vitor
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Olá amigos.
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« em: Dezembro 16, 2008, 20:09:50 » |
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Quando à s vezes, de porta em porta, há quem não exista, de porta em porta que importa, está quem não fala a voz estranha, procura isso sim, a voz do etéreo, do raro, do distante, à s vezes, é como que se de repente a vida renovasse algo inexistente colocado entre os quatro cantos do coração, o estalido inaudÃvel dos pés contra o escuro do chão, caminhando como nós de porta em porta na busca de que algum um dia se abra, e nos leve em sua alma, em sua leve e suave alma, ouvir da janela do sonho o ripostar feliz das ondas do mar em qualquer cama onde possa eu dormir, um sono só comigo, ouvindo-o… O arrufar dos ventos assolam as portas, as trincheiras das janelas, o branco dos tectos, candeeiros espalham dia entre os meus passos que se perdem no intervalo entre uma e outra porta, batendo-as com o desconhecimento total da vida que aqui me trás, procurando-me talvez e mais não sei, se o que de facto de mim aqui há, é realmente o que busco onde estou, e de porta em porta a voz em mim, respondendo a pergunta nenhuma do silêncio de todos, que me ignoram, que desconhecem o que procuro neste corredor de lares dos tantos nadas da vida que um dia aqui deixei… A ausência sentinela aqui, o circulo secreto rompendo o tempo, que me emerge de todo, cobre talvez sem que me sinta repleto, diante tal noite, tal vão, tal nada, os passos que persigo, meus, domados em mim sob as confidencias nefastas da ausência, dos meus destinos que perco a cada porta que não venço, não vingo, porque se sucumbo, me encubro, ou que queira sei lá, esconder-me talvez, fugir ao sóbrio, sereno e cântico prurido, puro de mim quando me dirijo ao que um dia serei em mim, em que mãos me sussurre, ou que portas me encoste, levando ainda assim, o tilintar de quem seria um qualquer de mim em mim mesmo, ou que a voz se refute, se dizime, que se aniquile! Com que repente me reparto. De que ausência sou feito. Por onde sei, que me busque, ressarcirem-se por cada passo os silêncios acusados, os culpados do nada neste todo inundando o tempo, de tantos nadas, nadas reais, vagabundos pedaços de qual vontade incerta, incertezas sim, diante portas certamente, das que bato e das que invento, das que não sinto e onde me recubro. E bato, com que frequência repito. Como caminhar? Certamente portas, certezas? Estes cantos são noite e me sinto vulnerar por entre elas mesmas, como socos de agarrar, os resquÃcios de pau que cada traço se pintou, onde riscar ou mesmo arriscar, como o repente de mim nesta porta que venci. De porta em porta a vida assim…
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