Um poema sem palavras

[Luis F]

No silêncio…
Escrevo…
Palavras reflectidas na alma,
Gestos que me tocam, 
Poeta que sonha,
Vive… Sente…
Melodias… Fantasias…
Sílabas decompostas em mantos.
Na tiara dos sentimentos,
Quimera de rasgos,
Sorrisos, bálsamos…
Lágrimas que derramo.
Um mundo,
O tempo num segundo,
Emoções da liberdade,
Asas que não tenho…
Metamorfoses do ser,
Nos casulos de cristal,
Que habito sem saber.
As minhas mãos nuas,
Dão cor ao filamento,
Janela que abro…
Mistérios que comungo.
Na memória que escorre,
Cume de uma flor…
Sinto amor e a saudade,
Vivo no breu e na luz,
Partilho a dor e a felicidade…
Emoções que germinam em mim.
Afinal o que escrevo?
Tudo, talvez nada…
Assim fica…
Cru em cegueiras despidas
Mel aos olhos de quem vê
Fica o poema sem palavras.

[Laura Gil]

"Fica o poema sem palavras." Foi assim mesmo que eu fiquei. Sem palavras.

Lindo!!! Lindo!!!

Beijo
Laura

[Ana Oliveira]

É certamente um poema de fortes sentimentos...

Gostei do que li e senti!

Abraço
Ana Oliveira

[josé antonio]

Luís,

Por puro acaso não escreveu este poema às 4 da madrugada?
Depois explico...
Poema com "raça", sim porque "raça" não existe só nas touradas mas em tudo o que é sentido e às vezes mesmo... dorido.

Abraço

[Luis F]

Caro amigo Jose

Não costumo responder aos comentários, mas faço aqui uma excepção 

Pode me enviar um e-mail a explicar a questão das 4 da manha? hahaha

Um abraço
Luis

[Alice Duarte]

Tão tirado de dentro, este poema! Quase sem palavras fiquei eu...

Abraço

[Goreti Dias]

O poema nunca fica sem palavras, empresta a cada um de nós a sua sensibilidade e a sua emoção.
Abraço