vitor
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Olá amigos.
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« em: Novembro 01, 2008, 17:51:24 » |
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Pundonor – Sabes que fazemos por aqui? Pandora – Não. Tu sabes? Pundonor – Ver de onde vieste. Pandora – Ah, vim dali, pela estrada do canto. Pundonor – Isso existe? Pandora – O quê? Pundonor – Esquece então. Pandora – Assim não, que faremos se nada dizemos? Pundonor – Certo. Tens razão. Vamos começar. Pandora – Assim é melhor. Pundonor – Também acho. Pandora – Já agora, fala-me de ti. Pundonor – Sou… deixa-me pensar, sou… como vês, creio que me vejas, certo? Pandora – Sim, vejo, continua! Pundonor – Tudo bem. (pausa remota, uma forma de encontrar energias e logo mais o recado na mala dela, um bilhete esquecido do passado quase lhe queimava os dedos, misteriosos, de coscuvilhice e continuou). – Talvez invisÃvel, mas a luz, essa mesma, entendes? A da nossa cidade quando há sol e desperta como nós, eu, invisÃvel, de sapatos meio-termo, para desporto, suave nas calçada da nossa vida a partir de agora, venho dos términos de mais uma caminhada inventando vida, sou assim como a espuma e de cor enchida na fantasia, isto, os meus dedos, quase esticados e enlaçados na esmerada e doce sensualidade da minha casa sem portas. Pandora – Hum…? Pundonor – Que foi…? Pandora – Já entendi. Acredito que não me consigas ver então. Pundonor – Nem preciso. Pandora – Cego como o ciúme. Pundonor - Esse toque mordaz. Pandora - Pela cidade sem mar. Pundonor - Suave escorre a mão sobre o cálido desejo evaporando-se sobre o teu peito. Pandora - Embabado de sangue, de mim, ejaculando de sonho… Pundonor - A melodia suave sacia-te. Pandora - Que importa? Pundonor - Contares-me os teus orgasmos. Pandora - Quando seguidos não querem cessar… Pundonor - Na tua mão. Pandora – Pairo sobre o pénis quando te beijo. Pundonor - De um amor sem destino… Pandora - Deixa-me tocar-te, tocar-te devagar o âmago e os sonhos, a pele e os sepulcros. Pundonor - O cristal dos teus olhos. Pandora - Pestaneja-me e sorri. Pundonor – Transpira. Pandora - Deixa-me sonhar-te, sugar-te, absorver-te o silêncio. Pundonor - Entrar-te pelos sonhos e cabelos. Pandora - Deixa-me tocar-te. Pundonor - Tocar-te enquanto te amo!... Pandora - Harpas de silêncio voraz… Pundonor - Recôndito ejaculado como névoas num prazer ateu. Pandora - Silêncio de cores Ãmpares sobrevoando a areia. Pundonor - Do teu umbigo. Pandora - Trincado dedo a dedo, e mergulhas comigo este mar sofista. Pundonor - Onde os teus cabelos saboreiam a minha ausência… Pandora - Até que durma. Pundonor - Desprendido da alma, sacra bruma Pandora - E sacia-me tu, pelo meu nome Pundonor - Enquanto serei espuma… Pandora - E parto devagar por entre os teus dedos Pundonor - Ainda madrugada Pandora - Sem que sintas Pundonor - O luar da nossa voz, sorvido nesta água que engulo Pandora - Sorrindo-te como camomila Pundonor - Sem que te rasgue o orgasmo Pandora - Que importa a que hora estamos?... Pundonor - Serei contigo tu esta maresia que se afasta, horizonte vão Pandora - Em mim a dentro e mesmo assim durmo… Pundonor - A ti… Pandora - Que tombei Pundonor - Senti o estrondo desse teu cheiro Pandora – Secou-me na alma esse beijo Pundonor - O teu umbigo Pandora - Erecto Pundonor - Crato Pandora - Projéctil Pundonor - A plataforma dessa unha arranhada como nuvem Pandora – Senti Pundonor - O odor da madrugada esse desejo, as secreções que escorrem por paredes com humidade dos poemas, deixa me colar dentro de ti, esse rio que comi Pandora - Abrir te totalmente por fora Pundonor - Escancarar o silêncio dessa morada que me jorra sobre ti, o sabor de seres talvez mais bela, de seres mais tela Pandora - Que calçadas marcam a cadência Pundonor - Desse teu jeito de sussurro com loucura, brasa de gelo que me obstipa o teu umbigo Pandora - Que me bramia como orgasmo Pundonor - Roer-te sem dormir, a penugem sacra do segredo entre tuas pernas Pandora - Como lezÃria do leilão, antigo poeta Pundonor - Seca me o umbigo Pandora - Saca Pundonor - Rasga de ti como excerto, sinfonia de Berlim, possuir-te Pundonor - Sequencia-te, pega-te um luar Pandora - Abre-te no mar Pundonor - Engole-me, salgando-me sumo em tua alma castrado, cobrindo-te Pandora - Lacra o lençol Pundonor - Nesta acalmia nobre agente brilha, mesmo sem saber, sem tocar Pandora – Sim, cobrir Pundonor – Sim, ruir Pandora – Sim, ouvir Pundonor - Por dentro todas as madrugadas coladas em teu nome Pandora - Pétalas da tua lÃngua, que engulo... Amo-me em ti, quando me tocas sem mamilos Pundonor - Anjo... Pandora - Subi sonhos rasando-te em mim Pundonor - Alquimias escorrendo me aà Pandora - Deixa me a cor desses lábios Pundonor - Olhar Pandora - Quão transparentes serão... Pundonor - Olha comigo este rio... em ti Pandora - Afaga me teus momentos, agarra-me! Empurra-me! Pundonor - Anjo... Pandora - Nem serão os seios Pundonor – Púrpura, amarrar teu clÃtoris, como fogo, maresia de poemas nesse corpo, pu-lo entre chamas, chamar-te Pandora - Deixa me beijar-te devagar o céu... Pundonor - Dormir nessa alma Pandora - Secar Pundonor - Amanhã repleto indo-te Pandora - Afaga me Pundonor - Mata me... Pandora - Quem será como me sinto? Pundonor – Sugo-te Pandora - Amar me sem lençol Pundonor - Pestaneja-me, lacrar-te a beira do dilúvio neste mar Pandora - Teu corpo contornado sem olhar Pundonor - Quantos sinais terão? Pandora - Sugar-te a púbis do rosto nesta mértola derramada após ouvir Pundonor - Como se geme Pandora - Quem nada teme, esgrimir tactos entre os dedos molhados de mistério, deslizando sobre o silêncio... Pundonor - Ah... como está linda esta noite... tu Pandora - Nesse navio de bar doutra rua Pundonor - Canta então esses cânticos que desconheço Pandora - Vou adorar senti-los... Pundonor - Sim... Pandora - Amarga Pundonor - Resto de noite entre brumas Pandora - Silicone expectante nauseando sussurros, como crosta de mar mergulhado nas tuas nádegas Pundonor - Os seios amanhecidos nesta areia, soprando o vazio das aves como côdeas de pasto nos teus cabelos rasos, par em par Pandora - Como este rio vadiando a tua alma que me molha a cama, desbravava o tempo e rasga sem pressas o pestanejar alucinado dos beijos que guardo entre tantas nuvens calcadas na madrugada Pundonor - Do teu ócio orgasmo que desactiva a minha âncora dos teus caminhos rasgados neste peito vertendo-te como lágrima Pandora - De beijar-te à solta os cristais do tempo Pundonor - Dedadas de lÃngua na face, enrugando-se em ânsia os mamilos da noite… Pandora - Dormindo ao caminho das tuas doces nostalgias… Pundonor - E amar… Pandora - Da me esse escárnio Pundonor - Sem fim... Pandora - Beijo cúbico avassalando a manha... Pundonor - Deixa me entrar, nobre, entre badaladas de desejo, o teu nome, ira, quem penso ser? Tão madrugada ainda... Pandora – Diante de ti... Pundonor - Vasto mundo... Pandora - Apenas sinto aquela marca deixada em ti Pundonor – Era água turbante, cólica celestial, rapto nevrálgico, delÃcia avulsa, um ponto Pandora - Apenas a lÃngua privilegiada nessa intimidade contigo Pundonor - Sem inicio... sem fim... sem vicios!!! Pandora - Horas prostradas à retórica de um desejo Pundonor - Sublime e ágil Pandora - Evento Pundonor - Decorado de margens e voz Pandora - Sepulcros de beleza e divago, letal irreal Pundonor - Como marca que me assombra o peito, cada vez mais difÃcil ser urgente, real Pandora - Madrugada fútil desbrava como sinal o hino da ira deste sonho… Pundonor - Senti o arfar do teu silêncio neste marasmo de lezÃrias… Pandora - Sinto frio, arrepios repentinos e medo. Noite fria e dor esta chuva divago… Sem muito que saber que pensar, mas penso apenas e não muito bem em quê, sinto saudades, vontade, ansiedade, dor, frio, muito frio, a pele molhando-se sob esta chuva que cai e sigo mesmo assim sob ela, arrastando comigo todos os pensamentos… Tudo estranho… Nebuloso Invernal… Sinto frio. Frio. Muito frio. Ausência, e sigo meditando sob todas as tempestades, E o que mais me motiva, E nem mesmo isso me causa outro efeito… A única realidade palpável. É mesmo essa. Sinto frio. Apenas isso. Frio. Muito frio… Pundonor - As lágrimas eram sorriso… e senti Pandora - Amanhã será esse amanhã, bem cedo secara de frio onde sentir que estejas, olho em direcção ao fundo do mar, esse escárnio palpitando em azuis de sede Pundonor - Queria lágrimas, rastejar sem fungos nem iras, engolir todo o tempo as doçuras. Pandora - Eis-me num armário do espaço... No dedo perdido desse rosto, aroma sentido secando o antigo... Pundonor - Parei algo neste tempo sem luz Pandora - À chuva de ti Pundonor - Esse beijo colado num nada Pandora - Quem dirás átrio de ti Pundonor - Esse pasmar sem cor de reflexos imaginados entre fissuras carnais Pandora - Métodos de antigamente gelando Pundonor - Deixa me esse café ingerido Pandora - Qualquer tema sentido, mas... Pundonor - Porque tenho as tuas mãos nas minhas? Sinto me perdido, encontrado nas maresias de desencanto, o cigarro da chama na lama desse labirinto esquisito sobre a rua da esquina Pandora - Onde moram pedaços meus de quem não está, nunca esteve, de quem não e nunca foi, de quem não vem nunca existiu, de quem não será nunca foi Pundonor - Ah... Pandora - Era apenas mais um outro... Pundonor - Cigarro ou nem sequer nada, gole vespertino desta saliva procurada... poema... dor... mar… Pandora - Eu vou encher me de almas, perder me no navio do fim do mundo, entrar no cais imundo. Desse mar que não cai Pundonor - Chove comigo loucura, amarga-te comigo dor, não deixes que alguém veja como e tão fácil chorar, como e tão fácil ficar Pandora - E meio-dia de um ano por inventar, e o meu relógio marca... E nunca o encontrei... Pundonor - Grito sobre a lua esta marca entregue sem luz, que marcam as horas que giro sobre um sonho, sobre mim, áridas sementes, crescentes lezÃrias, relÃquias em azul. Pandora - Deixa-me entrar sobre os teus olhos e morder a tua alma, trincar todo o meu desejo, Impune a cor desse rio rimando sem destino quando da alma e estas tu. Pandora - Quando sinto cheiro sem marca marcando me uma delÃcia sucumbir em êxtase, um orgasmo chamar te anjo e sussurrar os teus seios como que sendo o mais de mais para um dia sem destino Pundonor - Que me importa nunca ter fim? Pandora - Grito sobre a alma Pundonor - A lua sequiosa Pandora - E estas ondas sobre nos molham devagar os nossos corpos embrulhados parecendo espuma, a carÃcia eterna deste braço erguendo se com a minha voz amando te sempre… Pundonor - Fazes-me entrar que importa castelo ser, Indo me por ai que destino importa ter, ainda que gotazinha tenhas sido Pandora – Hoje, apenas máximo neste coração que gela ao ver te, mesmo que seja imaginar te, e quando beijo esse rosto voraz, sinto apenas a beleza real dessa mão que me sacia o peito, enruga a loucura, e sim Pundonor - Tu, ilha suave e linda e meu amor para sempre, que me importa não viver sempre, quero-te sim, mesmo para além de mim, amor… Pandora - Porque és o que encontrei de melhor Pundonor - Digo te sempre… amo te!!!! Pandora - Encarnados no que houver... Não, não consigo secar O silencio mordido entre esse teu tu nómada de rosto no meu corpo, sacra lezÃria, deixa me a tua crosta lambida, Jorrar o teu sémen nos meus lábios, quero a madrugada tua....
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