Vozes Imperceptíveis

[Deolinda]

Vozes imperceptíveis

Não vos percebo, tal é a confusão
sonora em que vos ondulais.
Proferis sentimentos ritmados,
histórias enquadradas numa vida,
segredos por vós tantas vezes ocultados.
Sois vozes discretas, vozes vazias
pelo pôr do sol que ficou esquecido.
Silêncio… quase não vos ouço!
Preciso decifrar vossos ecos,
lisonjear-me por vos poder escutar,
ouvir as histórias que já não percebo,
na ânsia de as poder desmistificar.
Oh, vozes com várias tonalidades…
Umas repassadas de euforias, alegrias,
outras, mais desventuradas,
vozes vazias de sonoridades
que formam o eco de tantas vidas
perdidas no antro das suas ansiedades

[Laura]

Silêncio, precisa-se... e depois escutar as vozes uma a uma. Todas têm algo para nos ensinar. Gostei deste seu poema.

[Nina Araujo]

Poema denso e bonito e bonito! Gostei muito!

[Goreti Dias]

Uma confusão de vozes a destrinçar...

[Deolinda]

Olá tudo bem? Obrigada por sentirem que tantos são os nossos cantos silenciosos que nos fazem consciencializar que, de facto, necessitamos de algumas "vozes" para nos enlevar nos sons que nos podem dar vida e nos fazem reflectir. Obrigada pelos vossos comentários ao poema. Deolinda