Paulo Afonso
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Escrevo鈥 para libertar as personagens...
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« em: Agosto 30, 2008, 07:24:35 » |
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Somos tantos que amamos a escrita. E somos tantos os que a desprezamos quando, com as palavras que usamos, escolhemos alvos para acertar. S贸 os que o fazem por amor escapam鈥 Ent茫o, as palavras, ditas nossas, s茫o meros objectos de um ataque feroz e premeditado. Mesmo que usemos essas mesmas palavras com encanto e sensibilidade, o mesmo encanto e sensibilidade que usamos para fomentar a cria莽茫o dum texto, ent茫o, essa raz茫o deixa um vazio frio e quase disfar莽ado. A arte da escrita serve-nos t茫o bem! Iludimo-nos, quando a escrita nos d谩 um prazer vagaroso e evolutivo, que nos transporta para o impulso de publicar, em lados diversos, a obra de arte que acabamos de fazer nascer. Pura ilus茫o. Falsa quest茫o. Porque, quando assim acontece, somos o destino dessa arma inventada com artes de malvadez, e, em mesquinhas inten莽玫es, e por engra莽ado ou estranho que pare莽a, nem sequer damos conta dessa nossa realidade. E o mundo est谩 cheio de pretensos escritores, que usam armas no corpo da palavra quando deveriam usar flores, que usam guerras na alma da palavra quando deveriam usar a gratid茫o. A gratid茫o de terem leitores que os leiam. A gratid茫o, em forma de amor, por terem quem os siga, dando substrato, ao que escrevem. Amar a escrita 茅 respeitar quem l锚, 茅 ter, como fun莽茫o assumida, o facto de ser o portador da mensagem que 茅 preciso passar. 脡, principalmente, assumir o seu estado enquadrado no tempo e espa莽o e tamb茅m perceber o que isso significa. Porque, pelo caminho ficam tantos e t茫o bons escritores, cujo espa莽o s贸 a eles interessou (cultura do umbigo) ou porque, no seu caminho desviaram todos aqueles que lhes superiorizam, afastando-os quando deveriam ter aprendido com eles鈥 Op莽玫es que, ao longo da hist贸ria, fizeram toda a diferen莽a e que mudaram o curso da hist贸ria da literatura.
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