico, não?
-   Caso não saibas, eu sou engenheiro de electrónica e não metalúrgico.
-   O que tu és é uma caixinha de surpresas. Eu nem sabia que eras engenheiro! Que mais é que eu não sei a teu respeito? Não és casado, por acaso? – perguntou Guida apreensiva. Ele sorri e responde-lhe de uma forma terna:
-   Não, sua tonta. Sou solteiro, não tenho ninguém. Mas há algo que não sabes a meu respeito, ainda. É que eu não sou um simples funcionário naquela  empresa. Eu sou sócio majoritário. O meu pai comprou uma importante quota a um sócio que queria vender a sua parte para que eu iniciasse uma carreira de forma folgada – acrescentou Mário modestamente.
-   Imagino que...
Guida parou no início da frase e pensou para si que estaria a ser muito estúpida se a acabasse. O que ela pensara fora que um homem charmoso e competente como Mário, bem posicionado na vida, não ia querer um compromisso sério e duradouro com uma advogada em início de carreira, se bem que já muito conceituada, mas sem fortuna pessoal relevante. Ele nem lhe falara em compromisso! Nem namorados eram, no sentido convencional do termo. Passavam muito tempo sem se verem, não tinham encontros regulares. Viam-se quando ele queria ou os amigos comuns os convidavam para festas ou pequenas reuniões em casa deles. Apercebia-se agora que sabia pouco a respeito dos seus hábitos. Como seria ele no dia a dia? – pensou amargurada, lembrando-se que não tivera receio em convidá-lo para o seu apartamento pequeno, prático e simples onde vivia. Também não fazia ideia da real posição que ele ocupava na sociedade! Mário interrompeu os seus pensamentos:
-   Imaginas o quê?
-   Que os teus pais te querem muito – concluiu ela, apressadamente.
   A noite caía lenta, serena e melancólica. O astro rei mostrava todo o seu esplendoroso cambiante de luz e cor que o mar ia tragando pouco a pouco. A noite cai na terra e no coração de Guida. E ela nem sabe explicar porquê. O Mundo é demasiado complicado ou ela não consegue viver na simplicidade que ele lhe oferece, mas ela não entende? Terão que ser sempre escalpelizados os sentimentos das pessoas? O amor e a amizade terão que ser sempre claros como a água e de contornos nítidos? Para Guida, sim, e a moça não estava conseguindo ver os contornos dos sentimentos do homem que amava. O que a perturbava extremamente era não saber o que se passava na mente de Mário. Ele não falava de sentimentos. Apenas lhe chamara “meu amor” uma vez, apenas lhe dissera que a desejava. Onde pararia tudo isto?
   Regressam a casa, cada qual no seu carro depois de um beijo não tão ardente como Guida esperava, na sequência dos acontecimentos da tarde. A noite estava fresca e um arrepio percorre o corpo da rapariga, o mesmo que me percorre a mim nesta tarde de chuva e frio desajustada do tempo como os ponteiros do meu relógio que teimam em andar ao relanti.


...
Registado

Goretidias

 Todos os textos registados no IGAC sob o número: 358/2009 e 4659/2010
Marília
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 1097
Convidados: 0



« Responder #1 em: Outubro 01, 2007, 14:29:32 »

algo me diz que breve o doce se tornará sal...rs... vou esperar para ver!
Registado

Marília L. Paixão
Páginas: [1]   Ir para o topo
  Imprimir  
 
Ir para:  

Recentemente
[Abril 03, 2024, 19:27:07 ]

[Março 30, 2024, 19:58:02 ]

[Março 30, 2024, 19:40:23 ]

[Março 20, 2024, 16:42:39 ]

[Março 19, 2024, 20:20:16 ]

[Março 17, 2024, 22:17:37 ]

[Março 17, 2024, 22:16:43 ]

[Março 12, 2024, 00:13:37 ]

[Março 11, 2024, 23:55:47 ]

[Março 05, 2024, 18:49:49 ]
Membros
Total de Membros: 792
Ultimo: Leonardrox
Estatísticas
Total de Mensagens: 130132
Total de Tópicos: 26760
Online hoje: 356
Máximo Online: 964
(Março 18, 2024, 08:06:43 )
Utilizadores Online
Users: 0
Convidados: 335
Total: 335
Últimas 30 mensagens:
Novembro 30, 2023, 09:31:54
Bom dia. Para todos um FigasAbraço
Agosto 14, 2023, 16:53:06
Sejam bem vindos às escritas!
Agosto 14, 2023, 16:52:48
Boa tarde!
Janeiro 01, 2023, 20:15:54
Bom Ano! Obrigada pela companhia!
Dezembro 30, 2022, 19:42:00
Entrei para desejar um novo ano carregado de inflação de coisas boas para todos
Novembro 10, 2022, 20:31:07
Partilhar é bom! Partilhem leituras, comentários e amizades. Faz bem à alma.
Novembro 10, 2022, 20:30:23
E, se não for pedir muito, deixem um incentivo aos autores!
Novembro 10, 2022, 20:29:22
Boas leituras!
Novembro 10, 2022, 20:29:08
Boa noite!
Setembro 05, 2022, 13:39:27
Brevemente, novidades por aqui!
Setembro 05, 2022, 13:38:48
Boa tarde
Outubro 14, 2021, 00:43:39
Obrigado, Administração, por avisar!
Setembro 14, 2021, 10:50:24
Bom dia. O site vai migrar para outra plataforma no dia 23 deste mês de setembro. Aconselha-se as pessoas a fazerem cópias de algum material que não tenham guardado em meios pessoais. Não está previsto perder-se nada, mas poderá acontecer. Obrigada.

Maio 10, 2021, 20:44:46
Boa noite feliz para todos
Maio 07, 2021, 15:30:47
Olá! Boas leituras e boas escritas!
Abril 12, 2021, 19:05:45
Boa noite a todos.
Abril 04, 2021, 17:43:19
Bom domingo para todos.
Março 29, 2021, 18:06:30
Boa semana para todos.
Março 27, 2021, 16:58:55
Boa tarde a todos.
Março 25, 2021, 20:24:17
Boia noite para todos.
Março 22, 2021, 20:50:10
Boa noite feliz para todos.
Março 17, 2021, 15:04:15
Boa tarde a todos.
Março 16, 2021, 12:35:25
Olá para todos!
Março 13, 2021, 17:52:36
Olá para todos!
Março 10, 2021, 20:33:13
Boa feliz noite para todos.
Março 05, 2021, 20:17:07
Bom fim de semana para todos
Março 04, 2021, 20:58:41
Boa quinta para todos.
Março 03, 2021, 19:28:19
Boa noite para todos.
Março 02, 2021, 20:10:50
Boa noite feliz para todos.
Fevereiro 28, 2021, 17:12:44
Bom domingo para todos.
Powered by MySQL 5 Powered by PHP 5 CSS Valid
Powered by SMF 1.1.20 | SMF © 2006-2007, Simple Machines
TinyPortal v0.9.8 © Bloc
Página criada em 0.113 segundos com 29 procedimentos.