Chellot
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O caminho mais seguro é aquele que me leva até vc.
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« em: Junho 21, 2008, 19:28:05 » |
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O Desfiladeiro da Caveira era assim batizado por ter encravado em uma rocha o esqueleto de uma criatura milenar desconhecida. O terreno, muito pedregoso, dificultava a caminhada. Aquele era o habitat dos terrÃveis escorpiões de fogo. Uma ferroada dessas criaturas chegava a queimar a pele e a carne. - Vamos parar. Temos que recuperar nossas energias para o longo caminho que teremos a frente. - falou Damásio. - Será que papai e os outros estão bem? - perguntou Mielim apreensivo. - Espero que sim meu jovem. - respondeu Lemual, um dos elfos que o acompanhava. Naquele momento Tulleir, Legaldi e seu grupo cruzavam uma velha ponte de madeira, já um tanto apodrecida pela ação do tempo. Era a única passagem para a Torre das RuÃnas, que outrora servira de vigÃlia de um povo conhecido como Meninotes. Por ser um local isolado, era muito raro alguém pernoitar ali. - Estamos caminhando há dias e até agora não encontramos nenhuma pista que nos leve até a harpa. - queixou-se Legaldi. -Não desanime irmão. Sabe, não sei porque, mas estou com um forte pressentimento de que ela está mais perto de nós do que pensamos. Vamos descansar agora. Amanhã será o nosso dia. - animou-se Tulleir. Mielim sentia saudades dos pais, mas seu firme propósito em encontrar a harpa não deixou que desanimasse em sua busca. Na manhã seguinte chegaram a uma encruzilhada e decidiram ir pelo caminho da direita. Essa trilha era coberta pelo mato e por arbustos espinhentos. O final dela dava numa caverna. Após algum tempo de caminhada pelo estreito e tortuoso caminho da caverna, chegaram a um salão circular de teto baixo e encurvado. As paredes de pedras eram frias ao contato. Quatro portas de madeira estavam dispostas nas direções, norte, leste, oeste e sul do salão. O silêncio chegava a incomodar, mas Mielim pressentiu a presença de alguém. Só pode ouvir nitidamente uma respiração abafada vinda detrás de uma daquelas portas. - Vamos nos posicionar atrás de cada uma das portas, pois creio que teremos que lutar. - informou Mielim aos outros. Ele estava certo, pois a seguir as portas foram abertas com estrondo e um grupo de orcs invadiu o salão atacando todos os elfos. Foi uma luta árdua, mas serviu de ânimo para nossos heróis. Alguns elfos saÃram feridos, no entanto levaram a melhor. - E agora em qual das passagens devemos entrar? Não é certo nos separar agora. - Indagou Damásio. Mielim fechou os olhos e fez um pedido a criança da harpa. - Vamos pela passagem oeste. - respondeu Mielim. - Ela nos levará ao local onde está escondida a Harpa Dourada. - Como pode ter certeza disso? - perguntou Lemual em dúvida. - A criança mostrou-me o caminho. Vamos! Pois não temos muito tempo. - Eu vou na frente. - disse Lemual. A poucos passos de distância da caverna, um grupo de elfos aproximava-se. Tulleir e Legaldi, atravessavam a mesma trilha que Mielim seguira. As pegadas dos elfos serviram de guia para eles. O caminho pelo qual Mielim e seu grupo seguiam parecia não ter fim. Suas respirações eram rápidas e intercaladas. A pele há muito banhara-se de suor pegajoso. Um olhar apreensivo e uma secura na garganta que água alguma poderia aliviar atormentava-os. Um ruÃdo que mais parecia um zumbido chegou até seus ouvidos. Em seu coração Mielim teve certeza que chegara em fim ao seu destino.
Continua...
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