Porvinho
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« em: Setembro 08, 2008, 14:44:08 » |
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QUANDO O SENTIMENTO TEM TODO O SENTIDO
Nunca podemos menosprezar os sentimentos de uma pessoa; quanto mais, os de todo um povo! Podem-se contrariar lógicas e vontades. Podem-se retardar atitudes e convicções. Podem-se transformar ideias e ideais. Podem-se não se satisfazer razões e projectos. Mas não se podem transformar, comandar, adiar, contrariar e muito menos, menosprezar aquilo que verdadeiramente as populações passam, sentem e sofrem – se for caso disso. Quanto mais, retirar-lhes aquilo que têm e conseguiram com o amor próprio e numa partilha permanente, a causas, feitos, obras, sonhos, terras e pessoas! A decepção sentimental, a rejeição, o abuso e o menosprezo, dói de corpo inteiro e ainda passa muita dessa dor para os outros! Portanto, senhores decisores e altos responsáveis, não dêem cabo das dinâmicas e não cortem com as emoções – muito menos, a direito. E não se esforcem tanto para arranjar alternativas frias, incoerentes e que beliscam a capacidade colectiva e põem em perigo os seus mais intrÃnsecos, vividos e sentidos sentimentos. O sentido desses sentimentos é total e a sua dimensão é verdadeiramente incomensurável. Portanto, meçam bem o que fazer e como o fazer; e evidentemente, sem nunca menosprezarem, porventura, o que de mais nobre e forte as populações possam ter – os seus sentimentos. Eles podem ter uma profundidade, uma força e um alcance indescritÃvel e inimaginável numa pessoa; quanto mais, quando se trata de todo um povo! Como qualquer sentimental, o povo também não aceita desculpas baratas e decisões de lesa pátria; quanto mais, o menosprezo pelo valor do que sentem. E que quando é muito e grandioso, então é melhor reconsiderar; senão o sentimento é capaz de tudo – até de apagar a razão e de fazer mover moinhos. É nessas ocasiões, que por vezes, acontece história e já ocorreram desgraças e/ou se fizeram grandes maravilhas. A vida carregada de sentimento é imprevisÃvel e pode ser de uma grandiosidade, que pode elevar a própria realização do viver, até aos limites da excelência.
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