1.....2..............4...........................7

[Condor Martho]

A numerária com que te marco as passadas,
Faz de mim um teórico do amor dentro da bacia detectivista alusiva.

Esse número pertence-te porque foi lido por mim.


O tempo que tomas a dar a mão, a demora dos teus gestos,
Apaixona os matemáticos.

As capicuas tornam-se isósceles porque as palavras que utilizo são bravas de romper....

Fazes literatura com as tuas superstições,
Andando fazes a magestade de mim em conspirações a meu favor,
   
Porque as rédeas dos destinos travam o incómodo do nosso caminho
Sem que as hajam , as paragens.

Amor em forma de mulher, abraça-me as tuas pernas e corre para mim,
Não toques na tua vontade e fica no Norte,
Onde o vento já me levou um dia.

Porque a criança tem de nascer um dia em prosa ou numa ode
E o pai já nasceu de mim.
Que o exausto da tua beleza se purifique nos laços da nossa presença
Na raiz da papoila-flor, no caule do diamante-rocha.

Condor Martho, revoga e assume as fraquesas feitas coragem no plano do apaixonado em jeito que mata. O boémio morre para o aristocrata.

[cleo]

Para dizer a verdade, nem sei muito bem o que dizer...
Mas uma coisa é certa, gostei bastante do que li!
É a matemática da vida... do amor...

[Goreti Dias]

Bem, para dizer a verdade, dos teus escritos, este texto foi aquele de que mais gostei até agora! Maravilha!

[Condor Martho]

obrigado sincero, e peço-vos por favor, digam sempre a verdade, não importa se adoram ou detestem, falem sempre do coração, não me tentem agradar nunca, obrigado.

[ÂngeloFerrão]

Sem querer agradar:

Poema que é do belo, hipnotizante, em que também a forma e não só a ideia aconchega, que transporta de um certo/eventual real ao meridiano do onírico...

[Alice Duarte]

A tua escrita deixa-me perplexa. Desperta-me o pensamento e, de alguma forma, desafia-me nos caminhos que desbrava. Isso é bom, não? 

Abraço